Vaginas de morras.

ULMOE2

2023.03.19 00:58 Next-Boat8322 ULMOE2

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2024.05.14 03:54 Desechable135 Desahogo contra RH

(Disclaimer solo quiero desahogarme estoy demasiado estresado)
Saben cuál es el estereotipo de RH en la comedia?
Qué son unos chismosos y cizañosos que todo el mundo los evita.
En mi experiencia la mayoría de uds están en ese trabajo porque no les da para pinches más.
Ghostean peor que morra de 18 en Tinder QUE CHINGADOS LES CUESTA MANDARLE AL CANDIDATO QUE RECHAZARON UN 🤬CORREO AUNQUE SEA DE MACHOTE DICIÉNDOLE QUE LO RECHAZARON.
Les ha de excitar el rechazar gente 🤬🤬🤬🤬🤬🤬
Les falta empatía de a madre no leen el pinche perfil del candidato y luego se quejan cuando el candidato se los “salta” porque en realidad uds no le dan respuesta
Al chile deberían todos de pasar una temporada desempleados como servicio social para que sepan amar a Dios en tierra de indios.
No saben lo que es el desempleo estar aplicando y aplicando y que te rechacen
Deberían de sentir eso para que tengan un ápice de empatía.
A QUIEN DE PINCHES USTEDES SE LES DEBE DE BESAR LOS PIES PARA PODER TRABAJAR ??
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2024.05.13 18:33 Significant-Cream964 Um conto indígena cyberpunk que estou escrevendo:

Urakidosan - Um conto índigena cyberpunk
1 - Sete de janeiro de 2137, 22:15 da noite. Laboratório clandestino de análise e transferência de chips neurais. Setor 88.
O silêncio denso do laboratório era quebrado apenas pelo zumbido suave dos equipamentos eletrônicos e o sussurro tenso dos cientistas circundantes. Eu estava parado diante do cientista chefe, cujo rosto estava obscurecido pelas sombras projetadas pelas luzes piscantes do equipamento. "Você já sabe o que fazer", ele disse em um tom grave, enquanto conectava um tubo eletrônico em minha cabeça.
"Chegando lá é apenas uma questão de tempo. Desative a central de dados, implante o decodificador e inicie a destruição do Setor Um. Você será uma lenda entre os Uru-sahitas. Se algo der errado durante o upload do seu chip, nós não nos responsabilizaremos. Mas, olha, eu acredito em você, não é a toa que eles te escolheram, agente K2. Apenas não morra, ok?"
O tubo eletrônico se conectou, e o mundo ao meu redor se desvaneceu em escuridão. A transferência começou, e eu me vi imerso na rede, navegando entre os dados à velocidade da luz. De repente, uma voz feminina cortou o vazio, carregada de desespero.
"Espera! Você vai matá-lo, os dados estão se corrompendo! Traga-o de volta, agora!" E então, mais uma vez, fui engolido pela escuridão.
\*\* 25 de maio de 2250, dez da manhã - Setor Um.\*\*
Raios de luz penetraram minha consciência, seguidos pelo ar fresco enchendo meus pulmões e pelas batidas rítmicas do meu coração. Essas foram as primeiras sensações que emergiram quando acordei, preso sob os escombros. Meu corpo estava quebrado, destroçado, e os escombros pesados pareciam pressionar contra mim com uma força avassaladora. Sons estranhos ecoavam, crescendo em intensidade até que percebi o rugido de um motor se aproximando, um trator ou escavadeira.
Em um movimento repentino, fui arrancado da escuridão pela mão fria da morte e lançado para dentro de uma caçamba de lixo. Por breves instantes, vislumbrei a luz do dia e um borrão de prédios distantes antes de cair em meio à pilha de resíduos. Meu corpo estava desmantelado, despojado de suas partes, talvez por sucateiros ou máquinas insensíveis. Sem pernas, com apenas um braço robótico, meu visor ocular danificado me deixava às cegas, incapaz de discernir a hora, o local ou pedir ajuda.
Na beira do abismo da destruição iminente, a máquina trituradora fez uma varredura rápida antes de iniciar sua execução final. "Alerta! Forma de vida inteligente detectada. Iniciando ejeção." Fui lançado para fora, violentamente, caindo no chão áspero com um impacto surdo. A escuridão me envolveu mais uma vez quando minha cabeça bateu em um bloco de aço, e a consciência se dissipou.
Quando recuperei a consciência, a memória corrompida me atingiu como um golpe. De onde eu vim? Quem eu era antes disso? Arrastando-me através da paisagem desolada, cheguei a uma cidade estranha, cercada por enormes muros de pedra e guardada por uma porta ornamentada com escritos em uma língua desconhecida. Talvez fosse lar de uma civilização antiga ou um enclave remanescente da humanidade.
Exausto e sem forças, me vi diante da porta impenetrável, incapaz de gritar por socorro. Então, uma dúzia de drones avançados surgiu, suas armas apontadas para mim em um silencioso desafio.
"Forma de vida inteligente danificada", anunciou uma voz robótica. "Iniciando verificação de identidade."
As armas se mantinham prontas enquanto os drones analisavam minha presença, mas logo uma falha na checagem de identidade os deixou perplexos. Com uma ordem misteriosa, os drones se retiraram, e a porta se abriu lentamente, revelando os habitantes da cidade.
Entre eles, um velho ancião avançou, metade homem, metade máquina, com cabelos grisalhos e barba trançada. Seus olhos brilhavam com reconhecimento enquanto me estudava.
"Todos acharam que você estivesse morto", disse ele, com uma reverência surpreendente. "Mas eu nunca perdi as esperanças. Os deuses ainda não deram um fim à sua história. E a Ordem do Aço sucumbirá perante você, meu Urakidosan."
Urakidosan. A palavra ecoou em minha mente, trazendo consigo fragmentos de memória e um sentido de importância que escapava à minha compreensão. Haviam mistérios profundos a desvendar, laços antigos a serem refeitos e um destino a ser cumprido. Quem eu era antes disso tudo? E por que minha existência era tão significativa para aqueles ao meu redor?
2 - Urakidosan não hesitou em aceitar a mão estendida do ancião indígena, permitindo-se ser conduzido para dentro da cidade murada pelos braços acolhedores daqueles que o consideravam um igual. Os indígenas cibernéticos dobraram seus joelhos em sinal de reverência e respeito pelo retorno daquele que um dia fora a imagem de esperança e justiça para o povo Yaunisú.
"Vamos levá-lo para o centro cirúrgico da Nova República Brasileira Unida. Seu corpo precisa de reparos, e seu software também. É uma honra estar diante de você, meu Tu'un", disse um homem entre eles, cujos olhos modificados podiam escanear todos os problemas em um corpo em segundos.
Foi lá, entre os jardins suspensos e os santuários sagrados, que a consciência de Urakidosan começou a se reestabelecer, os fragmentos de sua identidade unindo-se lentamente como peças de um quebra-cabeça complexo. Sob os cuidados do ancião e dos sábios xamãs da tribo, ele encontraria uma nova força interior.
Enquanto era conduzido pelo povo que o ajudara, ele contemplava a megacidade que se erguia como uma gigantesca catedral de concreto e aço à sua frente. Árvores antigas e grandiosas ultrapassavam os céus, lançando sombras sinistras sobre os distritos inferiores. Moradias estavam escondidas dentro dessas árvores, enquanto enormes painéis holográficos adornavam suas superfícies. Urakidosan navegava pelos becos sombrios, imerso em uma miragem futurista onde os limites entre realidade e ficção se dissipavam.
Entre os arranha-céus sombrios e futuristas, ele vislumbrava relâmpagos de neon e hologramas cintilantes de propagandas das indústrias, ecoando como fantasmas digitais através da cidade. As informações inundavam sua mente, sendo muitas para alguém que acordara após cento e trinta e sete anos. Seus ouvidos zumbiam, sua visão continuava turva, e uma forte enxaqueca o golpeava incessantemente.
Enquanto Urakidosan avançava, os sons distantes de uma metrópole em constante movimento preenchiam o ar, misturando-se ao zumbido elétrico de cabos de fibra óptica. Nas sombras das estruturas monumentais, ele detectava vestígios de uma natureza corrompida, transformada em algo estranho e alienígena pela mão do homem, com tecnologias além de sua compreensão.
Por entre as fendas do concreto, surgiam oásis de vida selvagem urbana: jardins suspensos onde plantas e árvores se contorciam em direção à luz filtrada, e rios de água negra que serpenteavam por entre as ruas, alimentando lagos tóxicos que brilhavam com uma luz fantasmagórica. Os indígenas modificados quase que inteiramente suscitavam questionamentos em Urakidosan. Afinal, aqueles ao seu redor ainda eram seres humanos?
À medida que ele adentrava mais a fundo na cidade, sinais ocultos do passado emergiam das sombras, revelando uma história tão antiga quanto as próprias fundações da megacidade. Hieróglifos cibernéticos entalhados em concreto apodrecido e inscrições arcanas em línguas esquecidas sussurravam segredos ancestrais.
Mesmo quando se maravilhava com a vastidão e a complexidade do primeiro andar, Urakidosan sentia a atração de uma força superior, chamando-o para uma jornada rumo ao desconhecido e aos mistérios que aguardavam nas profundezas da megacidade. No coração das trevas urbanas, ele encontraria as respostas que procurava, mas também descobriria verdades perturbadoras que desafiariam sua própria compreensão da realidade.
Enquanto era transportado em uma maca flutuante rumo ao centro cirúrgico avançado, ele desmaiou, devido ao estado de seu corpo e mente estarem em estado terminal. Mas para sua surpresa, ao fechar os olhos, ele mergulhou em uma espécie de sonho lúcido, onde em seguida encontrava-se diante de um lugar extramamente claro, arborizado e com um grande templo antigo no centro, erguendo-se majestosamente. Uma figura alta e misteriosa, envolta em uma aura brilhante, surgiu diante dele, possuíndo uma forma humanoide indescritível, pois o brilho que emanava deste ser tornava impossível descrever sua aparência.
"Você chegou. Mas vejo que não sabe quem é. Aos olhos de meus irmãos, você não é bem-vindo à nossa terra. No entanto, eu vejo em você um futuro para os meus filhos", disse a figura enquanto se aproximava. A confusão nos olhos e na expressão de Dosan era nítida.
"Você sabe quem eu sou? Quem é você?", perguntou o rapaz, com pressa. A figura desapareceu diante de seus olhos, e todo o local sumiu junto. Dosan se viu repentinamente diante da megacidade, flutuando sobre todos.
"Não tenha medo. Estou aqui para ajudá-lo a cumprir uma missão que definirá a próxima era de todos os povos, dos que vivem abaixo e daqueles que vivem acima das nuvens", continuou a voz. "Eu sou o espírito guardião que outrora protegia este lugar. Fui venerado por muitas eras, mas a tecnologia e as distrações mundanas afastaram meu povo de mim. Meus irmãos e eu estamos enfraquecidos e só podemos ficar parados enquanto vemos nossa terra e nosso povo se perderem na escuridão desse século. A Ordem de Aço deve pagar por esse desrespeito para com as entidades da floresta e o mundo. Desde que o dono desse corpo ao qual você faz parte agora foi morto, tudo mudou. Eles conspiraram em silêncio e tomaram o poder à força, mas com você aqui podemos mudar isso."
*Tu'un = irmão, na nova lingua dos Guarukinis.
3 - Urakidosan foi conduzido pelos corredores da megacidade em direção ao centro cirúrgico da Nova República Brasileira Unida, seu corpo inerte sobre uma maca flutuante. Os indígenas cibernéticos que o acompanhavam pareciam preocupados e aflitos, trocando murmúrios e olhares nervosos enquanto o guiavam pelas ruas escuras e lamacentas da cidade.
Ao longo do caminho, as pessoas que cruzavam seu caminho olhavam para ele com olhos arregalados de incredulidade, como se estivessem vendo um fantasma surgir das sombras. Sussurros se espalhavam pelo ar, alimentando rumores e especulações sobre sua súbita aparição.
Finalmente, eles chegaram ao centro cirúrgico, uma estrutura imponente e futurista que se erguia contra o céu noturno. O ambiente estava impregnado com o zumbido constante de equipamentos médicos e o brilho frio de telas holográficas piscando em todas as direções.
Os cirurgiões indígenas cibernéticos trabalhavam com precisão mecânica, removendo partes danificadas do corpo de Urakidosan e substituindo-as por membros robóticos de última geração. Enquanto os implantes eram instalados, eles se conectavam com os sistemas de computador da sala de cirurgia, reparando códigos e algoritmos danificados.
Urakidosan jazia desacordado, seu corpo submetido à aflição da cirurgia e à incerteza do desconhecido. A sensação de ser desmontado e reconstruído era estranha e perturbadora, mas também carregava uma sensação de renascimento e renovação.
No tranquilo ambiente do hospital, Urakidosan repousava em seu leito, ainda sob os efeitos da cirurgia que lhe concedera novos membros cibernéticos e restaurara parte de seu software. Seu corpo, agora reparado, descansava em um estado de letargia, enquanto sua mente vagava entre a consciência e o sono. Após acordar, viu Tukê Ijuara, o ancião indígena, surgindo como uma figura imponente e sábia. Seus passos eram calmos, quase reverenciais, à medida que se aproximava do leito de Urakidosan. Seu olhar, profundo e perspicaz, parecia penetrar além das camadas físicas e mergulhar na essência da alma do jovem.
Com uma reverência respeitosa, Tukê Ijuara saudou Urakidosan, suas palavras ecoando suavemente no silêncio do quarto. "Tu'un Urakidosan, filho dos Yaunisú, despertado de um sono profundo, você retorna entre nós em um momento de necessidade. Realmente é um acontecimento curioso."
Urakidosan ergueu os olhos, tentando focar na figura do ancião diante dele. Sua mente ainda estava em um estado nebuloso, lutando para reunir as peças de sua identidade fragmentada. Ele sabia que havia algo familiar na presença do ancião, algo que ecoava dentro dele como um eco distante de memórias esquecidas.
Tukê Ijuara começou a tecer a história de Urakidosan, revelando os eventos que haviam moldado o destino do jovem líder indígena. Ele descreveu os dias de glória, quando Urakidosan liderava sua tribo com sabedoria e bravura, protegendo os valores e tradições de seu povo. Mas também relatou os tempos sombrios que se seguiram, quando a traição e a intriga levaram à queda de Urakidosan e à sua partida para o limbo do esquecimento.
"Você foi um guerreiro valente, um guardião de nossa cultura e um líder entre os homens", continuou Tukê Ijuara, sua voz carregada de respeito e admiração. "Mas agora, você retornou para enfrentar os desafios que aguardam nosso povo e nosso mundo."
Urakidosan ouvia atentamente, cada palavra do ancião ressoando dentro dele como um chamado ancestral. Ele sentia uma mistura de emoções - confusão, incerteza, mas também uma determinação crescente de entender mais sobre quem ele era de fato.
Enquanto Tukê Ijuara continuava a tecer a história de Urakidosan, uma sombra de preocupação pairava sobre seu semblante sereno. Ao perceber a confusão nos olhos do jovem líder, o ancião sentiu uma pontada de apreensão se insinuar em seu coração sábio.
"Tu'un Urakidosan", começou Tukê Ijuara, sua voz assumindo um tom mais grave, "há algo que você precisa saber. Algo que pode ser difícil de aceitar." Ele pausou, deixando o peso de suas palavras ecoar no ar antes de prosseguir. "Você não se lembra de nada, não é?"
Urakidosan balançou a cabeça em confirmação, sua expressão uma mistura de perplexidade e desânimo. Ele tentou recolher as lembranças, mas tudo o que encontrou foram fragmentos dispersos e nebulosos.
Tukê Ijuara observou atentamente o jovem, seus olhos brilhando com uma intensidade penetrante. Ele podia sentir algo pulsando sob a superfície, algo além da simples confusão de memórias. "Há uma sombra sobre você, Tu'un Urakidosan", disse ele, suas palavras carregadas de gravidade. "Uma presença que não pertence a este corpo, a esta mente."
Urakidosan ergueu os olhos para encontrar o olhar do ancião, uma centelha de alarme acendendo em sua mente. Ele sabia que algo estava errado, que havia algo além do que ele conseguia compreender. Mas antes que pudesse formular uma pergunta, Tukê Ijuara continuou.
"Kainoa Temehara, nosso Urakidosan*, era um homem de grande sabedoria e coragem", disse o ancião, sua voz ecoando com reverência. "Mas o que está dentro de você não é a alma de Kainoa. É algo diferente, algo estranho e desconhecido."
Urakidosan sentiu um calafrio percorrer sua espinha enquanto absorvia as palavras do ancião. Uma sensação de inquietude se instalou em seu peito, misturada com uma determinação crescente de descobrir a verdade por trás da presença que o habitava. Ele sabia que teria que explorar os recantos mais sombrios de sua própria mente para desvendar o mistério que o envolvia.
*Urakidosan* = Aquele que mostra o caminho; Quem guia o povo.
4 - A cirurgia foi um ritual delicado, uma dança entre máquinas e mãos habilidosas, restaurando meu corpo cibernético e realinhando meu software. A dor pulsante que havia me consumido lentamente começou a diminuir, substituída por uma sensação de formigamento à medida que os circuitos e conexões em meu interior se estabilizavam. Ergui a cabeça lentamente, sentindo-me frágil e vulnerável, mas também cheio de uma determinação recém-descoberta.
O ancião estava ao meu lado, observando-me com olhos sábios e compassivos. Sua presença era reconfortante, uma âncora em um mar de incertezas. Ele estendeu a mão em um gesto de solidariedade, e eu a aceitei com gratidão, permitindo-me ser conduzido para fora da sala de cirurgia e para a próxima fase de minha jornada.
A casa do ancião era um refúgio de serenidade em meio à agitação da aldeia. Construída com madeira envelhecida e adornada com símbolos ancestrais, emanava uma sensação de calma e tranquilidade. Enquanto caminhávamos pelos corredores estreitos, o ancião compartilhava histórias sobre os dias passados, sobre os grandes líderes que vieram antes de mim e sobre a importância de manter vivas as tradições dos Yaunisu.
Nos dias que se seguiram, mergulhei de cabeça na cultura e nos costumes do povo Yaunisu. Aprendi os rituais de cura com ervas e plantas da floresta, participei das cerimônias sagradas sob o céu estrelado e me conectei com os espíritos dos antepassados através de cantos ancestrais. Cada momento era uma lição, uma oportunidade de crescer e evoluir como líder e como ser humano.
No entanto, nem todos na aldeia estavam prontos para aceitar meu retorno. Alguns duvidavam de minha identidade, questionando se eu era realmente o líder que havia partido há tanto tempo. Essas dúvidas se transformaram em tensões crescentes, alimentadas pela incerteza e pelo medo do desconhecido.
Foi durante uma reunião do conselho tribal que as tensões atingiram o ponto de ebulição. Argumentos acalorados ecoavam pelos corredores da aldeia, enquanto os membros mais céticos exigiam provas de minha identidade e os mais fiéis insistiam em me reconhecer como seu líder legítimo.
Diante desse impasse, encontrei apoio e solidariedade entre aqueles que acreditavam em mim. Eles compartilharam suas memórias de tempos passados, relembrando os dias de glória e as provações que enfrentamos juntos como povo. Essas histórias eram como âncoras, ancorando-me à minha verdadeira identidade e fortalecendo minha determinação de liderar meu povo para um futuro melhor.
Foi durante uma dessas conversas ao redor da fogueira que o ancião compartilhou um segredo antigo. Ele me contou sobre um lugar sagrado, um repositório de memórias onde os Yaunisu guardavam os registros de suas vidas passadas. Guiado pelo ancião, adentrei o local sagrado, onde a atmosfera era carregada de uma energia ancestral.
Ao tocar nas paredes de pedra fria, senti uma corrente elétrica percorrer meu corpo, como se o passado estivesse se comunicando com o presente. À medida que me conectava ao banco de memórias, fui inundado por uma torrente de lembranças e imagens. Recordações de minha vida anterior, tanto como Kainoa quanto como o habitante do andar 88, dançavam diante de meus olhos, revelando fragmentos de quem eu fui.
O impacto das revelações ecoou em minha mente como um trovão, sacudindo-me até o âmago da minha existência. Enquanto as lembranças de minha vida no andar 88 inundavam minha consciência, senti-me envolto por uma escuridão sufocante, uma sombra sinistra do que eu tinha sido.
A verdade era devastadora em sua crueldade: eu era um agente da destruição, um fantoche nas mãos dos que controlavam os andares superiores. Minha missão era terrível: aniquilar setores inteiros, erradicar civilizações promissoras antes que pudessem ameaçar o status quo dos governantes supremos.
Em minha vida anterior, eu era um assassino, um mestre em manipulação e destruição, uma ferramenta afiada nas mãos dos poderosos. Minha existência era um ciclo interminável de violência e traição, uma dança macabra em que eu era forçado a participar contra minha vontade.
Eu lembrei dos poderosos que controlavam os andares superiores, eles eram uma elite implacável e poderosa, cujo domínio sobre a população era absoluto. Munidos de tecnologias avançadas e recursos ilimitados, esses governantes operavam nas sombras, manipulando o destino da humanidade de acordo com seus próprios interesses egoístas.
Para garantir sua hegemonia, os governantes tinham um interesse direto em manter os andares inferiores em um estado de submissão e dependência. Eles enxergavam o avanço tecnológico e social como uma ameaça ao seu poder, uma vez que poderia levar à ascensão de um novo governo que desafiasse sua autoridade. Por essa razão, eles investiam pesadamente em meios de garantir que os andares inferiores permanecessem subdesenvolvidos e desunidos, perpetuando assim sua própria dominação.
Os agentes encarregados de destruir setores inteiros eram a ferramenta principal dos governantes para manter o controle de todas as coisas. Agentes esses, treinados desde jovens para serem os mestres da destruição, habilmente versados em uma variedade de técnicas letais e táticas de sabotagem, implantados em setores específicos, onde operavam clandestinamente para minar qualquer tentativa de progresso ou resistência.
Entre as tecnologias avançadas utilizadas pelos agentes haviam os nanorrobôs de destruição em massa, minúsculos dispositivos capazes de se infiltrar em sistemas de segurança e infraestrutura vital para causar estragos devastadores. Esses nanorrobôs podiam assumir diversas formas, desde enxames de insetos mecânicos até micropartículas invisíveis a olho nu, permitindo que os agentes infligissem danos significativos sem serem detectados.
Além dos nanorrobôs, os agentes também contavam com uma variedade de dispositivos de controle mental e manipulação psicológica para subverter a vontade das massas e incitar o caos. Implantes cibernéticos avançados permitiam que eles se infiltrassem em redes neurais humanas, manipulando pensamentos e emoções para servir aos interesses dos governantes.
Para garantir o sucesso de suas missões, os agentes também contavam com uma rede global de informantes e espiões, capazes de fornecer informações vitais sobre alvos potenciais e vulnerabilidades a explorar. Essa rede de inteligência era alimentada por algoritmos avançados de análise de dados e sistemas de vigilância onipresentes, garantindo que nenhum movimento passasse despercebido.
No entanto, mesmo com todo esse arsenal de tecnologia e poder, os agentes não estavam imunes às consequências de suas ações. Muitos deles lutavam com o fardo de suas escolhas, atormentados pela culpa e pelo remorso por suas ações. Alguns tentaram encontrar redenção em meio ao caos, enquanto outros sucumbiram à escuridão de suas próprias almas, perdidos para sempre nas sombras.
5 - Agora, confrontado com a verdade nua e crua de quem eu era, senti uma onda de angústia e desespero inundar meu ser. Como poderia redimir-me de crimes tão horrendos, tão impiedosamente cometidos em nome do poder e da ganância?
Minha mente girava com possibilidades, cada pensamento mais sombrio do que o anterior. Poderia simplesmente aceitar meu destino, continuar servindo aos meus mestres como um cão fiel, ou poderia rebelar-me contra eles, desafiando sua autoridade e procurando redenção entre os Yaunisu..
Mas então, uma terceira opção começou a emergir em minha mente conturbada. Uma ideia tão louca, tão improvável, que quase me fez rir de desespero. E se eu pudesse usar minha posição privilegiada para mudar as coisas de dentro para fora? E se eu pudesse aproveitar meu conhecimento e habilidades para minar os alicerces do sistema que me escravizava?
A ideia era uma centelha de esperança em meio à escuridão, um fio frágil de possibilidade em um mundo de desespero. Eu não sabia se era possível, se eu era forte o suficiente para enfrentar o poder desse império e desafiar seu domínio sobre tudo o que me cercava.
Mas uma coisa era certa: eu não podia mais ignorar a verdade que havia descoberto. Eu era Kainoa, líder indígena, mas também era o agente do caos do andar 88, duas metades de um todo dilacerado pela guerra e pela ganância. E agora, cabia a mim decidir o que fazer com essa verdade, como moldar meu próprio destino em um mundo onde a única constante era a mudança.
Após a descoberta devastadora de minha verdadeira identidade, decidi compartilhar esse fardo com Tukê Ijuara, o ancião sábio que me acolheu em seu povo. Sentado sob a sombra das árvores ancestrais, contei-lhe minha história, desde minha vida como Kaiona, líder dos Yaunisu, até minha existência como uma ferramenta nas mãos dos poderosos do silo.
Tukê ouviu em silêncio, seu olhar profundo refletindo a turbulência de minhas emoções. Cada palavra que saía de minha boca era como uma faca afiada, cortando as camadas de sua compreensão do mundo. Mas ele permaneceu impassível, como uma rocha diante das marés turbulentas.
Quando terminei de falar, um silêncio pesado pairou entre nós, interrompido apenas pelo suave sussurro das folhas ao vento. Tukê finalmente quebrou o silêncio, sua voz serena ecoando no ar.
"Kainoa, ou k2, como você prefere ser chamado, sua história é uma revelação chocante. Mas não muda quem você é para nós. Você pode ter sido um agente da destruição no passado, mas agora é parte de nossa comunidade, parte de nossa família."
Suas palavras ecoaram dentro de mim, uma luz tênue perfurando a escuridão que se apoderara de minha alma. Pela primeira vez desde que descobri minha verdadeira identidade, senti uma centelha de esperança se acender em meu coração.
No entanto, essa esperança era frágil, ameaçada pela presença constante da outra consciência dentro de mim. A consciência do agente k2, cujo nome permanecia um mistério, sussurrava dúvidas e incertezas em minha mente, desafiando minha determinação de deixar o passado para trás.
Enquanto lutava para conter as vozes conflitantes dentro de mim, Tukê colocou uma mão reconfortante em meu ombro, um gesto de solidariedade e apoio em meio ao caos que me consumia. Seus olhos brilhavam com uma determinação firme, como se estivesse pronto para enfrentar qualquer desafio que o destino nos reservasse.
"Kainoa, você é mais do que suas memórias perdidas, mais do que as sombras do passado que o assombram", disse ele, sua voz ecoando com uma autoridade tranquila. "É hora de você encontrar seu verdadeiro caminho, de aceitar quem você é agora e quem pode se tornar."
Suas palavras ecoaram dentro de mim, penetrando nas profundezas de minha alma e dissipando as nuvens escuras que obscureciam minha visão. Pela primeira vez desde que despertei neste mundo desconhecido, senti uma sensação de paz e clareza se apoderar de mim.
Mas a paz foi efêmera, pois a consciência misteriosa continuava a se manifestar, cada vez mais agressiva e insistente. Eu sabia que não podia ignorá-lo para sempre, que em algum momento teria que confronta-lo.
Enquanto ponderava sobre o que fazer a seguir, uma ideia começou a se formar em minha mente. Talvez, se eu pudesse encontrar uma maneira de reconciliar as duas consciências dentro de mim, pudesse finalmente encontrar a paz que tanto buscava.
Com esse pensamento em mente, levantei-me e olhei para Tukê, determinado a encontrar uma solução para o dilema que me assolava. Ele me encarou com um olhar de compreensão, como se soubesse exatamente o que eu estava planejando.
Enquanto ponderava sobre meu próximo passo, senti a presença se manifestar outra vez. Uma sensação estranha começou a se insinuar em minha mente, era como uma voz sussurrante que ecoava nos recantos mais profundos da minha consciência.
Inicialmente, tentei ignorar essa sensação, atribuindo-a ao estresse e à tensão de minhas experiências recentes. No entanto, à medida que avançava os passos, a sensação se intensificava, como se algo estivesse tentando romper os limites da minha mente e se manifestar no mundo exterior.
***
Após dias de introspecção solitária, envolto na escuridão de meus próprios pensamentos, um acontecimento surpreendente veio romper o silêncio de meu refúgio. Era noite, uma noite tempestuosa, onde o céu rugia com a fúria dos elementos. Foi nesse cenário de caos que a presença se manifestou diante de mim, envolta em sombras e mistério, mas emanando uma aura de familiaridade que não pude ignorar. Uma voz familiar, mas distorcida pelo tempo e pela distância, ecoou em minha mente, clamando por reconhecimento e controle. Era a voz de Kainoa, meu eu anterior, despertando de um sono profundo e exigindo seu lugar no mundo.
Sua presença era uma lembrança constante de que minha jornada estava longe de terminar, e que eu precisava reconciliar as duas metades de mim mesmo para encontrar a verdadeira harmonia.
A figura à minha frente me encarou por um momento, seus olhos buscando os meus com uma intensidade quase palpável. Então, finalmente, ele falou, sua voz carregada de confusão e desamparo. "Eu... não sei onde estou, o que está acontecendo? Sinto-me preso em um pesadelo do qual não consigo acordar. Por favor, me ajude."
Uma onda de compaixão e empatia me atingiu enquanto eu observava Kainoa, percebendo a tormenta de emoções que o assolava. Ele não era um inimigo; era uma parte de mim que havia sido fragmentada e esquecida, relegada às sombras da minha própria existência.
"Eu sinto muito por tudo isso, há coisas que devo lhe contar que podem ser difíceis de entender", murmurei, as palavras pesando em minha língua enquanto eu lutava para encontrar uma maneira de confortá-lo. ''Eu descobri muitas coisas desde que despertei no seu corpo, e uma delas é que você não está sozinho. Você faz parte de algo grandioso e sua memoria permance viva entre aqueles que lhe admiram.''
Com isso, comecei a compartilhar com ele os fragmentos de memória que havia recuperado, revelando a história de nossa vida anterior como Kaiona, líder dos Yaunisu, e a transformação que ocorreu quando fui subjugado pela consciência do agente. Expliquei os motivos por trás de sua morte e como, agora consciente da verdade, estava determinado a lutar não apenas por minha própria redenção, mas também pela justiça dele.
Kainoa ouviu em silêncio, absorvendo cada palavra com uma profunda atenção, enquanto as peças do quebra-cabeça começavam a se encaixar em sua mente confusa.
"Então, isso é o que aconteceu...", murmurou ele. "Eu me lembro agora, flashes de memória, fragmentos de um passado que parecia distante demais para ser real. Mas agora, tudo se torna claro. Obrigado por me ajudar a encontrar o caminho de volta."
Um sorriso suave curvou meus lábios enquanto olhava para Kainoa, reconhecendo a força recém-descoberta em sua voz e em seu olhar. Juntos, éramos uma força a ser reconhecida, uma aliança indestrutível forjada nas chamas da adversidade.
***
De volta à casa do ancião, senti-me sobrecarregado pelo peso das lembranças recuperadas. Recordava agora minha existência nos andares superiores, os corredores labirínticos e os salões opulentos onde o poder era disputado e as conspirações tramadas em segredo. Mas também lembrava dos dias ensolarados na aldeia, das crianças brincando nas margens do rio e das noites tranquilas sob o manto estrelado do céu. Aqui, entre os Yaunisu, eu encontrara uma paz que há muito tempo havia perdido.
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2024.05.13 18:19 Significant-Cream964 Estou escrevendo um livro que retrata uma civilização indígena cyberpunk no ano de 2250. Confiram os primeiros capítulos>

Urakidosan - Um conto índigena cyberpunk
1 - Sete de janeiro de 2137, 22:15 da noite. Laboratório clandestino de análise e transferência de chips neurais. Setor 88.
O silêncio denso do laboratório era quebrado apenas pelo zumbido suave dos equipamentos eletrônicos e o sussurro tenso dos cientistas circundantes. Eu estava parado diante do cientista chefe, cujo rosto estava obscurecido pelas sombras projetadas pelas luzes piscantes do equipamento. "Você já sabe o que fazer", ele disse em um tom grave, enquanto conectava um tubo eletrônico em minha cabeça.
"Chegando lá é apenas uma questão de tempo. Desative a central de dados, implante o decodificador e inicie a destruição do Setor Um. Você será uma lenda entre os Uru-sahitas. Se algo der errado durante o upload do seu chip, nós não nos responsabilizaremos. Mas, olha, eu acredito em você, não é a toa que eles te escolheram, agente K2. Apenas não morra, ok?"
O tubo eletrônico se conectou, e o mundo ao meu redor se desvaneceu em escuridão. A transferência começou, e eu me vi imerso na rede, navegando entre os dados à velocidade da luz. De repente, uma voz feminina cortou o vazio, carregada de desespero.
"Espera! Você vai matá-lo, os dados estão se corrompendo! Traga-o de volta, agora!" E então, mais uma vez, fui engolido pela escuridão.
** 25 de maio de 2250, dez da manhã - Setor Um.**
Raios de luz penetraram minha consciência, seguidos pelo ar fresco enchendo meus pulmões e pelas batidas rítmicas do meu coração. Essas foram as primeiras sensações que emergiram quando acordei, preso sob os escombros. Meu corpo estava quebrado, destroçado, e os escombros pesados pareciam pressionar contra mim com uma força avassaladora. Sons estranhos ecoavam, crescendo em intensidade até que percebi o rugido de um motor se aproximando, um trator ou escavadeira.
Em um movimento repentino, fui arrancado da escuridão pela mão fria da morte e lançado para dentro de uma caçamba de lixo. Por breves instantes, vislumbrei a luz do dia e um borrão de prédios distantes antes de cair em meio à pilha de resíduos. Meu corpo estava desmantelado, despojado de suas partes, talvez por sucateiros ou máquinas insensíveis. Sem pernas, com apenas um braço robótico, meu visor ocular danificado me deixava às cegas, incapaz de discernir a hora, o local ou pedir ajuda.
Na beira do abismo da destruição iminente, a máquina trituradora fez uma varredura rápida antes de iniciar sua execução final. "Alerta! Forma de vida inteligente detectada. Iniciando ejeção." Fui lançado para fora, violentamente, caindo no chão áspero com um impacto surdo. A escuridão me envolveu mais uma vez quando minha cabeça bateu em um bloco de aço, e a consciência se dissipou.
Quando recuperei a consciência, a memória corrompida me atingiu como um golpe. De onde eu vim? Quem eu era antes disso? Arrastando-me através da paisagem desolada, cheguei a uma cidade estranha, cercada por enormes muros de pedra e guardada por uma porta ornamentada com escritos em uma língua desconhecida. Talvez fosse lar de uma civilização antiga ou um enclave remanescente da humanidade.
Exausto e sem forças, me vi diante da porta impenetrável, incapaz de gritar por socorro. Então, uma dúzia de drones avançados surgiu, suas armas apontadas para mim em um silencioso desafio.
"Forma de vida inteligente danificada", anunciou uma voz robótica. "Iniciando verificação de identidade."
As armas se mantinham prontas enquanto os drones analisavam minha presença, mas logo uma falha na checagem de identidade os deixou perplexos. Com uma ordem misteriosa, os drones se retiraram, e a porta se abriu lentamente, revelando os habitantes da cidade.
Entre eles, um velho ancião avançou, metade homem, metade máquina, com cabelos grisalhos e barba trançada. Seus olhos brilhavam com reconhecimento enquanto me estudava.
"Todos acharam que você estivesse morto", disse ele, com uma reverência surpreendente. "Mas eu nunca perdi as esperanças. Os deuses ainda não deram um fim à sua história. E a Ordem do Aço sucumbirá perante você, meu Urakidosan."
Urakidosan. A palavra ecoou em minha mente, trazendo consigo fragmentos de memória e um sentido de importância que escapava à minha compreensão. Haviam mistérios profundos a desvendar, laços antigos a serem refeitos e um destino a ser cumprido. Quem eu era antes disso tudo? E por que minha existência era tão significativa para aqueles ao meu redor?
2 - Urakidosan não hesitou em aceitar a mão estendida do ancião indígena, permitindo-se ser conduzido para dentro da cidade murada pelos braços acolhedores daqueles que o consideravam um igual. Os indígenas cibernéticos dobraram seus joelhos em sinal de reverência e respeito pelo retorno daquele que um dia fora a imagem de esperança e justiça para o povo Yaunisú.
"Vamos levá-lo para o centro cirúrgico da Nova República Brasileira Unida. Seu corpo precisa de reparos, e seu software também. É uma honra estar diante de você, meu Tu'un", disse um homem entre eles, cujos olhos modificados podiam escanear todos os problemas em um corpo em segundos.
Foi lá, entre os jardins suspensos e os santuários sagrados, que a consciência de Urakidosan começou a se reestabelecer, os fragmentos de sua identidade unindo-se lentamente como peças de um quebra-cabeça complexo. Sob os cuidados do ancião e dos sábios xamãs da tribo, ele encontraria uma nova força interior.
Enquanto era conduzido pelo povo que o ajudara, ele contemplava a megacidade que se erguia como uma gigantesca catedral de concreto e aço à sua frente. Árvores antigas e grandiosas ultrapassavam os céus, lançando sombras sinistras sobre os distritos inferiores. Moradias estavam escondidas dentro dessas árvores, enquanto enormes painéis holográficos adornavam suas superfícies. Urakidosan navegava pelos becos sombrios, imerso em uma miragem futurista onde os limites entre realidade e ficção se dissipavam.
Entre os arranha-céus sombrios e futuristas, ele vislumbrava relâmpagos de neon e hologramas cintilantes de propagandas das indústrias, ecoando como fantasmas digitais através da cidade. As informações inundavam sua mente, sendo muitas para alguém que acordara após cento e trinta e sete anos. Seus ouvidos zumbiam, sua visão continuava turva, e uma forte enxaqueca o golpeava incessantemente.
Enquanto Urakidosan avançava, os sons distantes de uma metrópole em constante movimento preenchiam o ar, misturando-se ao zumbido elétrico de cabos de fibra óptica. Nas sombras das estruturas monumentais, ele detectava vestígios de uma natureza corrompida, transformada em algo estranho e alienígena pela mão do homem, com tecnologias além de sua compreensão.
Por entre as fendas do concreto, surgiam oásis de vida selvagem urbana: jardins suspensos onde plantas e árvores se contorciam em direção à luz filtrada, e rios de água negra que serpenteavam por entre as ruas, alimentando lagos tóxicos que brilhavam com uma luz fantasmagórica. Os indígenas modificados quase que inteiramente suscitavam questionamentos em Urakidosan. Afinal, aqueles ao seu redor ainda eram seres humanos?
À medida que ele adentrava mais a fundo na cidade, sinais ocultos do passado emergiam das sombras, revelando uma história tão antiga quanto as próprias fundações da megacidade. Hieróglifos cibernéticos entalhados em concreto apodrecido e inscrições arcanas em línguas esquecidas sussurravam segredos ancestrais.
Mesmo quando se maravilhava com a vastidão e a complexidade do primeiro andar, Urakidosan sentia a atração de uma força superior, chamando-o para uma jornada rumo ao desconhecido e aos mistérios que aguardavam nas profundezas da megacidade. No coração das trevas urbanas, ele encontraria as respostas que procurava, mas também descobriria verdades perturbadoras que desafiariam sua própria compreensão da realidade.
Enquanto era transportado em uma maca flutuante rumo ao centro cirúrgico avançado, ele desmaiou, devido ao estado de seu corpo e mente estarem em estado terminal. Mas para sua surpresa, ao fechar os olhos, ele mergulhou em uma espécie de sonho lúcido, onde em seguida encontrava-se diante de um lugar extramamente claro, arborizado e com um grande templo antigo no centro, erguendo-se majestosamente. Uma figura alta e misteriosa, envolta em uma aura brilhante, surgiu diante dele, possuíndo uma forma humanoide indescritível, pois o brilho que emanava deste ser tornava impossível descrever sua aparência.
"Você chegou. Mas vejo que não sabe quem é. Aos olhos de meus irmãos, você não é bem-vindo à nossa terra. No entanto, eu vejo em você um futuro para os meus filhos", disse a figura enquanto se aproximava. A confusão nos olhos e na expressão de Dosan era nítida.
"Você sabe quem eu sou? Quem é você?", perguntou o rapaz, com pressa. A figura desapareceu diante de seus olhos, e todo o local sumiu junto. Dosan se viu repentinamente diante da megacidade, flutuando sobre todos.
"Não tenha medo. Estou aqui para ajudá-lo a cumprir uma missão que definirá a próxima era de todos os povos, dos que vivem abaixo e daqueles que vivem acima das nuvens", continuou a voz. "Eu sou o espírito guardião que outrora protegia este lugar. Fui venerado por muitas eras, mas a tecnologia e as distrações mundanas afastaram meu povo de mim. Meus irmãos e eu estamos enfraquecidos e só podemos ficar parados enquanto vemos nossa terra e nosso povo se perderem na escuridão desse século. A Ordem de Aço deve pagar por esse desrespeito para com as entidades da floresta e o mundo. Desde que o dono desse corpo ao qual você faz parte agora foi morto, tudo mudou. Eles conspiraram em silêncio e tomaram o poder à força, mas com você aqui podemos mudar isso."
*Tu'un = irmão, na nova lingua dos Guarukinis.
3 - Urakidosan foi conduzido pelos corredores da megacidade em direção ao centro cirúrgico da Nova República Brasileira Unida, seu corpo inerte sobre uma maca flutuante. Os indígenas cibernéticos que o acompanhavam pareciam preocupados e aflitos, trocando murmúrios e olhares nervosos enquanto o guiavam pelas ruas escuras e lamacentas da cidade.
Ao longo do caminho, as pessoas que cruzavam seu caminho olhavam para ele com olhos arregalados de incredulidade, como se estivessem vendo um fantasma surgir das sombras. Sussurros se espalhavam pelo ar, alimentando rumores e especulações sobre sua súbita aparição.
Finalmente, eles chegaram ao centro cirúrgico, uma estrutura imponente e futurista que se erguia contra o céu noturno. O ambiente estava impregnado com o zumbido constante de equipamentos médicos e o brilho frio de telas holográficas piscando em todas as direções.
Os cirurgiões indígenas cibernéticos trabalhavam com precisão mecânica, removendo partes danificadas do corpo de Urakidosan e substituindo-as por membros robóticos de última geração. Enquanto os implantes eram instalados, eles se conectavam com os sistemas de computador da sala de cirurgia, reparando códigos e algoritmos danificados.
Urakidosan jazia desacordado, seu corpo submetido à aflição da cirurgia e à incerteza do desconhecido. A sensação de ser desmontado e reconstruído era estranha e perturbadora, mas também carregava uma sensação de renascimento e renovação.
No tranquilo ambiente do hospital, Urakidosan repousava em seu leito, ainda sob os efeitos da cirurgia que lhe concedera novos membros cibernéticos e restaurara parte de seu software. Seu corpo, agora reparado, descansava em um estado de letargia, enquanto sua mente vagava entre a consciência e o sono. Após acordar, viu Tukê Ijuara, o ancião indígena, surgindo como uma figura imponente e sábia. Seus passos eram calmos, quase reverenciais, à medida que se aproximava do leito de Urakidosan. Seu olhar, profundo e perspicaz, parecia penetrar além das camadas físicas e mergulhar na essência da alma do jovem.
Com uma reverência respeitosa, Tukê Ijuara saudou Urakidosan, suas palavras ecoando suavemente no silêncio do quarto. "Tu'un Urakidosan, filho dos Yaunisú, despertado de um sono profundo, você retorna entre nós em um momento de necessidade. Realmente é um acontecimento curioso."
Urakidosan ergueu os olhos, tentando focar na figura do ancião diante dele. Sua mente ainda estava em um estado nebuloso, lutando para reunir as peças de sua identidade fragmentada. Ele sabia que havia algo familiar na presença do ancião, algo que ecoava dentro dele como um eco distante de memórias esquecidas.
Tukê Ijuara começou a tecer a história de Urakidosan, revelando os eventos que haviam moldado o destino do jovem líder indígena. Ele descreveu os dias de glória, quando Urakidosan liderava sua tribo com sabedoria e bravura, protegendo os valores e tradições de seu povo. Mas também relatou os tempos sombrios que se seguiram, quando a traição e a intriga levaram à queda de Urakidosan e à sua partida para o limbo do esquecimento.
"Você foi um guerreiro valente, um guardião de nossa cultura e um líder entre os homens", continuou Tukê Ijuara, sua voz carregada de respeito e admiração. "Mas agora, você retornou para enfrentar os desafios que aguardam nosso povo e nosso mundo."
Urakidosan ouvia atentamente, cada palavra do ancião ressoando dentro dele como um chamado ancestral. Ele sentia uma mistura de emoções - confusão, incerteza, mas também uma determinação crescente de entender mais sobre quem ele era de fato.
Enquanto Tukê Ijuara continuava a tecer a história de Urakidosan, uma sombra de preocupação pairava sobre seu semblante sereno. Ao perceber a confusão nos olhos do jovem líder, o ancião sentiu uma pontada de apreensão se insinuar em seu coração sábio.
"Tu'un Urakidosan", começou Tukê Ijuara, sua voz assumindo um tom mais grave, "há algo que você precisa saber. Algo que pode ser difícil de aceitar." Ele pausou, deixando o peso de suas palavras ecoar no ar antes de prosseguir. "Você não se lembra de nada, não é?"
Urakidosan balançou a cabeça em confirmação, sua expressão uma mistura de perplexidade e desânimo. Ele tentou recolher as lembranças, mas tudo o que encontrou foram fragmentos dispersos e nebulosos.
Tukê Ijuara observou atentamente o jovem, seus olhos brilhando com uma intensidade penetrante. Ele podia sentir algo pulsando sob a superfície, algo além da simples confusão de memórias. "Há uma sombra sobre você, Tu'un Urakidosan", disse ele, suas palavras carregadas de gravidade. "Uma presença que não pertence a este corpo, a esta mente."
Urakidosan ergueu os olhos para encontrar o olhar do ancião, uma centelha de alarme acendendo em sua mente. Ele sabia que algo estava errado, que havia algo além do que ele conseguia compreender. Mas antes que pudesse formular uma pergunta, Tukê Ijuara continuou.
"Kainoa Temehara, nosso Urakidosan*, era um homem de grande sabedoria e coragem", disse o ancião, sua voz ecoando com reverência. "Mas o que está dentro de você não é a alma de Kainoa. É algo diferente, algo estranho e desconhecido."
Urakidosan sentiu um calafrio percorrer sua espinha enquanto absorvia as palavras do ancião. Uma sensação de inquietude se instalou em seu peito, misturada com uma determinação crescente de descobrir a verdade por trás da presença que o habitava. Ele sabia que teria que explorar os recantos mais sombrios de sua própria mente para desvendar o mistério que o envolvia.
*Urakidosan* = Aquele que mostra o caminho; Quem guia o povo.
4 - A cirurgia foi um ritual delicado, uma dança entre máquinas e mãos habilidosas, restaurando meu corpo cibernético e realinhando meu software. A dor pulsante que havia me consumido lentamente começou a diminuir, substituída por uma sensação de formigamento à medida que os circuitos e conexões em meu interior se estabilizavam. Ergui a cabeça lentamente, sentindo-me frágil e vulnerável, mas também cheio de uma determinação recém-descoberta.
O ancião estava ao meu lado, observando-me com olhos sábios e compassivos. Sua presença era reconfortante, uma âncora em um mar de incertezas. Ele estendeu a mão em um gesto de solidariedade, e eu a aceitei com gratidão, permitindo-me ser conduzido para fora da sala de cirurgia e para a próxima fase de minha jornada.
A casa do ancião era um refúgio de serenidade em meio à agitação da aldeia. Construída com madeira envelhecida e adornada com símbolos ancestrais, emanava uma sensação de calma e tranquilidade. Enquanto caminhávamos pelos corredores estreitos, o ancião compartilhava histórias sobre os dias passados, sobre os grandes líderes que vieram antes de mim e sobre a importância de manter vivas as tradições dos Yaunisu.
Nos dias que se seguiram, mergulhei de cabeça na cultura e nos costumes do povo Yaunisu. Aprendi os rituais de cura com ervas e plantas da floresta, participei das cerimônias sagradas sob o céu estrelado e me conectei com os espíritos dos antepassados através de cantos ancestrais. Cada momento era uma lição, uma oportunidade de crescer e evoluir como líder e como ser humano.
No entanto, nem todos na aldeia estavam prontos para aceitar meu retorno. Alguns duvidavam de minha identidade, questionando se eu era realmente o líder que havia partido há tanto tempo. Essas dúvidas se transformaram em tensões crescentes, alimentadas pela incerteza e pelo medo do desconhecido.
Foi durante uma reunião do conselho tribal que as tensões atingiram o ponto de ebulição. Argumentos acalorados ecoavam pelos corredores da aldeia, enquanto os membros mais céticos exigiam provas de minha identidade e os mais fiéis insistiam em me reconhecer como seu líder legítimo.
Diante desse impasse, encontrei apoio e solidariedade entre aqueles que acreditavam em mim. Eles compartilharam suas memórias de tempos passados, relembrando os dias de glória e as provações que enfrentamos juntos como povo. Essas histórias eram como âncoras, ancorando-me à minha verdadeira identidade e fortalecendo minha determinação de liderar meu povo para um futuro melhor.
Foi durante uma dessas conversas ao redor da fogueira que o ancião compartilhou um segredo antigo. Ele me contou sobre um lugar sagrado, um repositório de memórias onde os Yaunisu guardavam os registros de suas vidas passadas. Guiado pelo ancião, adentrei o local sagrado, onde a atmosfera era carregada de uma energia ancestral.
Ao tocar nas paredes de pedra fria, senti uma corrente elétrica percorrer meu corpo, como se o passado estivesse se comunicando com o presente. À medida que me conectava ao banco de memórias, fui inundado por uma torrente de lembranças e imagens. Recordações de minha vida anterior, tanto como Kainoa quanto como o habitante do andar 88, dançavam diante de meus olhos, revelando fragmentos de quem eu fui.
O impacto das revelações ecoou em minha mente como um trovão, sacudindo-me até o âmago da minha existência. Enquanto as lembranças de minha vida no andar 88 inundavam minha consciência, senti-me envolto por uma escuridão sufocante, uma sombra sinistra do que eu tinha sido.
A verdade era devastadora em sua crueldade: eu era um agente da destruição, um fantoche nas mãos dos que controlavam os andares superiores. Minha missão era terrível: aniquilar setores inteiros, erradicar civilizações promissoras antes que pudessem ameaçar o status quo dos governantes supremos.
Em minha vida anterior, eu era um assassino, um mestre em manipulação e destruição, uma ferramenta afiada nas mãos dos poderosos. Minha existência era um ciclo interminável de violência e traição, uma dança macabra em que eu era forçado a participar contra minha vontade.
Eu lembrei dos poderosos que controlavam os andares superiores, eles eram uma elite implacável e poderosa, cujo domínio sobre a população era absoluto. Munidos de tecnologias avançadas e recursos ilimitados, esses governantes operavam nas sombras, manipulando o destino da humanidade de acordo com seus próprios interesses egoístas.
Para garantir sua hegemonia, os governantes tinham um interesse direto em manter os andares inferiores em um estado de submissão e dependência. Eles enxergavam o avanço tecnológico e social como uma ameaça ao seu poder, uma vez que poderia levar à ascensão de um novo governo que desafiasse sua autoridade. Por essa razão, eles investiam pesadamente em meios de garantir que os andares inferiores permanecessem subdesenvolvidos e desunidos, perpetuando assim sua própria dominação.
Os agentes encarregados de destruir setores inteiros eram a ferramenta principal dos governantes para manter o controle de todas as coisas. Agentes esses, treinados desde jovens para serem os mestres da destruição, habilmente versados em uma variedade de técnicas letais e táticas de sabotagem, implantados em setores específicos, onde operavam clandestinamente para minar qualquer tentativa de progresso ou resistência.
Entre as tecnologias avançadas utilizadas pelos agentes haviam os nanorrobôs de destruição em massa, minúsculos dispositivos capazes de se infiltrar em sistemas de segurança e infraestrutura vital para causar estragos devastadores. Esses nanorrobôs podiam assumir diversas formas, desde enxames de insetos mecânicos até micropartículas invisíveis a olho nu, permitindo que os agentes infligissem danos significativos sem serem detectados.
Além dos nanorrobôs, os agentes também contavam com uma variedade de dispositivos de controle mental e manipulação psicológica para subverter a vontade das massas e incitar o caos. Implantes cibernéticos avançados permitiam que eles se infiltrassem em redes neurais humanas, manipulando pensamentos e emoções para servir aos interesses dos governantes.
Para garantir o sucesso de suas missões, os agentes também contavam com uma rede global de informantes e espiões, capazes de fornecer informações vitais sobre alvos potenciais e vulnerabilidades a explorar. Essa rede de inteligência era alimentada por algoritmos avançados de análise de dados e sistemas de vigilância onipresentes, garantindo que nenhum movimento passasse despercebido.
No entanto, mesmo com todo esse arsenal de tecnologia e poder, os agentes não estavam imunes às consequências de suas ações. Muitos deles lutavam com o fardo de suas escolhas, atormentados pela culpa e pelo remorso por suas ações. Alguns tentaram encontrar redenção em meio ao caos, enquanto outros sucumbiram à escuridão de suas próprias almas, perdidos para sempre nas sombras.
5 - Agora, confrontado com a verdade nua e crua de quem eu era, senti uma onda de angústia e desespero inundar meu ser. Como poderia redimir-me de crimes tão horrendos, tão impiedosamente cometidos em nome do poder e da ganância?
Minha mente girava com possibilidades, cada pensamento mais sombrio do que o anterior. Poderia simplesmente aceitar meu destino, continuar servindo aos meus mestres como um cão fiel, ou poderia rebelar-me contra eles, desafiando sua autoridade e procurando redenção entre os Yaunisu..
Mas então, uma terceira opção começou a emergir em minha mente conturbada. Uma ideia tão louca, tão improvável, que quase me fez rir de desespero. E se eu pudesse usar minha posição privilegiada para mudar as coisas de dentro para fora? E se eu pudesse aproveitar meu conhecimento e habilidades para minar os alicerces do sistema que me escravizava?
A ideia era uma centelha de esperança em meio à escuridão, um fio frágil de possibilidade em um mundo de desespero. Eu não sabia se era possível, se eu era forte o suficiente para enfrentar o poder desse império e desafiar seu domínio sobre tudo o que me cercava.
Mas uma coisa era certa: eu não podia mais ignorar a verdade que havia descoberto. Eu era Kainoa, líder indígena, mas também era o agente do caos do andar 88, duas metades de um todo dilacerado pela guerra e pela ganância. E agora, cabia a mim decidir o que fazer com essa verdade, como moldar meu próprio destino em um mundo onde a única constante era a mudança.
Após a descoberta devastadora de minha verdadeira identidade, decidi compartilhar esse fardo com Tukê Ijuara, o ancião sábio que me acolheu em seu povo. Sentado sob a sombra das árvores ancestrais, contei-lhe minha história, desde minha vida como Kaiona, líder dos Yaunisu, até minha existência como uma ferramenta nas mãos dos poderosos do silo.
Tukê ouviu em silêncio, seu olhar profundo refletindo a turbulência de minhas emoções. Cada palavra que saía de minha boca era como uma faca afiada, cortando as camadas de sua compreensão do mundo. Mas ele permaneceu impassível, como uma rocha diante das marés turbulentas.
Quando terminei de falar, um silêncio pesado pairou entre nós, interrompido apenas pelo suave sussurro das folhas ao vento. Tukê finalmente quebrou o silêncio, sua voz serena ecoando no ar.
"Kainoa, ou k2, como você prefere ser chamado, sua história é uma revelação chocante. Mas não muda quem você é para nós. Você pode ter sido um agente da destruição no passado, mas agora é parte de nossa comunidade, parte de nossa família."
Suas palavras ecoaram dentro de mim, uma luz tênue perfurando a escuridão que se apoderara de minha alma. Pela primeira vez desde que descobri minha verdadeira identidade, senti uma centelha de esperança se acender em meu coração.
No entanto, essa esperança era frágil, ameaçada pela presença constante da outra consciência dentro de mim. A consciência do agente k2, cujo nome permanecia um mistério, sussurrava dúvidas e incertezas em minha mente, desafiando minha determinação de deixar o passado para trás.
Enquanto lutava para conter as vozes conflitantes dentro de mim, Tukê colocou uma mão reconfortante em meu ombro, um gesto de solidariedade e apoio em meio ao caos que me consumia. Seus olhos brilhavam com uma determinação firme, como se estivesse pronto para enfrentar qualquer desafio que o destino nos reservasse.
"Kainoa, você é mais do que suas memórias perdidas, mais do que as sombras do passado que o assombram", disse ele, sua voz ecoando com uma autoridade tranquila. "É hora de você encontrar seu verdadeiro caminho, de aceitar quem você é agora e quem pode se tornar."
Suas palavras ecoaram dentro de mim, penetrando nas profundezas de minha alma e dissipando as nuvens escuras que obscureciam minha visão. Pela primeira vez desde que despertei neste mundo desconhecido, senti uma sensação de paz e clareza se apoderar de mim.
Mas a paz foi efêmera, pois a consciência misteriosa continuava a se manifestar, cada vez mais agressiva e insistente. Eu sabia que não podia ignorá-lo para sempre, que em algum momento teria que confronta-lo.
Enquanto ponderava sobre o que fazer a seguir, uma ideia começou a se formar em minha mente. Talvez, se eu pudesse encontrar uma maneira de reconciliar as duas consciências dentro de mim, pudesse finalmente encontrar a paz que tanto buscava.
Com esse pensamento em mente, levantei-me e olhei para Tukê, determinado a encontrar uma solução para o dilema que me assolava. Ele me encarou com um olhar de compreensão, como se soubesse exatamente o que eu estava planejando.
Enquanto ponderava sobre meu próximo passo, senti a presença se manifestar outra vez. Uma sensação estranha começou a se insinuar em minha mente, era como uma voz sussurrante que ecoava nos recantos mais profundos da minha consciência.
Inicialmente, tentei ignorar essa sensação, atribuindo-a ao estresse e à tensão de minhas experiências recentes. No entanto, à medida que avançava os passos, a sensação se intensificava, como se algo estivesse tentando romper os limites da minha mente e se manifestar no mundo exterior.
***
Após dias de introspecção solitária, envolto na escuridão de meus próprios pensamentos, um acontecimento surpreendente veio romper o silêncio de meu refúgio. Era noite, uma noite tempestuosa, onde o céu rugia com a fúria dos elementos. Foi nesse cenário de caos que a presença se manifestou diante de mim, envolta em sombras e mistério, mas emanando uma aura de familiaridade que não pude ignorar. Uma voz familiar, mas distorcida pelo tempo e pela distância, ecoou em minha mente, clamando por reconhecimento e controle. Era a voz de Kainoa, meu eu anterior, despertando de um sono profundo e exigindo seu lugar no mundo.
Sua presença era uma lembrança constante de que minha jornada estava longe de terminar, e que eu precisava reconciliar as duas metades de mim mesmo para encontrar a verdadeira harmonia.
A figura à minha frente me encarou por um momento, seus olhos buscando os meus com uma intensidade quase palpável. Então, finalmente, ele falou, sua voz carregada de confusão e desamparo. "Eu... não sei onde estou, o que está acontecendo? Sinto-me preso em um pesadelo do qual não consigo acordar. Por favor, me ajude."
Uma onda de compaixão e empatia me atingiu enquanto eu observava Kainoa, percebendo a tormenta de emoções que o assolava. Ele não era um inimigo; era uma parte de mim que havia sido fragmentada e esquecida, relegada às sombras da minha própria existência.
"Eu sinto muito por tudo isso, há coisas que devo lhe contar que podem ser difíceis de entender", murmurei, as palavras pesando em minha língua enquanto eu lutava para encontrar uma maneira de confortá-lo. ''Eu descobri muitas coisas desde que despertei no seu corpo, e uma delas é que você não está sozinho. Você faz parte de algo grandioso e sua memoria permance viva entre aqueles que lhe admiram.''
Com isso, comecei a compartilhar com ele os fragmentos de memória que havia recuperado, revelando a história de nossa vida anterior como Kaiona, líder dos Yaunisu, e a transformação que ocorreu quando fui subjugado pela consciência do agente. Expliquei os motivos por trás de sua morte e como, agora consciente da verdade, estava determinado a lutar não apenas por minha própria redenção, mas também pela justiça dele.
Kainoa ouviu em silêncio, absorvendo cada palavra com uma profunda atenção, enquanto as peças do quebra-cabeça começavam a se encaixar em sua mente confusa.
"Então, isso é o que aconteceu...", murmurou ele. "Eu me lembro agora, flashes de memória, fragmentos de um passado que parecia distante demais para ser real. Mas agora, tudo se torna claro. Obrigado por me ajudar a encontrar o caminho de volta."
Um sorriso suave curvou meus lábios enquanto olhava para Kainoa, reconhecendo a força recém-descoberta em sua voz e em seu olhar. Juntos, éramos uma força a ser reconhecida, uma aliança indestrutível forjada nas chamas da adversidade.
***
De volta à casa do ancião, senti-me sobrecarregado pelo peso das lembranças recuperadas. Recordava agora minha existência nos andares superiores, os corredores labirínticos e os salões opulentos onde o poder era disputado e as conspirações tramadas em segredo. Mas também lembrava dos dias ensolarados na aldeia, das crianças brincando nas margens do rio e das noites tranquilas sob o manto estrelado do céu. Aqui, entre os Yaunisu, eu encontrara uma paz que há muito tempo havia perdido.
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2024.05.13 15:36 enieto87 Nada puros pendejos oportunista...

Estar grullando a una morra...
Porque están jodidos...
Si son muy verga... que apliquen en su momento que no estén ayudando a nada...
Todo son las IPTables...
A nadie me interesa de donde viene más que este en línea...
Están ellos muy preocupados...
A cualquier otro molestan los mandan a la verga...
Aquí es cosa de tiempo...
Que viven aquí en mi casa... conmigo y mi mujer...
Que porque son muy verga... 😂😂😂😂
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2024.05.13 11:49 Dangerous813 Faz 3 anos que terminei e não fiquei com mais ninguém

A três anos que não fico com ninguém, amava muito meu ex talvez até continue amando só que desde de então não consigo ficar com ninguém nem me aproximar de ninguém eu não tenho amigos nem costumo sair o pior é que meu trabalho tá me consumindo as vezes é bom ter uma companhia um abraço quando tudo da errado, mas é solitário. Tem dias que eu amo ser solitária pois tem uma paz que nunca vivi mas dias péssimos que sei lá é como se eu não conseguisse sentir nada, eu trabalho, faço terapia a anos (não pelo termino) vou na academia uma pessoa com hábitos bem saudáveis mas sinto uma solidão imensa eu penso que talvez eu morra sozinha mesmo, minha irmã tem a família dela as vezes fico triste por saber que eu não conseguiria
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2024.05.13 10:44 Fun_Spring8177 La Perra y un ingenuo

Está Historia empieza en una secundaria llamada Juan Escutia ubicada en Hermosillo Sonora México una morra que es una puta perra jugo con uno de mis amigos le hacía creer que estaba enamorada de el para que le isiera favores y cosas de este tipo pero esta perra anda como si nada ubiera pasado por eso ise está comunidad para quemar a todos esos hijos de puta que se la pasan asiendo cosas malas en mi salón y escuela y por cierto el nombre de la perra es Ximena Victoria Luquez Gomez
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2024.05.13 08:42 EnvironmentalFan9826 Que hacen para dejar de extrañar a alguien?

Hace como 1 año corte con una pareja (para mi poca edad fue la pareja más larga que eh tenido 7 meses y la que más eh querido) y al principio nomas me sentí triste como 2 semanas y se me paso pero a los meses empecé a sentirme mal y ponerme triste,después de algunos meses se hizo una fiesta en mi escuela y hable con ella al principio hablamos bien pero sentí que no tenia que hablar con ella pero pues en esa fiesta mis camaradas no fueron y fui con una amiga por que me pidió el favor de ir,al final de la fiesta la verdad estaba triste y cuando llegue a mi casa llore por un rato y pase como por una mini depresión de como 4 o 5 semanas que no hablaba con nadie saliendo de la prepa y me aleje de mis amigos esa s semanas al final que pasaron esas semanas unos 4 o 5 meses después conocí a otra morra que la verdad no era lo que buscaba pero en el lapso de tiempo que esta con la morra nueva vamos a ponerle juana,cuando estaba con juana seguía pensando y en algunos momentos estuve a nada de en vez de decirle:oye juana, casi decía el nombre de mi ex al final corte con juana por otros problemas pero creo que no eh superado al 100% a mi ex
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2024.05.13 01:36 Summeeer_ Personagem da minha player provavelmente vai ressuscitar, mas quero que seja algo ruim

Tenho uma jogadora que tem uma personagem chamada "Sarah". Na próxima sessão elas vão lutar contra o carniçal, e a sarah está com 5 de vida (só ela e outra personagem tem medicina) então acho que ela possa morrer, mas tem um porém.
Sarah tem "esquizofrenia". O que ela não sabe, é que seu """amigo""" imaginário é na realidade uma criatura do paraíso (local autoral da minha campanha que elas nem imaginam que existe ainda) e quer fazer de tudo para que ela cometa suicídio, e se ela morre antes disso, ele falha na sua missão e é mandado para o sofrimento eterno. Porém ele terá uma segunda chance caso ela morra de outra forma, ele pode a ressuscitar se mesclando com a consciência dela.
Quero que mesmo ela conseguindo jogar mais uma vez, minhas outras jogadoras não sintam que há um favoritismo ou algo do tipo, já que ela tem uma oportunidade que elas provavelmente não terão.
Me deem ideias de como fazer com que elas sintam que talvez não tenha sido tão legal ela ressuscitar
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2024.05.13 00:07 boingdemangoxd Lombriciento

Me independicé de mis jefes cuando tenía 19
Quería ser dueño de mi propia vida
Eso y que no acabé la prepa jsjsjsj
Nomás agarré dos mil pesos que tenía en una lonchera de triple H, cuatro playeras, dos pantalones negros, mis vans color vino y me fui a comer el mundo
Ay wey, como que 5500 de renta un depa en Santa Martha
Xddddd
Total, tenía que ponerme las pilas si no quería regresar con las patas abiertas y la cola
Digo con la cola entre las patas
Encontré un jale muy pintoresco por allá por zona de hospitales donde nomás pedían la secundaria
Daban seguro, uniforme...
Solo tenía que sentarme en una computadora a pasar números a hojas de cálculo de Excel como mono amaestrado
Entraba a las 6 de la mañana y venía saliendo a eso de la medianoche
Sin descansar
Facilito
Día 1: estoy al borde del colapso
Siempre me daba un chingo de hambre y salía como zombie a meterme algo al cogote
Es aquí donde Antojitos Ilusión entra en acción como el meme ese de superman
There's a staaaaarman waiting in the sky
Que mejor remedio para el hambre de un miembro de la clase trabajadora que unas pinches quesadillas de hongos de a 11 pesos en la madrugada
Ah qué bendición
Neta que muchas veces aguantaba la puteada diaria nomás para irme a chingar una chingona gordita de chicharron, buena, bonita y barata
Bueno, eso y la hija de la señora que atendía
Se llamaba Maly
Malasia
Pinche nombre culero, con razón tu jefa vende quesadillas
Total que la pinche Maly siempre regresaba al puesto de su jefa con bata y cara de emputada
Se veía que estudiaba medicina o una mamada así de esas que te obligan a hacer cosplay del Dr Descuento
Y al chile nos echamos ojitos acá bien coquetotes y pues si éramos bien obviotes
Un día acá junté mis pesitos y chinguesumadre le regale una cajita de chocolates de la cerecita
Sus ojos todos ojerosos se le encendieron y se los empezó a comer
Yo digo que se le bajó la presión
Malasia me dio las gracias y de ahí me la empecé a ligar
Acá me contó de que estudiaba y todo
Pero yo nomás me le quedaba vieeeendo y pendejeaaaando
Pa hacer la historia corta, Maly y yo nos hicimos novios como al mes de conocernos
Era un amor porque siempre me esperaba a mi con mi quesadilla de huitlacoche ya calientita
Me la comía con tanto gusto...
Al cabo de unos meses me empecé a sentir acá como débil
Yo lo atribuía a qué me saltaba dos de las tres comidas y a la gastritis crónica que me dio en la secu por tragar pura papá picosa con valentina
Pero ese pedo se estaba poniendo culero, ni me podía parar del catre donde me acostaba a veces
Yo sentía que ya me iba a morir cuando de pronto la pinche Maly me fue a buscar al jale
Al verme todo amarillo y mosqueado hasta como que le dió gusto
"Ven conmigo"
No mames que nos metemos al baño y yo pensé que íbamos a culear
Ya le iba a decir que no sentía las piernas cuando me pone un dedo en el osico y saca un frasco con gotas
"Abre la boca"
Ni se espero a que yo la abriera y me jalo del osico y mocos me enclocho como 6 apachurradas de ese frasco
Ni 20 segundos pasaron cuando me empezó a doler la panza pero CABRON
Me iba a meter en chinga a la taza y que me jala del brazo
"No pendejo, haz aquí"
Y que saca un frasco de esos como de mayonesa de a kilo
Gasatumais
Ya que me pone a cagar ahí y vete a la vergaAaaa
De mi culito empezaron a salir un chingo de solitarias así retorciéndose
Parecía que estaba cagando maruchan
Y la pinche Maly en lugar de vomitar que dice ahuevo
Ahuevo que? pendeja
Agarró el pinche frasco y y lo empezó a ver por todos lados
Las lombrices esas se retorcían y de pronto se murieron alv
Yo estaba que ni podía hablar del susto y Maly me explico que estaba pasando
Resulta que esa pinche morra estaba estudiando biología y su proyecto final eran esas pinches gotas mataparasitos
Pero tenia que probarlo en alguien y a mí me vio muy voluntarioso
Al chile si me dieron ganas de soltarle un vergazo o irme a la verga pero no podía moverme de lo débil que estaba
Total que se llevó mis lombrices ya todas tiesas a analizar y ahí me dejó tirado
Me arrastré a un Seven eleven y me aliviane con un frözt de piña
Uuuuuu la energía es recuperada
En la salida intenté no pasar por el puesto de quekas pero la Malasia y me vio y me pidió disculpas
Yo ora si le iba a conectar una buena mentadita de madre cuando me suelta un quinienton
Ay wey
Me terminó pidiendo perdón y me dijo que si me dejaba seguir haciendo pruebas me iba a dejar quedarme en su choza y me rolaba feria, ropa y comida
No diré nada, pero gracias a ella pude comprarme mi primer teléfono y me tiene registrado en WhatsApp como "Gusanito 🐛"
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2024.05.12 22:51 henryking2 .

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2024.05.12 22:20 Rezo_Renzo ¿Sabían que el formato APA si tiene especificaciones para citar videos de YouTube?

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2024.05.12 22:20 Rezo_Renzo ¿Sabían que el formato APA si tiene especificaciones para citar videos de YouTube?

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2024.05.12 22:19 throwawayMX962 Algunos(as) de ustedes estan pasando por algo similar?

Hola gente. Me llamo Juli, tengo 27 años y vivo en Jalisco. Primero que todo ya sé que hay muchas publicaciones parecidas a esta pero mi caso es un poco raro y enserio necesito sus opiniones.
Mi problema es que todavia soy virgen a mis 27. No fue por razones religiosas o por ser como los 'otakus' raros o nada asi, pero mas fue por circunstancias muy desafortunadas. En el pasado tuve 3 novias pero con ninguna llegue a tener relaciones sexuales. Una razon por cual esto paso, fue porque naci en el 'gabacho' a padres Mexicanos y luego me mude a MX a la edad de 13, asi que tuve que comenzar de nuevo con muy pocos amigos de mi generacion. Otra razon seria de que en mi region la gente en general es muy conservadora/religiosa (Soy de un pueblo ubicado al este de Guadalajara) y las chicas que conoci ahi querian esperar hasta despues del matrimonio para tener contacto intimo. Mi primer novia la tuve a los 14 años, con ella estuve hasta los 16. La segunda novia la tuve desde los 17 hasta la edad de 20. La ultima, creo que ni fue una verdadera novia pero fue una morra Chilena que conoci cuando pase un verano en España cuando tenia 22. Aunque me fui, hablabamos por internet todos los dias por mas de un año, pero al fin, la realidad de que yo no vivire en Chile y ella no vivira en Mexico, nos apago el amor y ya somos mas amigos que novios. desde eso, pasaron la cuarentenas y todo y me quede sin conocer a nadie. Cuando estuve en la Uni, casi no tenia tiempo para conocer mujeres porque estaba siempre ocupado (Estudié Arquitectura) y ahora que sali y estoy trabajando, me parece que la gran mayoria de las mujeres de mi edad ya tienen a su pareja y no hay muchas disponibles. El año pasado mi prima me invito a un 'baile' en el pueblo que esta a un lado del mio (Tepatitlan) y todas las chicas en ese baile tenian como 15-16 años...asi que pues obvio ese lugar no era ideal para hablar con chicas. Estaba considerando unirme a un curso de cocinar o uno para aprender a hacer Boulder, con intencion de ahi posiblemente conozer a alguien, pero no tengo tantas esperanzas. No lo quiero aforzar. Quiero conocer a alguien y enamorarme naturalmente pero al mismo tiempo siento presion, como si ya se me esta terminando el tiempo
Verdaderamente siento como si ya se me esta pasando el tren y quizas voy a tener que juntarme con alguien que no es de mi edad (que posiblemente tiene sus detallitos). Y bueno...mas grave todavia, siento miedo y verguenza de que no tengo experiencia sexual. Osea, no se como apropiadamente darle plaser a una mujer, ya que nunca lo hice... Me informe de los libros de kamasutra y otros, pero pues como todas las cosas, leer de algo en un libro y hacerlo en realidad, es completamente diferente. Y pues con la chica Chilena, estabamos a punto de hacerlo pero siempre nos hacian interrupción sus roomies. Pero tambien, aunque lo trataba de esconder, tenia mucho miedo y sentia como si tendria un ataque de ansiedad antes de esos momentos con ella. Siento que esto paso porque las cosas se sentian muy rapidas, pero tambien porque pense que quizas no le gustaria que yo no tengo mucha experiencia.. Considere hacerlo con las 'escorts' para hacer como practica, pero queria que mi primera vez fuera con alguien especial y tambien me da verguenza utilizar esas cariñosas de lujo... Alguien mas en situacion parecida? Me imagino que no soy el unico, ya que la sociedad esta un poco rara con la manera en cual las personas viven ( Problemas de poblacion por las parejas que no tienen dinero para tener hijos y lo que involocra todo eso)
pero bueno...
Que me aconsejan? :(
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2024.05.12 12:25 rodrigl A nova minoria - Martha Medeiros

É um grupo formado por poucos integrantes. Acredito que hoje estejam até em menor número do que a comunidade indígena, que se tornou minoria por força da dizimação de suas tribos. A minoria a que me refiro também está sendo exterminada do planeta, e pouca gente tem se dado conta. Me refiro aos sensatos.
 
A comunidade dos sensatos nunca se organizou formalmente. Seus antepassados acasalaram-se com insensatos, e geraram filhos e netos e bisnetos mistos, o que poderia ser considerada uma bem-vinda diversidade cultural, mas não resultou em grande coisa. Os seres mistos seguiram procriando com outros insensatos, até que a insensatez passou a ser o gene dominante da raça. Restaram poucos sensatos puros.
 
Reconhecê-los não é difícil. Eles costumam ser objetivos em suas conversas, dizendo claramente o que pensam e baseando seus argumentos no raro e desprestigiado bom senso. Analisam as situações por mais de um ângulo antes de se posicionarem. Tomam decisões justas, mesmo que para isso tenham que ferir suscetibilidades. Não se comovem com os exageros e delírios de seus pares, preferindo manter-se do lado da razão. Serão pessoas frias? É o que dizem deles, mas ninguém imagina como sofrem intimamente por não serem compreendidos.
 
O sensato age de forma óbvia. Ele conhece o caminho mais curto para fazer as coisas acontecerem, mas as coisas só acontecem quando há um empenho conjunto. Sozinho ele não pode fazer nada contra a avassaladora reação dos que, diferentemente dele, dedicam suas vidas a complicar tudo. Para a maioria, a simplicidade é sempre suspeita, vá entender.
 
O sensato obedece a regras ancestrais, como, por exemplo, dar valor ao que é emocional e desprezar o que é mesquinho. Ele não ocupa o tempo dos outros com fofocas maldosas e de origem incerta. Ele não concorda com muita coisa que lê e ouve por aí, mas nem por isso exercita o espírito de porco agredindo pessoas que não conhece. Se é impelido a se manifestar, defende sua posição com ideias, sem precisar usar o recurso da violência.
 
O sensato não considera careta cumprir as leis, é a parte facilitadora do cotidiano. A loucura dele é mais sofisticada, envolve rompimento com algumas convenções, sim, mas convenções particulares, que não afetam a vida pública. O sensato está longe de ser um certinho. Ele tem personalidade, e se as coisas funcionam pra ele, é porque ele tem foco e não se desperdiça, utiliza seu potencial em busca de eficácia, em vez de gastar sua energia com teatralizações que dão em nada.
 
O sensato privilegia tudo o que possui conteúdo, pois está de acordo com a máxima que diz que mais grave do que ter uma vida curta é ter uma vida pequena. Sendo assim, ele faz valer o seu tempo. Reconhece que o Big Brother é um passatempo curioso, por exemplo, mas não tem estômago para aquela sequência de conversas inaproveitáveis. É o vazio da banalidade passando de geração para geração.
 
Ouvi de um sensato, dia desses: “Perdi minha turma. Eu convivia com pessoas criativas, que falavam a minha língua, que prezavam a liberdade, pessoas antenadas que não perdiam tempo com mediocridades. A gente se dispersou”. Ele parecia um índio.
 
Mesmo com poucas chances de sobrevivência, que se morra em combate. Sensatos, resistam.
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2024.05.12 08:26 BukuBukuChagama3 Que Modelo economico y/o politico deberia de tener Mexico?

Acabo de ver El video de Maynez en la uam, y justo la morra gritona dijo algo que me he estado preguntandoy es que Al igual que muchas personas se queja del neoliberalismo. Entonces, pregunto:
Toda la Gente que se queja del neoliberalismo y del libre mercado/competencia. Porque? Que propuesta economica Les parece mas apta? Que Modelo economico seria mejor para Mexico?
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2024.05.12 07:04 Free-Shirt4100 DEVO OLVIDARLO ?

CONOCI A MI NOVIO CUANDO TENIA 18 AÑOS EL SE UNIO A MI Y A MI HIJO PUES SOY MAMA SOLTERA Y FORMAMOS UNA " FAMILIA" EL QUERIA A MI HIJO TODO IVA BIEN HASTA QUE FUI INFIEL A EL AÑO DE RELACIÓN ESTO NOS LLEVO A UNA SEPARACIÓN QUE DURO UN MES... LUEGO EL VOLVIO DICIENDO QUE ME PERDONABA ESTA INFIDELIDAD LUEGO DE ESO TODO FUE MUY LINDO Y YO NUNCA MAS VOLVI A HACERLO EN FIN LLEGAMOS A 7 AÑOS DE RELACIÓN HASTA FINALES DE ABRIL .. VIVIAMOS JUNTOS SOLO QUE UNA NOCHE POR ALGUNA RARA RAZON QUE QUEDO A DORMIR EN CASA DE SU MAMA ! ME LEVANTE EN LA MADRUGADA PENSANDO POR QUE NO LUEGO PUES EN LA MAÑANA LO FUI A BUSCAR . VIVE EN LA ESQUINA DE MI CASA . SU MADRE ACTUO ALGO RARA Y EL SALIO DE REPENTE CHARLAMOS Y LO DEJE PASAR EN LA NOCHE LLEGA REVISÓ SU CELULAR Y ENCUENTRO MENSAJES CON OTRA CHICA LE HABLO A ELLA PARA SABER QUE TIPO DE RELACIÓN HABIA ELLA ME CONTO QUE SALIAN HACE UN MES Y ELLA NO SABIA NADA ! APENAS TERMINO DE HABLAR CON ELLA Y SABER LA VERDAD ME DI CUENTA QUE CUANDO LO FUI A BUSCAR ELLA ESTABA ALLÍ. LO LEVANTE EN ESA MADRUGADA Y LO ECHÉ HASTA EL DIA DE HOY NO SE NADA DE EL SOLO LO VIERON MIS VECINOS QUE SE MUESTRA LIBREMENTE CON LA NIÑA PUES ELLA TIENE 17 AÑOS Y NOSOTROS TENEMOS 25 AÑOS CADA UNO ME DUELE QUE ME DEJO POR UNA MORRA DE 17 AÑOS ! SEGUN EL LO HISO PPR QUE NUNCA PUDO PERDONAR LA INFIDELIDAD QUE COMETI EN EL PRINCIPIO DE LA RELACIÓN.
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2024.05.12 02:14 Massive_Grapefruit80 Quiero terminar con mi novio infiel

Hace dias escribí como mi novio de un año le habia estado hablando a altas horas de la noche a una ex amiga, con la cual también salia "de amigos" y hasta se intercambiarón mensajes de "te quiero". Me siento de la chingada, este wey me mintió diciendo que solo habian hablado un dia y cosas así, yo estaba dispuesta a perdonarlo aun asi (alli va tu pendeja). A pesar de eso, seguimos juntos un tiempo y este wey le seguia hablando a esta morra y yo obviamente me enoje y le dije que lo mejor era pausar nuestra relación. Antier peleamos y ayer en la noche le dije que se fuera a chingar a su madre, hoy vi un estado de esa misma chica con mi ex y el estaba abrazandola (digo, ten tantita madre¿) a ajá.
Más que molesta ahora, me siento muy, extremadamente desilucionada y desepcionada de ambos, nse que hacer ya, le he mandado a mi ex un ultimo mensaje hoy para terminar, a ver que pasa. ¿Qué me recomendarian hacer?
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2024.05.12 00:10 aris_lore O Conto da Cidade na Montanha (Interpretado)

O Conto da Cidade na Montanha (Interpretado)
Á muito, muito tempo atrás, quando Mondstadt ainda era governada por Decarabian e vivia um período de guerras sem fim; um povo que fugia dos conflitos e da neve, encontrou refúgio numa montanha verdejante que continha um galho da árvore prateada Irminsul, a guardiã de todas as informações do mundo. A montanha que era como um paraíso, virou seu lar e recebeu o nome de Sal Vindr.
A civilização de Sal Vindagnyr era próspera e unida, e com os recursos providos pela montanha, rapidamente estabeleceram seu reino em constante crescimento. Foi erguida uma cidade e também um grande palácio, onde viviam o Rei-Sacerdote Varuch e a Rainha-Sacerdotisa, governantes do povo.
Ancorada acima da montanha, se situava uma ilha no céu onde viviam os deuses, e para alcançar suas instruções, no pico da montanha, foi feito um altar para cerimonias e orações. Eles logo foram notados pelos deuses, que compartilharam de sua sabedoria e graças a isso, a próspera civilização de Sal Vindagnyr se tornava ainda maior e mais abençoada.
O povo era feliz e extremamente grato aos deuses, e seguiam o que era dito sem hesitar. Os sacerdotes frequentemente subiam ao pico para prestar agradecimentos e buscar orientação.
Nesse período, a rainha e o sacerdote esperavam uma filha, que nasceu debaixo da árvore prateada. Assim a árvore apelidada por eles como árvore do sabugueiro, que já era um símbolo de extrema importância para o reino por ser considerado um local sagrado, se tornou ainda mais especial. A Princesa, que foi abençoada pela Rainha-Sacerdotisa com o poder de prever o futuro, fazia lindas pinturas e crescia ao longo que todo o reino continuava em ascenção, e com frequência recebia povos que vinham de longas distâncias para compartilhar de sua sorte.
Um forasteiro de nome Imunlaukr se estabeleceu em Sal Vindr, ele era um guerreiro solene e inabalável, de uma terra distante, que procurava por paz e um caminho sem guerra. Imunlaukr era um amigo próximo da princesa, e também seu amado, alguém em quem ela confiava de todo coração.
A Princesa que agora pintava afrescos para contar a história do reino, estava começando a pintura de seu 2° afresco, e constantemente tinha sonhos sombrios onde um dragão negro preenchia toda terra numa nuvem interminável de veneno, levando a morte e ruína para a montanha, preocupada com seu presságio ela o compartilhou com seu povo, que não acreditou.
O Rei-Sacerdote, sabendo dos sonhos da filha, escalou o pico da montanha para perguntar aos deuses até quando a prosperidade do reino duraria, mas não obteve respostas. Então ele colocou sob a cabeça uma coroa dos ramos da Irminsul, e foi até as profundezas da terra para ter esclarecimentos com a árvore prateada.
Durante esse mesmo período, da ilha do céu caiu um pilar gélido que foi dividido em três e trouxe uma tempestade de neve interminável. A montanha verdejante e próspera, agora estava coberta de gelo e frio.. O reino que andava ao lado dos deuses e seguia suas instruções sem hesitar, agora via seu povo definhar na neve dada pelo céus.
Eles se perguntavam, porquê? Qual foi o pecado tão grande que cometeram para merecer tal tragédia. Os sacerdotes subiam ao pico pedindo clemencia, perguntando aos deuses qual foi o erro que cometeram, mas só receberam o silêncio indiferente. Inúmeras subidas foram feitas, mas nenhuma das perguntas foi sequer ouvida.
Muito tempo se passou desde que o pilar do céu caiu, e então, a grama, as cidades, o palácio, a faúna e a flora, congelaram. Nem a luz do sol ou da lua atravessavam a parede de neblina fria. Do povo de Sal Vindagnyr, quem não morria pelo frio extremo da tempestade, acabava morrendo por doenças decorrentes do frio. Eles fizeram de tudo para tentar derreter o gelo da montanha, mas sem sucesso.
"O frio que desce do céu pode congelar até mesmo o próprio tempo." Era o rumor que existia na cidade enterrada pela neve na montanha.
Apesar de todos os esforços terem fracassado e todo povo ter perdido a esperança, a princesa com a ajuda de Imunlaukr, forjou uma espada feita de Estrela de Prata, o minério mais precioso do reino. A espada que teria o poder para descongelar o gelo.
A arvore do sabugueiro havia sido destruída por uma das partes do pilar gélido, então a princesa acreditava que restaurando suas linhas ley, a montanha retornaria ao que era. Ela deu a seguinte missão a Imunlaukr: viaje para longe e para as profundezas da terra, encontre as linhas ley e restaure-as com a espada. Uma missão sem garantias e forjada unicamente da esperança e do desespero.
Uma parte do forasteiro se recusava a deixa-los definhar na tempestade enquanto partia, mas somente ele poderia empunhar aquela espada, e somente ele era a única esperança daquele povo, um herói.
A garota ficou parada em frente à parede, sorrindo, e colocou uma flor congelada no peito do guerreiro. Uma memória da nevasca, e da esperança que ainda havia em seu coração. Como um sujeito elegante e sereno, que não se incomodaria, nem mesmo diante da própria morte, ele aceitou sua missão de bom grado.
Enquanto Imunlaukr se preparava para partir na navegável subterrânea, ela dizia:
"Se o medo ou desespero, que fazem parte da nossa natureza, o oprimem ou fizerem com que você nunca mais volte..." "...Por favor, sobreviva. Por favor, não morra como nós, enterrado e esquecido pela neve."
"Aqueles que foram afugentados pela maré fria, e aquelas crianças que perderam seus lares, voltarão com você para o lar de seus sonhos."
E enquanto partia, a princesa disse que dedicaria seu 4° afresco para ele,
"Sua imagem ficará para sempre preservada nesta parede." "Por essa pintura, por todos, eu ficarei aqui esperando você, rezando pelo seu retorno.". Mas, suas palavras foram silenciadas pela tempestade de neve.
O herói, carregando um fardo tão grande em suas costas, parou na neve açoitada, lutando para discernir a a cor de uma pluma de uma ave de rapina que não pertencia ao inverno. Selada no gelo, a cor dessa pena desbotou a cada instante pelo caminho.
Algum tempo depois, enquanto a princesa trabalhava em seu 3° afresco, ela e seu pai o Rei-Sacerdote perceberam que as árvores estavam começando a secar. Numa ultima esperança, ele decidiu escalar a montanha novamente para pedir a orientação dos deuses que os abandonaram. Varuch esperava que a pintura do terceiro afresco de sua filha já estivesse finalizada quando ele retornasse.
"Achei que os jovens cresceriam fortes e vitais como os ciprestes."
"Mas esses ciprestes estão prestes a murchar... Suas vozes não serão mais levadas pelo vento. Minhas expectativas em relação a eles, bem como a fé que eles tem em mim, irão fracassar."
"Desde que a terceira pintura seja do gelo e da neve derretendo, então tudo ficará bem." Ele disse a filha antes de partir.
Mas, já havia muito tempo que ela não via o céu azul e a grama verde e ela não sabia mais quais cores escolher para a pintura que seu pai queria. Ela já não aguentava mais o frio extremo, que ardia e angustiava até no ponto mais fundo de sua alma. Suas forças estavam acabando.
Mesmo assim, para acalentar os corações em extrema agonia de seu povo, a princesa cantava canções sobre o herói que descongelaria o gelo e traria a primavera. Onde os pássaros voariam, e o céu azul logo voltaria. Ela cantava canções cuidando de todas as memórias relacionadas a ele. Ela acreditava piamente que ele retornaria, trazendo o calor e a esperança imutável.
Tudo o que ela desejava era ver Imunlaukr novamente. "Se eu puder te ver de novo, tudo ficará bem".
Com as árvores secando e sem o retorno de seu pai, em um último ato do mais profundo desespero, a princesa enfrentou a tempestade de neve, com o galho mais saudável da árvore do sabugueiro e tentou "enxerta-lo" no tronco de outra árvore, na tentativa de cura-la, mas tanto a princesa quanto a árvore acabaram tendo seu fim na tempestade.
Quem achou seu corpo e o enterrou foi o escriba, Ukko, um amigo da princesa, que registrava toda história trágica e desesperada de seu reino até aquele momento.
"Acabou, não há mais necessidade de registros. Entretanto, não há nada que eu lamente mais a não ser poder ve-la terminar o mural naquele grande salão".
E em pouco tempo depois, Ukko se tornou o último sobrevivente do reino de Sal Vindagnyr. Em seu último registro, deixava seu ódio pelos céus e pelo forasteiro que fugiu e os abandonou. A neve prenunciadora da morte dada pelos deuses, corroeu e enterrou a todos naquela montanha até que não sobrasse mais ninguém.
"Anseio que os céus gélidos queimem até não ter mais vida. Anseio que viremos pó e sejamos carregados pelo vento até encontrar o forasteiro que abandonou a princesa. Anseio que o tal dragão negro dos sonhos da princesa envolva esse mundo inteiro com veneno. Pois eu sou o último. Não há mais necessidade de registros. Em algum lugar, ouvi dizer que há uma nação sem deuses, talvez eles tenham o poder de lutar contra este mundo".
Um tempo após o desastre, Imunlaukr retornou de sua fracassada jornada para curar as linhas ley, chegando à uma cidade onde somente a morte te deu as boas-vindas.
"Ele marchou com afinco, desaparecendo na tempestade de neve sem fim."
"Mantendo seu acordo com a cidade da montanha, nunca temeu o desconhecido para além da cortina gelada. As outrora exuberantes montanhas e as bênçãos que agora não mais caiam dos céus, a motivação do herói para continuar, não importando o que acontecesse, já não estava mais ali. "
O herói que traria a esperança, não a encontrou em seu retorno.
"Então nem mesmo aqui restou nada que mereça minha proteção..."
"Os residentes do céu não devem desejar nada a não ser assistir nossos sofrimento e desespero aqui embaixo. Então, nesse caso, deixe-me ajudar a passar o tempo com uma canção de ferro e sangue".
A espada destinada a quebrar o gelo foi deixada entre os afrescos interminados, e nada havia sobrado do herói que traria a primavera, somente a dor. Imunlaukr desceu a montanha procurando por guerras para pintar a terra de vermelho-sangue e entreter os deuses com o sofrimento amargo que eles tanto desejavam. O herói que buscava pela paz, jamais a encontraria novamente.
Com sua vida dedicada aos conflitos, não para proteção, glória, ou novos territórios, mas sim para a diversão dos deuses que viviam nos céus, Imunlaukr encontrou seu fim numa guerra fútil, sozinho. De seu legado, nasceu o Clã Imunlaukr, um clã de bravos e habilidosos guerreiros que lutavam arduamente e morriam jovens, sem nenhum propósito.
Contra monstros, humanos, ou qualquer criatura, sem pensar se voltariam para casa ou para quem os amava, eles lutavam bravamente. Não se sabe como o clã sobreviveu por tanto tempo cantando esta canção de ferro e sangue, já que sua luta era eterna como o gelo da montanha. Seu sofrimento também. Porém, um fio de esperança trazido pelo vento atingia o Clã Imunlaukr com o declínio da guerra, e com o crescimento da cidade de Mondstadt. Onde eles finalmente teriam encontrado algo para qual lutar, um lugar para se estabelecer, e ficar em paz, finalmente abandonando a espada do sacrifício e dando uma chance para a liberdade.
Onde não se viveria mais para o entretenimento de deuses cruéis, mas sim pela esperança da vida.
Hoje, é possível ver as ruínas da cidade na montanha e presenciar suas memórias amargas que queimaram em agonia com o frio extremo. Onde o gelo e a tempestade permanecerão para sempre. Onde está explicita a tirania dos deuses e a esperança dos humanos que foi arrancada e levada pela ventania que nunca cessou. Afinal, nem mesmo a nevasca mais fria poderia parar o fluxo do tempo.
"Ainda que a cidade já tenha sido enterrada pela neve, até mesmo o mais formidável herói seria um dia esquecido, e se terá se tornado somente uma memória da nevasca."
500 Anos após a queda e ruína de Sal Vindagnyr, Durin, o dragão negro dos sonhos da princesa, profetizado num sonho antigo e desbotado, apareceu. Envenenado e usado como uma marionete pelo do mal, o dragão que era gentil e curioso, agora atacava a cidade do vento.
Ele foi aprisionado em um sonho, um sonho, muito, muito longo.
No sonho, ele caminhava até um caminho longínquo e chegava numa terra onde as canções voavam com o vento e se sentia o perfume da grama verde. No sonho, ele cantava com as pessoas desta terra, e dançava feliz como uma joia no céu.
Mas quando acordou, somente o som da nevasca rugiu sobre ele. A terra verde e calma já havia sido pintada pelas chamas, pelo veneno, e pelo sangue. E enquanto ouvia a lira do belo poeta pálido, um dragão belo fincou suas presas no pescoço dele.
"Adeus, mamãe. Minha jornada chegou ao fim" "Dormir na neve brilhante não é tão ruim assim" "Adeus, belo poeta e belo dragão" "Se pudéssemos nós encontrar noutro tempo e local, para cantar e dançar, acredito que teria sido melhor." Pensou sinceramente enquanto morria.
Durin foi usado como um experimento, e atacou a cidade não por sua escolha, mas seguindo um propósito sombrio. Seu sangue foi envenenado e então ele foi enganado até o despertar de seu sonho feliz. Sendo morto pelo dragão da cidade do vento Dvalin, seu corpo caiu na montanha de neve. O poder sombrio imbuído a ele foi selados pelo frio extremo de Sal Vindr, mas conforme seu sangue fluía para a terra, a árvore de prata, que ainda vivia adormecida, começou a absorvê-lo.
Após um guerreiro que não pertencia a aquele mundo quebrar o gelo em volta da árvore e oferecê-la mais da energia do dragão, a árvore começou a crescer novamente e deu apenas um fruto em memória de todo o povo que morreu ali, o fruto que deveria ser carregado por aquele comprometido em trazer a justiça ao mundo.
Mesmo com os ossos repousando sob a neve pálida, a energia vital do coração do dragão, permanece viva.
Este é o conto sobre uma montanha verdejante, uma princesa, um herói, uma ilha no céu, uma cidade enterrada sob a neve e também sobre um dragão que sonhava. Uma história onde a esperança esteve e se esvaiu, sendo levada pela tempestade. Onde o suspiro de alívio dá lugar a tristeza e ao desespero.
Onde a neve e a morte preencheram tudo, mas o tempo nunca parou.
Para a cidade na montanha, não houve um final feliz. Sua história pode ser vivida até hoje. Assim como o gelo dos céus que jamais derreterá.
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2024.05.11 21:16 IndependentFatalism Ter estima por si é consequência de reforço positivo?

Pois bem, acredito que não é possível ter auto estima, se não há reforço positivo naquela específica atividade. Por exemplo, não adianta eu pensar e me achar bonito, se o mundo a minha volta discorda disso, portanto a pessoa que pratica para tal ato receberá a consequência negativa de ser feio.
Se eu sou um lixo de ser humano por praticar várias ações que correspondem o meu caráter também. Não adianta tentar se convencer que você está diferente... Isso não importa, porque o que está feito está feito, você é ruim porque cometeu as atrocidades no passado e deve aceitar e assumir quem você é.
Existe alguns esforços que são inúteis perante a realidade. É triste, mas ou aceita quem você é, ou morra buscando algo que não existe e não tem possibilidade de existir.
Eu acho que tem pessoas nessa vida, que não tem jeito, não há conserto para tentar melhorar sua qualidade de vida, justamente porque a realidade destrói suas expectativas e lembra você quem você realmente é.
O que eu comentei aqui foi um exemplo, mas o que realmente me afeta é que viver tem um custo alto. Esse discurso que devemos sair de casa e viver pode ser muito nocivo, mesmo que a atividade que você faça seja benéfica, porque você pode nunca alcançar o resultado que deseja. Aí é que está, viver não vale a pena.
Viver vale a pena para algumas pessoas, aquelas que não possuem tantas limitações. Agora você que é autista, feio, mal, deficiente físico ou mental, você não tem chances, desista. Infelizmente, existem diagnósticos nessa vida que são imutáveis, e poucas pessoas nessa vida aguentará quem você é porque nasceu defeituoso. A realidade sempre vai nos lembrar que para nós quem nós somos, e porque não temos nada além de sofrimento, dor e culpa.
A tendência é essa, mesmo que não haja culpa, tendemos a nos culpar pelos nossos resultados. Em algumas situações você pensa: "Será que o problema é comigo?", "Faço tudo o que eu posso para ter um resultado diferente, por que nada muda?"... O pior é quando você está tentando ser melhor, e a vida tenta reviver seu pior lado. Estamos em uma batalha perdida.
Não quero mais viver em sociedade. É cansativo, e não quero mais tentar.
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2024.05.11 21:15 IndependentFatalism Ter estima por si é consequência de reforço positivo?

Pois bem, acredito que não é possível ter auto estima, se não há reforço positivo naquela específica atividade. Por exemplo, não adianta eu pensar e me achar bonito, se o mundo a minha volta discorda disso, portanto a pessoa que pratica para tal ato receberá a consequência negativa de ser feio.
Se eu sou um lixo de ser humano por praticar várias ações que correspondem o meu caráter também. Não adianta tentar se convencer que você está diferente... Isso não importa, porque o que está feito está feito, você é ruim porque cometeu as atrocidades no passado e deve aceitar e assumir quem você é.
Existe alguns esforços que são inúteis perante a realidade. É triste, mas ou aceita quem você é, ou morra buscando algo que não existe e não tem possibilidade de existir.
Eu acho que tem pessoas nessa vida, que não tem jeito, não há conserto para tentar melhorar sua qualidade de vida, justamente porque a realidade destrói suas expectativas e lembra você quem você realmente é.
O que eu comentei aqui foi um exemplo, mas o que realmente me afeta é que viver tem um custo alto. Esse discurso que devemos sair de casa e viver pode ser muito nocivo, mesmo que a atividade que você faça seja benéfica, porque você pode nunca alcançar o resultado que deseja. Aí é que está, viver não vale a pena.
Viver vale a pena para algumas pessoas, aquelas que não possuem tantas limitações. Agora você que é autista, feio, mal, deficiente físico ou mental, você não tem chances, desista. Infelizmente, existem diagnósticos nessa vida que são imutáveis, e poucas pessoas nessa vida aguentará quem você é porque nasceu defeituoso. A realidade sempre vai nos lembrar que para nós quem nós somos, e porque não temos nada além de sofrimento, dor e culpa.
A tendência é essa, mesmo que não haja culpa, tendemos a nos culpar pelos nossos resultados. Em algumas situações você pensa: "Será que o problema é comigo?", "Faço tudo o que eu posso para ter um resultado diferente, por que nada muda?"... O pior é quando você está tentando ser melhor, e a vida tenta reviver seu pior lado. Estamos em uma batalha perdida.
Não quero mais viver em sociedade. É cansativo, e não quero mais tentar
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2024.05.11 21:08 Intelligent_Fan6375 Preciso saber se esse filme foi uma invenção da minha cabeça ou não

Quando eu era moleque eu tinha um cd em minha coleção de filmes que era um daqueles filmes genéricos lançados para dvd com animação 3D de baixo orçamento, na cabeça do eu de 9 anos aquele filme era incrível, a história se passa em um reino com uma pegada medieval onde todos os personagens são animais e o rei é um leão que está bem doente e ficava reclamando de enxaqueca, o protagonista pelo o que eu me lembre é uma raposa e no início do filme ele está preso indo para sua execução, mas ele foge e vai para sua casa onde se encontra com sua família, tem um ser mágico que se eu não me engano se chama Adelar ou algo parecido, a filha do protagonista até cita uma frase que é mais ou menos dessa forma: quem vem lá Adelar a floresta das emoções é o seu lar(possa ser que ao invés de floresta seja bosque),
Outro detalhe que eu me lembro que um dos vilões são um burro antropormorfico que é uma espécie de juiz ou conselheiro do rei e tem um capitão da guarda que quer que o rei morra, tem também dois guardas que são idiotas, mas eles nem podem ser considerados vilões
O protagonista tem é tipo um Robin hood e tem que ir atrás dessa Adelar para encontrar uma poção mágica para salvar o rei que no final morre, mas é ressuscitado pela porção no final
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2024.05.11 20:53 Ok-Kaleidoscope-1422 Swxo con esta perra rica

Swxo con esta perra rica
Me encanta verte esos pechos lo blanco quiero volver a cogerte rico pero esta vez sin condón quiero venirme adentro de vos quiero que gimés fuerte mi nombre como te cojo y como te agarro la cintura para meterte mi verga venosa tu vagina rica quiero que te me pongas encima mía como la última vez que me hagas venirme porque de verdad tengo ganas de penetrarte Quiero cogerte tan rico quiero tenerte como mi perra tres días dándote sexo dándote mis mi prra quiero que disfrutemos como animales mientras cogemos en una habitación algún hotel ponerte abierta y luego venir ponerte en cuatro ver tu cara de perra como metes tu boca en mi pene
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