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Estás a ver bem?

2024.05.10 01:18 Bibas2024 Estás a ver bem?

Sou muito distraída como me parece que o Markl também é. Está história retrata algo que à primeira vista é o cúmulo da distração. Foi numa manhã em que eu acordei primeiro que o o meu marido. Levantei-me, tomei banho e sem aceder a luz para não acordar o meu marido fui à minha mesa de cabeceira e pus os óculos. Tomei o pequeno almoço e saí de casa. Quando cheguei ao metro achei que se passava algo com a minha visão. Fechei o direito e pus-me a ler a letras do outro lado da estação de metro. Lia bem. Fiz o mesmo com o olho esquerdo e via bem. Convenci-me que era só impressão minha. O metro chega, eu entro no metro e pouco depois liga-me o meu marido: -Tu estás a ver bem? Eu começo a olhar em volta a tentar perceber o que é que não estava a ver. É então que o meu marido me diz: - É que tu saíste de casa com os meus óculos! Em minha defesa não só a graduação dos óculos é idêntica como eles estavam na minha mesa de cabeceira e estava escuro porque eu não acendi a luz. Mas sinceramente eu acho que era capaz de fazer o mesmo se os meus óculos estivessem ao lado dos dele em plena luz do dia. Só mais um pormenor engraçado: Nesse dia fiquei com os óculos do meu marido e ele pôs uns antigos dele. Quando cheguei a casa dos meus pais a minha mãe olha para mim e diz-me: os teus óculos estão tortos! Eu desato-me a rir e conto-lhe os óculos não são, são do Pedro ( meu marido)
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2024.05.09 16:00 CooperPF Ahh, os concursos públicos

Estou pensando em pedir demissão para me dedicar aos estudos para concursos. Acredito que tenho uns 5 meses de seguro-desemprego se sair agora. Estou um pouco cansado do trabalho atual, quero algo com menos horas, já que são 10 horas ou mais diárias contando o trajeto. Queria fazer academia ou faculdade, mas não consigo, só tenho umas 3 horas livres por dia. Às vezes vejo pessoas que trabalham, estudam e malham e acho isso incrível, se você faz tudo isso, te admiro muito. Estou numa situação em que falta foco para fazer algo além de trabalhar e relaxar em casa... Nas últimas férias, usei para estudar para o concurso do BB e foi a última vez que consegui estudar bem, embora não tenha passado, tirei uma nota melhor do que esperava. Gostaria de dedicar mais uns meses aos estudos, mas acho que não vou conseguir enquanto estiver neste emprego. É como se eu tivesse um bloqueio mental que me diz "já estou trabalhando, não preciso estudar mais", admito isso. Nunca fui um estudante dedicado daqueles que tiravam horas a mais para estudar, sempre tirei notas boas na escola só prestando atenção nas aulas, via isso como algo positivo... hoje vejo que foi ruim pois não criei o hábito do estudo. Por isso, acho que saindo desse emprego poderei me focar mais, por sentir que eu tenho obrigação/necessidade de estudar e focar, como já aconteceu antes... Alguém tem uma experiência parecida? Gostaria de ouvir o que vocês têm a dizer, talvez me ajudem a tomar um rumo...
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2024.05.09 15:59 CooperPF Ahhh, os concursos públicos

Não sei se posto aqui no antitrampo, mas é um desabafo no final...
Estou pensando em pedir demissão para me dedicar aos estudos para concursos. Acredito que tenho uns 5 meses de seguro-desemprego se sair agora. Estou um pouco cansado do trabalho atual, quero algo com menos horas, já que são 10 horas ou mais diárias contando o trajeto. Queria fazer academia ou faculdade, mas não consigo, só tenho umas 3 horas livres por dia. Às vezes vejo pessoas que trabalham, estudam e malham e acho isso incrível, se você faz tudo isso, te admiro muito. Estou numa situação em que falta foco para fazer algo além de trabalhar e relaxar em casa... Nas últimas férias, usei para estudar para o concurso do BB e foi a última vez que consegui estudar bem, embora não tenha passado, tirei uma nota melhor do que esperava. Gostaria de dedicar mais uns meses aos estudos, mas acho que não vou conseguir enquanto estiver neste emprego. É como se eu tivesse um bloqueio mental que me diz "já estou trabalhando, não preciso estudar mais", admito isso. Nunca fui um estudante dedicado daqueles que tiravam horas a mais para estudar, sempre tirei notas boas na escola só prestando atenção nas aulas, via isso como algo positivo... hoje vejo que foi ruim pois não criei o hábito do estudo. Por isso, acho que saindo desse emprego poderei me focar mais, por sentir que eu tenho obrigação/necessidade de estudar e focar, como já aconteceu antes... Alguém tem uma experiência parecida? Gostaria de ouvir o que vocês têm a dizer.
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2024.05.08 02:38 Wiiulover25 Relato: Como o inglês me ensinou a aprender idiomas

Olá pessoal! Vi que muitas pessoas perguntam no subreddit como se aprende o inglês, e é muito legal como sempre tem muita gente sendo prestativa e ajudando. Daí tive a ideia de escrever um relato de como foi a minha jornada pessoal de aprendizado lá nos idos dos anos 2000 porque achei que seria divertido e que talvez ajudasse mais no quesito “como é a experiência de aprender uma língua.” Acho que seria produtivo se mais pessoas relatassem sobre sua experiência de aprendizado para inspirar quem tá vindo agora porque muitas pessoas desistem por não estarem preparadas para as dificuldades do estudo, até peço, pra quem esteja interessado em compartilhar, que poste um resumão de suas experiências nos comentários.

O ensino do inglês na minha escola foi péssimo, o que não acho que seja muito diferente da maioria das escolas do mundo todo; o professor (ou professores, porque minha sala tinha o mal costume de irritar tanto os professores de inglês a ponto de eles saírem fugidos da escola) somente se preocupava em passar o assunto da semana para que o memorizássemos e o regurgitássemos três meses depois, no período das provas e simulados; geralmente se tratava de um pouco de gramática e grupos de vocabulário básico como comida, animais e nomes de planetas, raramente tentava algo diferente e quando o tentava era só para obrigar os alunos a lerem textos que já estavam inclusos no livro didático que nossos pais ralaram para poder comprar e que não interessavam a ninguém porque só apresentavam os mesmos temas saturados da escola: aquecimento global, história e geografia, “o que você vai ser no futuro?” Desnecessário dizer que ninguém da minha sala falava inglês; não queriam falar nem sentiam a menor necessidade de usá-lo no dia-a-dia. Eu não era diferente. Apesar de ter mais facilidade em matérias que envolviam linguagens, geralmente porque gostava de responder corretamente as perguntas, isso não melhorava a minha fluência na língua, mas isso não me incomodava até certa época.
Chegando no ensino médio, devido às notas nas provas e elogios dos professores, me achava super inteligente, individualista e original em tudo. Com a imunidade suficientemente baixa, adquiri a síndrome do complexo de vira-lata, pestilência fatal, que afeta desproporcionalmente certas faixas da população brasileira. Nada brasileiro prestava porque tudo era ou barulhento ou pobre ou violento; o funk era barulhento, o país era pobre, e o cão caramelo violento. Queria fugir o mais rápido possível daqui e os games e a internet eram as formas mais acessíveis de escapismo. Jogava viciadamente Crash, GTA San Andreas, Yu-Gi-Oh, God of War etc, mas acessar esses jogos não era simples porque os menus, os diálogos dos personagens que davam contexto à estória dos jogos e os tutoriais todos estavam todos em inglês e o estudo que realizava na escola só podia me levar até certo ponto e tinha que me esforçar para inferir o resto. Já com a internet, no Youtube, deixei de lado o conteúdo BR, que considerava de baixo nível e boçal e digitava na barra de pesquisa o nome de qualquer assunto que me interessasse no momento, geralmente vocabulário que havia aprendido nas aulas. Logo já estaria bem encaminhado com vídeos produzidos por Angry Video Game Nerd, Filthy Frank e Leafy is Here.
A minha compreensão dos vídeos no início era baixíssima: conseguia entender algumas palavras sim outras não e nunca uma frase inteira que não fosse “good morning” ou “thank you.” Isso não me irritava porque não supunha que fosse entender nada mesmo, na verdade, nem pensava que fosse de fato aprender o inglês, só estava desesperado para fugir da minha realidade; mas, como mágica, eu comecei a entender algumas frases simples, principalmente porque me lembrava da gramática que havia aprendido na escola, as novas palavras com que me deparava nos vídeos eram geralmente aprendidas com o livro escolar ou com o contexto visual disponível no próprio vídeo já que não me passava pela cabeça buscar no dicionário, coisa boa porque não conseguiria digitar o que ouvia de qualquer jeito. Meses depois, sem me dar conta, já entendia boa parte dos vídeos, entendia os palavrões e gírias do AVGN e porque ele odiava games antigos, e daí nasceu um feedback loop: quanto mais me entretia, mais aprendia inglês e quanto mais aprendia inglês, mais me entretia. O meu aprendizado já estava consumado e depois de poucos anos já me considerava perfeitamente fluente em inglês, ingenuidade fatal.
A minha jornada pelo Youtube naturalmente me estimulou a querer me comunicar utilizando a língua que havia aprendido. Abaixo de cada vídeo havia uma seção de comentários cheinha de memes, discussões e perfídia que agora conseguia compreender. Contudo, o custo para a aquisição da escrita se mostrou maior do que o da compreensão. Todo mundo familiar com essa língua sabe que o inglês é uma bagunça quando se trata de ortografia. Para exemplificar isso não preciso ir além de somente mencionar a bendita família de palavras: “thought,” “though,” “tough,” “through,” “thorough” e “throughout” que significam coisas completamente diferentes e são lidas como “fót,” “fou,” “tâf,” “frû,” “farôu,” e “fruaut,” lembrando que esse “f” que coloquei na transliteração é na verdade um som que se faz com a língua por trás dos dentes, inexistente no português. E isso revela outro problema com o qual me deparei: descobri que não sabia pronunciar propriamente o inglês. Na minha cabeça de autodidata, tudo que falava saia perfeitamente bem porque eu entendia tudo perfeitamente bem. Não tinha professor para me corrigir e nem amigos nativos para achar meu falar estranho. O choque veio quando tentei falar com nativos por chat e fui banhado com uma chuva de risos. A vergonha foi imensa e quase me fez desistir de escrever outra vez em inglês quem dera falar. Mas a conveniência e encanto de “poder falar com o mundo todo” logo me fizeram voltar a falar. Além de ser a primeira experiência que me fez perceber quanta falta me fez um bom ensino formal, ela me ensinou a ser perfeccionista e a estudar o inglês com o objetivo de falar e escrever tudo sem erro.
E assim fui seguindo. Escrevia sem parar o que pensava nos comentários e frequentemente recebia correções e esculachos dos nativos. Com o passar do tempo, percebi que uma estratégia mais eficiente seria copiar o máximo possível os nativos, pois foi assim que aprendi o português, e, para realizar isso, buscava moldes e expressões feitas comuns na língua. Quando via os nativos dizendo “I’m 20 years old,” sabia que, no inglês, se diz “Eu sou certa idade” e não “eu tenho certa idade” como a gente diz que tem 20, 18 30 anos de idade, por exemplo, e, quando via eles dizendo “What is this called?” sabia que não se usa o “how” no inglês nesse caso como nós usamos o “como” em “como se chama isso?” E funcionou. Esse era o caminho certo para a escrita fluente, e, para melhorar a fala, fiz seções longas de shadowing no espelho. Não posso dizer que tenho sotaque americano perfeito nem que sei de cor a pronuncia de todas as palavras (não faz um ano que descobri que “Wednesday” se pronuncia “wensdei”), mas nunca mais tive problemas de comunicação com nativos do inglês. E se falando de fluência é isso que importa, falar tudo o que quer falar, escrever tudo o que quer escrever e entender tudo o que quer entender sem grandes dificuldades.
Se tivesse de fazer tudo de novo, a primeira coisa que faria de maneira diferente seria estudar bem as particularidades do inglês. Isso é verdade para toda língua nova que se aprende e é verdade até para as pessoas que estão há mais tempo no ramo, os ditos poliglotas. O autodidata, além de fazer tudo que faria estando na sala de aula, tem que compensar pelo que não seria ensinado no curso, coisas que os professores geralmente não ensinam ou passam de relance; o que inclui aprender sobre como a língua é escrita (especialmente se ela tiver um alfabeto diferente do nosso); quais sons ela tem que não são encontrados no português e qual som é representado por qual letra porque isso muda de língua pra língua; se a língua é escrita como ela é falada ou não (o que é verdade no inglês, japonês, e em menor escala no francês), já que se não for, será necessário escutar a pronúncia de cada palavra nova com que se depare; se ela é tonal ou não; se a gramática dela vai exibir uma dificuldade específica como os casos do latim e do alemão, ou como as partículas do japonês e do coreano. Depois passaria para a coleta de materiais de estudo.
Sempre aconselho misturar o estudo através do input compreensivo com o da gramática explícita. O input compreensivo se trata de sempre ler, ouvir, consumir material produzido na língua que se aprende numa dificuldade um pouco acima da que você compreende no momento. Se você ainda está no começo, diálogos simples que ensinam vocabulários essenciais como os dias da semana, as datas comemorativas e livros infantis serão preferíveis; enquanto, para alguém mais avançado, ver as notícias de canais anglófonos como a CNN e BBC e até youtubers que falam inglês seria mais apropriado. Além disso é recomendável assistir ou ler algo em inglês com que você já está mais familiarizado no português, seja um livro que lia quando era criança, ou filme e desenho americano que foi dublado pro português. De livro que ensina especificamente o inglês só conheço esse: English By The Nature Method, que é grátis, mas ensina inglês da Inglaterra. Já para o estudo da gramatica, creio que os livros do ensino médio, contanto que sejam de boa qualidade, já dão pro gasto. O objetivo do estudo da gramática é encher sua mente de conhecimento útil de como a língua funciona para não se embananar quando tiver que usá-la de maneira mais complexa como saber em que tempo certo verbo está e se é irregular ou não, quando se usa os artigos indefinidos “a” e “an,” e outras coisas mais. O verdadeiro estudo acontece ao se acostumar com a língua com o input, a gramática vai servir para saber se está fazendo algo de errado que não percebeu e acelerar ainda mais a absorção de conteúdo. Sabendo que o inglês é uma língua que se escreve diferente de como se fala, sugiro usar os sites Forvo e Cambridge Dictionary para entender a pronúncia de cada palavra que não conheça. Isso é trabalhoso mais vai evitar muita dor de cabeça no futuro e ajudar a compreender o inglês falado melhor. E para ter um acervo de palavras novas de acordo com seu nível, recomendo baixar o anki e depois alguns decks ou usar o site Memrise. Para escrever e falar, não recomendo nada de diferente do que fiz: buscar estruturas na língua fáceis de copiar e brincar com elas, remoldando-as enquanto imagina situações em que você as usaria no dia-a-dia, para assim assimilá-las e shadowing.
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2024.05.01 23:30 mrivanz Uma gravação de "Via Dolorosa" misteriosa

Pessoal, provavelmente eu tenho uma lost wave, e é do gospel ainda por cima. Entendo que muitos não gostem de música religiosa, mas confio no respeito de vocês. Esse mesmo texto postei num grupo de mídias perdidas do Facebook.
Neste caso, nós conhecemos a música, que é "Via Dolorosa", que fez enorme sucesso nos anos 80 com a cantora americana Sandi Patty e ganhou várias versões pelo mundo todo (e aqui no Brasil também) ao longo desses anos. Mas essa versão em específico é de uma cantora cristã brasileira cuja voz não consegui identificar. Os arranjos são muito bem feitos, bem orquestrados, então o arranjador é possivelmente conhecido. Parece uma gravação, para os moldes brasileiros, de meados para o final dos anos 80 e pode até entrar no início dos anos 90.
Esta música eu gravei do rádio em 1998, em Brasília, em uma transmissão de teste - aquelas transmissões feitas antes de uma rádio efetivamente entrar no ar na região. Logo, não havia locutores. Infelizmente não me recordo do número no dial. Devo adicionar aqui uma nova informação: aos que moram em Brasília, se eu não me engano, a rádio era a Planeta Gospel FM.
Procurei essa música com o Shazam, com o SoundHound, no Google, no Duck Duck Go, e no Youtube; rolei páginas e páginas entre gravações e covers, mas nenhum vídeo trazia esta versão em específico. E embora a música tenha copyright no YouTube, os direitos foram reservados por causa da melodia da música. Ao clicar na sugestão do YouTube, você vai parar em outra versão de "Via Dolorosa". Quanto à letra, também procurei no Google, mas nenhum verso era desta versão, o que a torna bem diferente. Procurei até mesmo entre os grupos de colecionadores de música cristã na internet, mas não encontrei ninguém que soubesse algo sobre esta versão.
Se alguém souber quem é a cantora e tiver mais detalhes sobre a gravação, ficarei muito grato. Penso que este seja um caso real de lost wave, e gostaria de ter a oportunidade de ouvir esta música em melhor resolução, seja pelo YouTube ou outras plataformas pagas, seja em CD ou LP. Desde já eu agradeço.
TÉCNICA: Aqui, neste post, a minha fonte foi um deck Sony TC-FX510R; no YouTube, um toca-fitas portátil Akai PM-18, com muito wow & flutter. Ripagem pelo Sound Forge, com ganho de volume e equalização retirando apenas hiss; remasterização pelo Reaper, utilizando o AR TG Mastering Live, da Waves. Não está muito bem feito, não, mas eu estava com pressa de postar, então deixei assim mesmo.
Link no YouTube: https://youtu.be/e2JcqwwqzKA?si=M1TbL_Vr2fEOmjie
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2024.05.01 17:22 Mth_A_M Cansado da internet do começo dos anos 20

Tenho 20 anos, mas entrei na internet pra valer em 2013, antes disso só via tv, jogava algum jogo do Windows xp, aprendia a montar um brinquedo reciclável no uol crianças e conversar com parentes e amigos no msn. Em 2013 ganhei meu primeiro smartphone, e eu tenho a lembrança de que a internet era mais tranquila e menos "fervorosa" do que hoje em dia. As pessoas parecem te perdido mais a empatia e a paciência com as outras. Hoje parecem que todos na internet sabem da verdade absoluta, e se discordam ou cometem algum erro, uma massa de pessoas caí em cima da outra jorrando ódio e ranço uns nos outros. Graças a Deus eu estou numa fase tranquila em minha vida, meio monótona, mas tranquila, e de uns tempos para cá estou largando aos poucos a internet e dando mais prioridade aos meus hobbies ( desenho, literatura e videogame ). O que vocês acham sobre esse tema? Será que no futuro isso vai melhorar ou a tendência é piorar?
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2024.04.18 19:50 kassyz Estou escrevendo um terror psicológico e preciso muuuito de feedbacks

CAPÍTULO 1 - MORGANA TERESA

Disciplina e obsessão não estão tão distantes assim uma da outra, ninguém sabe disso melhor do que eu. E eu tenho certeza
Existem sim alguns pontos positivos em ser cobrada ao extremo, eu mesma tenho certeza do meu sucesso, apesar de saber que não posso parar nem mesmo um segundo, a recompensa é logo ali e eu só consigo enxergar ela.
O primeiro passo para a disciplina é o seguinte:
Ninguém se mete entre você e o seu objetivo. Ninguém é mais importante do que o seu sucesso, você vira noites e noites acordada porque tem um objetivo, ninguém tem o direito de te distrair ou roubar seu lugar.
Isso é algo que me irrita, sabe? Mas lá no fundo, me motiva muito.
Eu estudo no internato Morgana Teresa para moças há uns cinco anos, e aqui é como um campo de batalha. Você não tem hobbies se seu hobbie não for útil para alcançar a nota mais alta da escola. O topo da cadeia alimentar é muito disputado e eu não tenho planos de deixar meu lugar para qualquer outra paspalha burra, desde que nasci me esforcei para ser a melhor em tudo, antes eu me esforçava por medo. Meu pai me dizia que ele não queria uma filha burra ou incompetente, não ligava mais para suas palavras cruéis ou seus castigos que talvez para quem não entenda possam parecer extremos. Não são. Na realidade, foi assim que aprendi a me tornar o que sou hoje.
O pior talvez tenha sido minha mãe. Geralmente são elas que defendem as filhas, mas mamãe sim foi cruel.
No meu primeiro ano no internato, Eugenia, a professora de francês, delatou aos meus pais que eu estava tendo dificuldades com algumas pronúncias. Naquele final de semana eu fui trancada no banheiro de visitas e só pude comer alguns petiscos quando acertava a pronúncia. Isso me fez atingir a fluência nos próximos sete meses de estudo, com excelência.
Chegando no internato, é possível sentir todos os pelos do seu corpo se eriçarem, o ar aqui não é bom. A competição é o que move todas as alunas, e as professoras nos sugam até a última gota de suor.
Quando cheguei aqui nesse ano reparei nos letreiros já velhos, era notável que precisavam de uma reforma, até porque algumas letras haviam caído.
Mor Te
P ra jovens moças da s i de
Seria assustador se não nos lembrássemos que antigamente costumávamos ter um letreiro de boas-vindas comum.
Morgana Teresa
Para jovens moças da sociedade
Com o tempo você se acostuma com o clima mórbido e obscuro do palacete, as paredes brancas e cinzas muito bem cuidadas, ao contrário da placa perto dos portões enormes de ferro, o chão de mármore reforçava que aqui o lugar não era para qualquer uma. Tudo era muito. Muito grande, muito vasto, muito exagerado, muito quieto.
—Você não aprende, não é? - escutei a velha alta e esquelética falar com Joana, a aluna mais recente matriculada aqui. —Quem foi que disse que vocês tem permissão para ir ao banheiro?
—Eu estava apertada, Clemente.
— Senhorita Cordova, Joana. Quem se importa com estar apertada? Já viu suas colegas irem ao banheiro durante a aula? — a garota negou com a cabeça, em silêncio. Quase pude sentir dó quando ela abaixou o olhar e suspirou, mas não sei se seria o correto, o tempo de aula é sagrado, afinal.
— Espero que isso não se repita. Caso você tenha três observações, sabe o que te aguarda. — Dito isso, a velha retomou sua posição em frente ao quadro. Seus cabelos estavam tão bem presos e rígidos num rabo de cavalo sem graça, que seu rosto também repuxava, dando a ela um infeliz semblante de relaxamento forçado. Sua voz era deprimente, mas sempre com um quê de autoridade, a considerava a menos qualificada dali.
Após o último sinal, recolhi tudo o que estava sob a mesa e me retirei da sala, ignorando qualquer uma que tentasse falar comigo, não ligava mais para os olhares que me lançavam. Certa vez ouvi de uma garota do sétimo ano que eu era mesquinha e maníaca, ela nem sequer me conhecia.
Meu tempo e rotina são organizados de acordo com o que minha tutora particular define. Se uma matéria for mais difícil, meus horários mudam, os remédios dobram para que eu possa manter o foco estudando mais e dormindo menos.
Essa semana dormi menos do que o comum, não que isso me incomode, recebi elogios da diretora quanto ao meu desempenho. Se não fossem os remédios, eu provavelmente estaria como as outras garotas, parecendo um zumbi perambulando com os uniformes azuis e cinza.
Continuei subindo as escadas meticulosamente limpas e brancas, nossos dormitórios estão no último andar, então a caminhada era um pouco mais extensa. Quando abri a porta do quarto que dividia com Denise, o que encontrei foi uma montoeira de roupas jogadas no chão e na cama dela, uma mala enorme aberta com um secador dentro. Essa garota me irritava não só pela bagunça e desorganização, mas ela era a única que sentia prazer em competir comigo, e o pior de tudo é que seu maior dom era de fingir que nada era proposital, a santa Denise, tenhamos todos esperanças de que seus olhos azuis e nariz perfeito nos agraciem com sua atenção.
Me poupe.
A garota era relaxada, dormia mais do que podia e esfregava na nossa cara o fato de que não precisava se esforçar como eu. Semana passada tive que dormir com ela tagarelando sobre o quão orgulhosos seus pais são dela, faz questão de me cutucar perguntando o porquê dos meus ligarem tão pouco para mim, ou nunca comparecerem em reuniões de confraternização entre pais importantes da sociedade.
“Eles são ocupados demais pra essa bobagem.” É tudo o que sempre respondo.
“Acho que eles não gostam muito de você, não é?” Ouvi seu sorriso discreto e o farfalhar do edredom caro do internato enquanto ela se virava pra dormir, satisfeita em me provocar.
Quando voltei dos meus devaneios ela já estava sentada, enrolada na toalha e penteando os cabelos desnecessariamente enormes e pretos, como se ninguém soubesse que ele era castanho claro e ela pintava a cada duas semanas.
—Vai passar o fim de semana aqui de novo, A? —
Odiava o modo como ela achava que tinha intimidade e me chamava pela letra inicial, como se fosse um apelidinho de amigas.
—Meu nome é Amalia. Não A.
—Perdão, A. — Riu nasalada, o deboche era tudo, menos invisível. Virou a cabeça e continuou penteando o cabelo, visto que já estava desembaraçado, mas ela era vaidosa. Gostava de mostrar como podia cuidar de tudo nela com a maior calma, que tinha tempo pra isso.
Ela parece estar sempre satisfeita, e eu não me conformo com isso. Eu passo noites acordada, estudando, arrancando fios de cabelo pra sentir minha cabeça mais leve, tomando remédios pra poder dizer que estou quimicamente calma, quando estou com mais medo de tudo de falhar. Enquanto ela só precisa de uma revisão, e só. Ela tem amigos, acho estranho a família dela não cobrar mais, eles não amam ela?
Não reparei que ela já estava pronta até o momento em que ela bateu a porta do quarto, só assim eu acordei e percebi que continuava em pé, igualzinha uma idiota.
Minha mãe já havia me dito que essa obsessão por Denise era ótima até certo ponto, porque talvez eu me inspirasse e me tornasse mais como ela. Foi pior do que os tapas que já havia recebido, isso fez com que eu odiasse ainda mais a garota.
Além do mais, não existia obsessão alguma, eu só detestava que pessoas como ela existissem.
Tranquei a porta aproveitando que estava sozinha e fui direto erguer o meu colchão, era onde eu escondia modafilina e alguns outros remédios que me ajudavam a render a produtividade e diminuir o sono, a única coisa que encontrei foi a caixa vazia de fluoxetina, vasculhei todo o espaço da cama, almofadas, e nada. Bolsas sem sinal dos remédios, o armário da mesma forma. Prendi a respiração por cinco segundos antes de pôr a mente em ordem e me lembrar que eu não precisava deles, o único que eu precisava para controlar a ansiedade tinha realmente acabado e logo meus pais enviariam outra caixa, ainda assim, era por tratamento, os outros eram só um estímulo para ter mais tempo pra estudar.
Eu tentava ao máximo manter tudo organizado, o dormitório era consideravelmente grande, até porque com a mensalidade cobrada para estarmos aqui, o espaço pelo menos deveria ser confortável. Como cada dormitório acolhia duas estudantes, cada lado tinha sua própria escrivaninha, tentava nunca reparar tanto na bagunça que Denise deixava na dela, mas era quase impossível ignorar. Celulares não eram permitidos aqui durante os dias de semana, então algumas coisas ficavam mais fáceis pelo fato de não ter tanta distração.
Não tinha nem mesmo tirado o uniforme antes de me sentar e revisar duas vezes tudo o que havia sido passado nas sete aulas que tínhamos tido, se o tempo não estivesse abafado, apesar da noite já ter caído, eu nem mesmo levantaria daqui antes da meia-noite. Meu nariz estava ardendo e eu sabia que essa era a hora de parar.
Soltei o cabelo e tirei a jaqueta, o banheiro da suíte nos fins de semana era só meu, então alguns bons vinte minutos de banho cairiam muito bem.
Eu gostava da água fervendo. Quente mesmo.
Gostava que o vapor enchesse o banheiro, embaçasse o box e o espelho, que as paredes ficassem úmidas, e eu não fugia dos pingos quentes, gostava que queimassem mesmo, isso sem dúvidas fazia com que minha pele não fosse tão hidratada quanto a das outras meninas, mas era o de menos. O ar quente que entrava era maravilhoso, gostava da sensação abafada causada dentro de mim.
Nesses momentos eu me permitia relaxar o máximo que conseguia. A cabeça estava sempre no maquinando, fritando e acelerando, mesmo nesses momentos mais tranquilos ela não cessava, ergui o rosto para o chuveiro e deixei a água quente cair o máximo que pude aguentar.
Já com o cabelo e o corpo limpo, o banheiro ainda estava nublado, então a minha visão no espelho era embaçada, mas era exatamente assim que me via. A sobrancelha grossa era a coisa mais vistosa, odiava o quão grandes e esbugalhados meus olhos escuros eram, puxei o cabelo para a frente, sobre os ombros, tentando entender se isso poderia mudar a minha imagem, mas eu continuava sempre a mesma, abri a boca e fiz barulhos aleatórios, só para me lembrar que ainda sabia falar, antes de voltar ao quarto e colocar o pijama caro que meu pai me deu quando consegui ganhar o primeiro lugar no campeonato de natação.
Claro que paguei um preço alto por isso, queria muito vencer por mérito próprio, mas infelizmente Jordana existe, é dois anos mais nova que eu, mas é um prodígio na natação.
Nada que ter esperado todas as outras meninas saírem do vestiário para deixá-la trancada durante a competição não resolvesse.
Ninguém descobriu, mas nas primeiras semanas a culpa me assombrou, acontece que eu fiz pelo meu bem, acho que é um bom motivo, para ganhar tudo é válido.
A noite no internato era sempre quieta demais, nada além dos pássaros rasgando o céu, às vezes era possível escutar o eco de alguma palmada, o som de algo pesado caindo com força no lago fundo perto do pátio, mas você acostuma.
O pior mesmo é o fantasma que ronda tudo isso aqui, e eu não estou falando de nada espiritual. Ninguém gosta de ninguém, nem mesmo os grupinhos formados por garotas, não adianta entrar aqui se enganando e achando que fará amizades, tudo aqui é competição. As professoras estão sempre tentando se sobressair, a falsidade é palpável em todos os âmbitos dessa porcaria.
Aos sábados a rotina era sempre a mesma.
Acordar antes do sol, meu relógio biológico já estava acostumado.
Roupa quente porque o frio é implacável no meio desse mato, e hipismo das seis horas da manhã até às oito.
Minha égua chamava-se Raiz, e é a única coisa a qual sou totalmente apegada, a única que me escuta de verdade e sem me julgar.
Quando voltava para dentro da escola, a entrada da minha tutora já havia sido liberada e estudávamos na biblioteca até às duas ou três, se estivéssemos perto de alguma prova, até às cinco horas da tarde, eu odiava a presença dela, inclusive, eu é quem deveria ser paga para orientá-la, mas meus pais achavam que eu não conseguia me virar sozinha então eu era obrigada a aceitar todas as suas explicações chulas e ignorantes com um sorriso falso e um acenar de cabeça.
— Você já pensou em dar um tempo?
Ergui o olhar para a garota de vinte e cinco anos na minha frente.
— Perdão?
— Você não para nunca? tipo, qual é. ‘Cê tem dezesseis anos e não tem vida.
— Acha que isso não é vida?
— Com certeza não, as garotinhas da sua idade a essas horas estão usando vestidos colados e bebendo martinis nessas baladas de gente rica.
— Não sou elas.
— Você acha que é melhor, eu sei. - Ela fingiu estar bocejando e revirando os olhos. — Cê só é sem graça mesmo.
— Se eu não fosse sem graça você provavelmente estaria morrendo de fome, ou se vendendo, não que você fosse odiar, né? Já que pra você ser só burra não é o suficiente, é obrigatório ser puta também. - O olhar dela refletia ódio, e isso por algum motivo alimentou minha satisfação.
— Terminamos por aqui. - Ela fez questão de pisar com força na minha bota de montaria, a dor no dedo não me incomodou, pelo contrário, eu havia atingido a loira. — Espero que valha muito a pena no seu futuro você ser tão focada. - E foi embora, com seu jeans desgastado e super skinny, a blusa de lã era nova, provavelmente comprada com o salário dos meus pais.
O dinheiro faz coisas.
Eu jamais me submeteria a essa posição humilhante, nunca aceitaria que falassem comigo como eu falei com ela. Mas ela precisa, o dinheiro que meus pais pagam a ela é suficiente para mantê-la bem e alimentada, não sei com quem ela mora, mas com certeza não é sozinha, já que os aluguéis no centro da cidade são caros demais para alguém como ela.
Eles são expansivos, meu pai e minha mãe. Ela é uma arquiteta renomada, uma referência até mesmo fora do país.
Meu pai é o advogado mais disputado atualmente, alguns o odeiam porque já aliviou muitas penas de gente que “não merecia”, mas eu o vejo como um herói, não para a sociedade, mas ele é uma inspiração em termos de sucesso pessoal. Digo que são expansivos porque gostam que saibam da sua condição financeira, gostam de mostrar que podem pagar pelas coisas, se possível, oferecem até mesmo um pagamento maior que o requisitado, e tudo bem, eles trabalharam para isso mesmo, não é?
Observava sempre meus dias passando da mesma forma, tudo muito automático. Permaneci na biblioteca por um bom tempo, até criar coragem de assumir os próximos compromissos.
A coisa que eu mais evitava era encontrar meus pais no período letivo, nas férias as coisas não aliviavam em nada, mas eram provas e matérias a menos para ser cobrada. Desde o segundo ano no internato eu decidi que passaria meus fins de semana confinada aqui, isso me daria vantagem porque teria mais tempo estudando e tendo acesso aos materiais por tempo extra. A coisa é que ao menos um final de semana por mês eu era obrigada a sentar numa mesa de jantar em qualquer restaurante caro da cidade e jantar em completo silêncio com meus pais, às vezes eles abriam a boca para questionar sobre meu empenho e notas, era terrível. Eu gostava da ideia dos meus pais, mas sinceramente, não gostava da presença deles, acho que desacostumei.
Apesar de evitar, não podia fugir do compromisso que fui obrigada a me comprometer. Fiz questão de me arrumar o máximo possível após o banho, minha mãe era linda. Apesar do rosto repuxado pelos procedimentos, era jovem ainda, o cabelo curto e negro lhe dava um pouco mais de ar de autoridade, não que precisasse, o nariz alongado e fino foi o que mais herdei dela. Deixei meu cabelo ondulado solto, minha vontade mesmo era cortá-lo, não via necessidade em mantê-lo na cintura, só atrapalhava. Mas meu pai era obcecado pelo meu cabelo, no dia em que eu cortasse com certeza seria deserdada.
Manti os fios fora do rosto com a ajuda de uma tiara que fora presente da minha avó, quase nunca a usava se não fosse para encontrar meus pais.
A maquiagem, apesar de sinceramente eu gostar, precisei usar porque as olheiras estavam tão fundas que provavelmente se alguém tirasse uma foto nossa para um desses jornais desocupados, a manchete seria algo do tipo “A filha do casal Capell metida com drogas?” um escândalo jamais seria bem-vindo.
O internato era enorme, precisei sair alguns minutos antes do combinado com o motorista dos meus pais, já que só descer as escadas e atravessar o saguão levariam um bom tempo, Felipa, a Alta Inquisidora do colégio, estava aguardando na porta.
— Um bom passeio, Amália. Diga a seus pais que preciso que respondam minhas cartas, por gentileza.
— Eles andam ocupados, Sra. Campeña.
— Tenho certeza de que é do interesse deles, irão arranjar um tempo. — Disse como se os conhecesse muito bem, mas ela é assim com todos. A calça de alfaiataria era muito maior do que o necessário para ela, cobria os Scarpins que ela com certeza queria que fossem vistos, levei meu olhar de cima para baixo e abri a porta após um aceno leve com a cabeça.
— Megera idiota. — Desabafei com o vento abrindo a porta do carro preto.
O caminho até o restaurante não era tão longo, ele ficava mais perto do internato do que parecia, já que havia sido pensado para que pudessem jantar sem pessoas indesejáveis por perto.
Eu passei tanto tempo dentro daquele palacete que havia me esquecido que gostava tanto do verde predominante dessas estradas, abri a janela ao lado para que o vento pudesse entrar e coloquei a cabeça pra fora.
Uma das coisas que mais gostava era exatamente isso, o que ocorria durante as aulas de hipismo e cavalgadas também, conforme a velocidade que você se move e a velocidade do vento, sua respiração e esse ar gélido se misturam, antigamente me sentia perturbada por gostar tanto da sensação de desespero em não conseguir respirar direito nessas horas, mas hoje em dia aprendi que gosto da sensação de haver uma única coisa que não posso controlar.
Le Palais é uma construção enorme, nada moderna mas muito elegante, apesar de usarem a desculpa de que é super reservado e as famílias da Elite preferem suas reuniões ali por isso, as paredes são vidro, tudo pode ser visto e acompanhado tanto de fora quanto por dentro. Gostaria de poder julgá-los, mas entendo exatamente eles, não importa se a comida é boa ou se o restaurante te traz alguma memória afetiva. Só frequentamos esse lugar porque podemos, porque o dinheiro não nos impede e nos convida a estarmos nos lugares mais extravagantes.
Quando o servente abriu a porta e eu adentrei o local, a primeira coisa que pude enxergar e sentir foram os olhares acusatórios dos meus pais, sentados no meio do enorme salão, as taças de vinho intactas na mesa, imaginei que o acompanhamento da bebida seria desgosto.
Já tenho o segundo capitulo completo, se quiserem ler e dar um feedback, é só pedir, por favorr.
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2024.04.14 19:23 Each57 Sou um rascunho constante

Sou um rascunho constante
Um corpo em movimento sem atrito
A minha única paragem é o horizonte
Saltei num trampolim rumo às estrelas
Voo infinito sem asas, só letras
Como uma alucinação psicadélica
Só sei sonhar e fingir
Paro de comer para apontar ideias
O meu cérebro é uma via rápida
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2024.04.13 17:41 Thick-Photo-8589 AJUDA PAPFE

olá, eu acabei perdendo o RG e o banco do Brasil não quer abrir uma conta pra mim sendo que tenho Certidão de nascimento, Carteira de trabalho, Comprovante de matricula USP! E tenho até dia 15.04.24 para clicar em 'aceitar beneficio' no jupiter, mas para aceitar preciso cadastrar essa conta bancária! Não possuo xerox autenticada do RG, nem digital! Já mandei diversos email para a assistente social do PAPFE , mas não querem ajudar, só repetem que tenho até segunda feira! Eu fui no poupatempo mas vai demorar 10 dias para ficar pronto a segunda via, só tenho o numero de protocolo. Queria a ajuda de voces o que eu posso fazer! Vi que tem a opçao ''SANTANDER'' no JUPITER ,nao tenho conta lá, mas pode ser que eles sejam menos burocráticos que o BB, mas nao sei se vai da certo!
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2024.04.12 14:25 kassyz Escrevi o primeiro capítulo e aceito feedbacks e críticas construtivas. ;)

Disciplina e obsessão não estão tão distantes assim uma da outra, mas ninguém sabe disso melhor do que eu, e eu tenho certeza.
Existem sim alguns pontos positivos em ser cobrada ao extremo, eu mesma tenho certeza do meu sucesso, apesar de saber que não posso parar nem mesmo um segundo, a recompensa é logo ali e eu só consigo enxergar ela.
O primeiro passo para a disciplina é o seguinte:
Ninguém se mete entre você e o seu objetivo. Ninguém é mais importante do que o seu sucesso, você vira noites e noites acordada porque tem um objetivo, ninguém tem o direito de te distrair ou roubar seu lugar.
Isso é algo que me irrita, sabe? mas lá no fundo, me motiva muito.
Eu estudo no internato Morgana Teresa para moças há uns cinco anos, e aqui é como um campo de batalha. Você não tem hobbies se seu hobbie não for útil para alcançar a nota mais alta da escola. O topo da cadeia alimentar é muito disputado e eu não tenho planos de deixar meu lugar para qualquer outra paspalha burra, desde que nasci me esforcei para ser a melhor em tudo, antes eu me esforçava por medo. Meu pai me dizia que ele não queria uma filha burra ou incompetente, não ligava mais para suas palavras cruéis ou seus castigos que talvez para quem não entenda possam parecer extremos. Não são. Na realidade, foi assim que aprendi a me tornar o que sou hoje.
O pior talvez tenha sido minha mãe. Geralmente são elas que defendem as filhas, mas mamãe sim foi cruel.
No meu primeiro ano no internato, Eugenia, a professora de francês, delatou aos meus pais que eu estava tendo dificuldades com algumas pronúncias. Naquele final de semana eu fui trancada no banheiro de visitas e só pude comer alguns petiscos quando acertava a pronúncia. Isso me fez atingir a fluência nos próximos sete meses de estudo, com excelência.
Chegando no internato, é possível sentir todos os pelos do seu corpo se eriçarem, o ar aqui não é bom. A competição é o que move todas as alunas, e as professoras nos sugam até a última gota de suor.
Quando cheguei aqui nesse ano reparei nos letreiros já velhos, era notável que precisavam de uma reforma, até porque algumas letras haviam caído.
Mor Te
P ra jovens moças da s i de
Seria assustador se não nos lembrássemos que antigamente costumávamos ter um letreiro de boas-vindas comum.
Morgana Teresa
Para jovens moças da sociedade
Com o tempo você se acostuma com o clima mórbido e obscuro do palacete, as paredes brancas e cinzas muito bem cuidadas, ao contrário da placa perto dos portões enormes de ferro, o chão de mármore reforçava que aqui o lugar não era para qualquer uma. Tudo era muito. Muito grande, muito vasto, muito exagerado, muito quieto.
—Você não aprende, não é? - escutei a velha alta e esquelética falar com Joana, a aluna mais recente matriculada aqui. —Quem foi que disse que vocês tem permissão para ir ao banheiro?
—Eu estava apertada, Clemente.
— Senhorita Cordova, Joana. Quem se importa com estar apertada? Já viu suas colegas irem ao banheiro durante a aula? — a garota negou com a cabeça, em silêncio. Quase pude sentir dó quando ela abaixou o olhar e suspirou, mas não sei se seria o correto, o tempo de aula é sagrado, afinal.
— Espero que isso não se repita, caso você tenha três observações, sabe o que te aguarda. — Dito isso, a velha retomou sua posição em frente ao quadro. Seus cabelos estavam tão bem presos e rígidos num rabo de cavalo sem graça, que seu rosto também repuxava, dando a ela um infeliz semblante de relaxamento forçado. Sua voz era deprimente, mas sempre com um quê de autoridade, a considerava a menos qualificada dali.
Após o último sinal recolhi tudo o que estava sob a mesa e me retirei da sala, ignorando qualquer uma que tentasse falar comigo, não ligava mais para os olhares que me lançavam. Certa vez ouvi de uma garota do sétimo ano que eu era mesquinha e maníaca, ela nem sequer me conhecia.
Meu tempo e rotina são organizados de acordo com o que minha tutora particular define. Se uma matéria for mais difícil, meus horários mudam, os remédios dobram para que eu possa manter o foco estudando mais e dormindo menos.
Essa semana dormi menos do que o comum, não que isso me incomode, recebi elogios da diretora quanto ao meu desempenho. Se não fossem os remédios eu provavelmente estaria como as outras garotas. Parecendo um zumbi perambulando com os uniformes azuis e cinza.
Continuei subindo as escadas meticulosamente limpas e brancas, nossos dormitórios estão no último andar, então a caminhada era um pouco mais extensa. Quando abri a porta do quarto que dividia com Denise, o que encontrei foi uma montoeira de roupas jogadas no chão e na cama dela, uma mala enorme aberta e com um secador dentro. Essa garota me irritava não só pela bagunça e desorganização, mas ela era a única que sentia prazer em competir comigo, e o pior de tudo é que seu maior dom era de fingir que nada era proposital, a santa Denise, tenhamos todos esperanças de que seus olhos azuis e nariz perfeito nos agraciem com sua atenção.
Me poupe.
A garota era relaxada, dormia mais do que podia e esfregava na nossa cara o fato de que não precisava se esforçar como eu. Semana passada tive que dormir com ela tagarelando sobre o quão orgulhosos seus pais são dela, faz questão de me cutucar perguntando o porquê dos meus ligarem tão pouco para mim, ou nunca comparecerem em reuniões de confraternização entre pais importantes da sociedade.
“— Eles são ocupados demais pra essa bobagem.” É tudo o que sempre respondo.
“— Acho que eles não gostam muito de você, não é?” Ouvi seu sorriso discreto e o farfalhar do edredom caro do internato enquanto ela se virava pra dormir, satisfeita em me provocar.
Quando voltei dos meus devaneios ela já estava sentada, enrolada na toalha e penteando os cabelos desnecessariamente enormes e pretos, como se ninguém soubesse que ele era castanho claro e ela pintava a cada duas semanas.
—Vai passar o fim de semana aqui de novo, A?
Odiava o modo como ela achava que tinha intimidade e me chamava pela letra inicial, como se fosse um apelidinho de amigas.
—Meu nome é Amalia. Não A.
—Perdão, A. -Riu nasalado, o deboche era tudo, menos invisível. Virou a cabeça e continuou penteando o cabelo, visto que já estava desembaraçado, mas ela era vaidosa. Gostava de mostrar como podia cuidar de tudo nela com a maior calma, que tinha tempo pra isso.
Ela parece estar sempre satisfeita, e eu não me conformo com isso. Eu passo noites acordada, estudando, arrancando fios de cabelo pra sentir minha cabeça mais leve, tomando remédios pra poder dizer que estou quimicamente calma, quando estou com mais medo de tudo de falhar. Enquanto ela só precisa de uma revisão, e só. Ela tem amigos, acho estranho a família dela não cobrar mais, eles não amam ela?
Não reparei que ela já estava pronta até o momento em que ela bateu a porta do quarto, só assim eu acordei e percebi que continuava em pé, igualzinha uma idiota.
Minha mãe já havia me dito que essa obsessão por Denise era ótima até certo ponto, porque talvez eu me inspirasse e me tornasse mais como ela. Foi pior do que os tapas que já havia recebido, isso fez com que eu odiasse ainda mais a garota.
Além do mais, não existia obsessão alguma, eu só detestava que pessoas como ela existissem.
Tranquei a porta aproveitando que estava sozinha e fui direto erguer o meu colchão, era onde eu escondia modafilina e alguns outros remédios que me ajudavam a render a produtividade e diminuir o sono, a única coisa que encontrei foi a caixa vazia de fluoxetina, vasculhei todo o espaço da cama, almofadas, e nada. Bolsas sem sinal dos remédios, o armário da mesma forma. Prendi a respiração por cinco segundos antes de pôr a mente em ordem e me lembrar que eu não precisava deles, o único que eu precisava para controlar a ansiedade tinha realmente acabado e logo meus pais enviariam outra caixa, ainda assim, era por tratamento, os outros eram só um estímulo para ter mais tempo pra estudar.
Eu tentava ao máximo manter tudo organizado, o dormitório era consideravelmente grande, até porque com a mensalidade cobrada para estarmos aqui, o espaço pelo menos deveria ser confortável. Como cada dormitório acolhia duas estudantes, cada lado tinha sua própria escrivaninha, tentava nunca reparar tanto na bagunça que Denise deixava na dela, mas era quase impossível ignorar. Celulares não eram permitidos aqui durante os dias de semana, então algumas coisas ficavam mais fáceis pelo fato de não ter tanta distração.
Não tinha nem mesmo tirado o uniforme antes de me sentar e revisar duas vezes tudo o que havia sido passado nas sete aulas que tínhamos tido, se o tempo não estivesse abafado, apesar da noite já ter caído, eu nem mesmo levantaria daqui antes da meia-noite. Meu nariz estava ardendo e eu sabia que essa era a hora de parar.
Soltei o cabelo e tirei a jaqueta, o banheiro da suíte nos fins de semana era só meu, então alguns bons vinte minutos de banho cairiam muito bem.
Eu gostava da água fervendo. Quente mesmo.
Gostava que o vapor enchesse o banheiro, embaçasse o box e o espelho, que as paredes ficassem úmidas, e eu não fugia dos pingos quentes, gostava que queimassem mesmo, isso sem dúvidas fazia com que minha pele não fosse tão hidratada quanto a das outras meninas, mas era o de menos. O ar quente que entrava era maravilhoso, gostava da sensação abafada causada dentro de mim.
Nesses momentos eu me permitia relaxar o máximo que conseguia. A cabeça estava sempre no maquinando, fritando e acelerando, mesmo nesses momentos mais tranquilos ela não cessava, ergui o rosto para o chuveiro e deixei a água quente cair o máximo que pude aguentar.
Já com o cabelo e o corpo limpo, o banheiro ainda estava nublado, então a minha visão no espelho era embaçada, mas era exatamente assim que me via. A sobrancelha grossa era a coisa mais vistosa, odiava o quão grandes e esbugalhados meus olhos escuros eram, puxei o cabelo para a frente, sobre os ombros, tentando entender se isso poderia mudar a minha imagem, mas eu continuava sempre a mesma, abri a boca e fiz barulhos aleatórios, só para me lembrar que ainda sabia falar, antes de voltar ao quarto e colocar o pijama caro que meu pai me deu quando consegui ganhar o primeiro lugar no campeonato de natação.
Claro que paguei um preço alto por isso, queria muito vencer por mérito próprio, mas infelizmente Jordana existe, é dois anos mais nova que eu, mas é um prodígio na natação.
Nada que ter esperado todas as outras meninas saírem do vestiário para deixá-la trancada durante a competição não resolvesse.
Ninguém descobriu, mas nas primeiras semanas a culpa me assombrou, acontece que eu fiz pelo meu bem, acho que é um bom motivo, para ganhar tudo é válido.
A noite no internato era sempre quieta demais, nada além dos pássaros rasgando o céu, às vezes era possível escutar o eco de alguma palmada, o som de algo pesado caindo com força no lago fundo perto do pátio, mas você acostuma.
O pior mesmo é o fantasma que ronda tudo isso aqui, e eu não estou falando de nada espiritual. Ninguém gosta de ninguém, nem mesmo os grupinhos formados por garotas, não adianta entrar aqui se enganando e achando que fará amizades, tudo aqui é competição. As professoras estão sempre tentando se sobressair, a falsidade é palpável em todos os âmbitos dessa porcaria.
Aos sábados a rotina era sempre a mesma.
Acordar antes do sol, meu relógio biológico já estava acostumado.
Roupa quente porque o frio é implacável no meio desse mato, e hipismo das seis horas da manhã até às oito.
Minha égua chamava-se Raiz, e é a única coisa a qual sou totalmente apegada, a única que me escuta de verdade e sem me julgar.
Quando voltava para dentro da escola, a entrada da minha tutora já havia sido liberada e estudávamos na biblioteca até às duas ou três, se estivéssemos perto de alguma prova, até às cinco horas da tarde, eu odiava a presença dela, inclusive, eu é quem deveria ser paga para orientá-la, mas meus pais achavam que eu não conseguia me virar sozinha então eu era obrigada a aceitar todas as suas explicações chulas e ignorantes com um sorriso falso e um acenar de cabeça.
— Você já pensou em dar um tempo?
Ergui o olhar para a garota de vinte e cinco anos na minha frente.
— Perdão?
— Você não para nunca? tipo, qual é. ‘Cê tem dezesseis anos e não tem vida.
— Acha que isso não é vida?
— Com certeza não, as garotinhas da sua idade a essas horas estão usando vestidos colados e bebendo martinis nessas baladas de gente rica.
— Não sou elas.
— Você acha que é melhor, eu sei. - Ela fingiu estar bocejando e revirando os olhos. — Cê só é sem graça mesmo.
— Se eu não fosse sem graça você provavelmente estaria morrendo de fome, ou se vendendo, não que você fosse odiar, né? Já que pra você ser só burra não é o suficiente, é obrigatório ser puta também. - O olhar dela refletia ódio, e isso por algum motivo alimentou minha satisfação.
— Terminamos por aqui. - Ela fez questão de pisar com força na minha bota de montaria, a dor no dedo não me incomodou, pelo contrário, eu havia atingido a loira. — Espero que valha muito a pena no seu futuro você ser tão focada. - E foi embora, com seu jeans desgastado e super skinny, a blusa de lã era nova, provavelmente comprada com o salário dos meus pais.
O dinheiro faz coisas.
Eu jamais me submeteria a essa posição humilhante, nunca aceitaria que falassem comigo como eu falei com ela. Mas ela precisa, o dinheiro que meus pais pagam a ela é suficiente para mantê-la bem e alimentada, não sei com quem ela mora, mas com certeza não é sozinha, já que os aluguéis no centro da cidade são caros demais para alguém como ela.
Eles são expansivos, meu pai e minha mãe. Ela é uma arquiteta renomada, uma referência até mesmo fora do país.
Meu pai é o advogado mais disputado atualmente, alguns o odeiam porque já aliviou muitas penas de gente que “não merecia”, mas eu o vejo como um herói, não para a sociedade, mas ele é uma inspiração em termos de sucesso pessoal. Digo que são expansivos porque gostam que saibam da sua condição financeira, gostam de mostrar que podem pagar pelas coisas, se possível, oferecem até mesmo um pagamento maior que o requisitado, e tudo bem, eles trabalharam para isso mesmo, não é?
Observava sempre meus dias passando da mesma forma, tudo muito automático. Permaneci na biblioteca por um bom tempo, até criar coragem de assumir os próximos compromissos.
A coisa que eu mais evitava era encontrar meus pais no período letivo, nas férias as coisas não aliviavam em nada, mas eram provas e matérias a menos para ser cobrada. Desde o segundo ano no internato eu decidi que passaria meus fins de semana confinada aqui, isso me daria vantagem porque teria mais tempo estudando e tendo acesso aos materiais por tempo extra. A coisa é que ao menos um final de semana por mês eu era obrigada a sentar numa mesa de jantar em qualquer restaurante caro da cidade e jantar em completo silêncio com meus pais, às vezes eles abriam a boca para questionar sobre meu empenho e notas, era terrível. Eu gostava da ideia dos meus pais, mas sinceramente, não gostava da presença deles, acho que desacostumei.
Apesar de evitar, não podia fugir do compromisso que fui obrigada a me comprometer. Fiz questão de me arrumar o máximo possível após o banho, minha mãe era linda. Apesar do rosto repuxado pelos procedimentos, era jovem ainda, o cabelo curto e negro lhe dava um pouco mais de ar de autoridade, não que precisasse, o nariz alongado e fino foi o que mais herdei dela. Deixei meu cabelo ondulado solto, minha vontade mesmo era cortá-lo, não via necessidade em mantê-lo na cintura, só atrapalhava. Mas meu pai era obcecado pelo meu cabelo, no dia em que eu cortasse com certeza seria deserdada.
Manti os fios fora do rosto com a ajuda de uma tiara que fora presente da minha avó, quase nunca a usava se não fosse para encontrar meus pais.
A maquiagem, apesar de sinceramente eu gostar, precisei usar porque as olheiras estavam tão fundas que provavelmente se alguém tirasse uma foto nossa para um desses jornais desocupados, a manchete seria algo do tipo “A filha do casal Capell metida com drogas?” um escândalo jamais seria bem-vindo.
O internato era enorme, precisei sair alguns minutos antes do combinado com o motorista dos meus pais, já que só descer as escadas e atravessar o saguão levariam um bom tempo, Felipa, a Alta Inquisidora do colégio, estava aguardando na porta.
— Um bom passeio, Amália. Diga a seus pais que preciso que respondam minhas cartas, por gentileza.
— Eles andam ocupados, Sra. Campeña.
— Tenho certeza de que é do interesse deles, irão arranjar um tempo. — Disse como se os conhecesse muito bem, mas ela é assim com todos. A calça de alfaiataria era muito maior do que o necessário para ela, cobria os Scarpins que ela com certeza queria que fossem vistos, levei meu olhar de cima para baixo e abri a porta após um aceno leve com a cabeça.
— Megera idiota. — Desabafei com o vento abrindo a porta do carro preto.
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2024.04.11 17:37 ArrozFantasma Escrevi o primeiro capítulo de uma história que criei a tempos e aceito críticas a forma de escrita e ao conteúdo.

Annabella está em um quarto de hospital, ela sente sua barriga bater nas costas, a cama até que é confortável, qualquer coisa é melhor do que os colchões de palha em que ela se deitava, ela está vestindo uma camisola branca, uma roupa limpa, que ela não sabe onde arranjou. Ela se sente atordoada, com medo, não sabia onde estava e tinha uma agulha no seu braço, enviando algum líquido para sua corrente sanguínea, e se aquilo fosse veneno? Um novo método que estavam usando para matá-los?
Annabella obviamente se assustou ao perceber a agulha, ela rapidamente arrancou aquilo de seu braço, um pequeno gemido de dor. Ela se levanta lentamente, com o pouco de força que lhe resta, sai do quarto e perambula pelos grandes corredores, é um hospital. Logo uma enfermeira veio a seu encontro, ela tinha cabelos castanhos claros, olhos escuros e uma pele branca, quase pálida.
A frase pareceu abalar a pobre Rita, sua expressão branda se transformou em um rosto melancólico.
Um silêncio se fez até as últimas 3 colheradas de mingau acabarem.
Mamãe um dia teve a má sorte de chamar atenção do anjo da morte, mesmo sem comer conseguia manter uma aparência minimamente saudável próximo a suas companheiras, talvez por ser tão ativa antes do inferno, sua aparência “saudável” chamou a atenção de Mengele, que a levou para seu “consultório”. Annabella não era do mesmo barracão que sua mãe, então no outro dia que a viu na hora do café da manhã — Se é que a quantidade mínima de pão duro e café aguado podia-se ser chamado de café da manhã — Ela estava vazia, mal respondia, Annabella soube por uma das colegas de trabalho de sua mãe, do que havia acontecido no dia anterior. Um medo avassalador invadiu Annabella, ela ouvia as histórias do que Mengele fazia com seus “pacientes”, eram coisas terríveis, era tortura, era sádico e ele parecia fazer não só porque era seu trabalho mas por prazer.
Annabella logo se desesperou, não queria sair de perto da sua mamãe, ela era tudo que a restava, mesmo que tentasse negar, sua vózinha estava morta, ela tinha sido separada dela e de sua mãe assim que chegaram a Auschwitz. A cabeça da pobre menina de quase 14 anos estava a mil, ela tinha que se preocupar em se manter viva, em manter sua mãe viva, rezar para que seu pai estivesse vivo e negar que sua avó estava morta, o que no fundo Annabella sabia que era mentira. Tudo aquilo a deixou louca, talvez fosse a fome, sede e febre constante misturadas com a insanidade de poder ver sua mãe no carrinho de mortos que saía da enfermaria, logo começaram as alucinações. Às vezes Annabella estava desmontando peças de algum equipamento de guerra, que ela nunca sabia identificar, e escutava a voz de seu pai a chamando para jantar, como sempre fazia aos fins de tarde, às vezes quando conseguia dormir, acordava em susto e via por uma fração de segundos Mengele a observando ao lado da beliche, sempre era consolada com um chute de sua colega de cama.
Até que o terrível dia chegou, após alguns meses, que Annabella não sabe ao certo quantos, Mengele pegou de vez sua mãe. De começo havia sido só aquela primeira “consulta”, que sua mãe sempre se recusava a dizer o que havia acontecido, mas após alguns meses de alívio, o fim chegou. Ele veio ao encontro de Camille novamente e dessa vez ela nunca mais voltou, Annabella ficou anestesiada, estava completamente sozinha, algumas colegas de sua mãe a faziam companhia de vez em quando, mas não era sua mãe, sua querida mamãe não estava mais com ela. A garota não chegou a vê-la no carrinho, mas quando alguém some em Auschwitz, só quer dizer duas coisas e nenhuma delas é boa.
 * 
— Frau Müller, eu quero ficar sozinha. —
— Mas Anna… — Rita Müller interrompeu a si mesma — Está bem Annabella, quando precisar de algo me chame, estou na sala ao lado. —
Já tenho o enredo pré pronto na minha cabeça, pretendo escrever sobre cada membro da família de Annabella, sobre sua vida antes e depois da guerra e sobre as consequências de tudo. Espero receber críticas construtivas e conselhos sobre como prosseguir a história.
Obrigado desde já!💞
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2024.04.11 16:06 criolina Tesouro Renda+: Para ganhar 20 vezes o que investiu

Tesouro Renda+: Para ganhar 20 vezes o que investiu
O Tesouro Direto Renda+ está pagando boas taxas hoje. O título mais longo de 2065 está IPCA + 6,11%.
É uma oportunidade interessante para travar a taxa durante um período gigante. Na simulação a seguir, faz mais sentido para quem é muito jovem, mas é uma oportunidade muito boa para investir para um filho, por exemplo.
Vou simular uma quantia única inicial, mas o que faço é aportar aos poucos, em momentos como o de hoje.
Investimento hoje: R$ 64.000,00 Renda+: de 2065 a 2084; no valor de R$ 5.000,00 mensais. Ou seja, investindo 64 mil hoje, para receber 60 mil por ano, durante 20 anos.
https://preview.redd.it/y2o7k0h0yutc1.jpg?width=667&format=pjpg&auto=webp&s=bc2504f9e6eed6c4435c68092ceee21a801bfd46
Se os juros subirem mais um tiquinho, chega na relação de 1 para 20 que coloquei no título (já está bem próximo).
Faça a simulação no site do Tesouro: https://www.tesourodireto.com.brendamais/
A combinação de juros altos e juros compostos no longo prazo faz essa maravilha.
Letras miúdas: Não vi pegadinhas. Tudo é corrigido pelo IPCA. Num aperto, pode sair antes (marcação de mercado). Tudo via Tesouro Direto. Existe claro o risco país gigante. Não há almoço grátis. Imposto não considerado de 15% ao resgatar na saída.
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2024.04.10 22:00 AugustoResende Objeto apreendido por órgão de fiscalização - Correios - Aliexpress Nacional

Objeto apreendido por órgão de fiscalização - Correios - Aliexpress Nacional
O que fazer? Comprado no Aliexpress com estoque nacional e hoje o rastreio atualiza assim. Não encontrei nada no site da SEFAZ RJ e me responderam o e-mail dizendo que não é com eles...
Não queria ser reembolsado pois comprei com um grande desconto que não está mais disponível.
EDIT1 (15/04/2024): [até o momento não há certeza de onde as encomendas estão, se foi apreendida por órgão estadual e federal pois os Correios não informam. Se puderem, coloquem o código de rastreio das encomendas de vocês, estou pretendendo abrir Pedido via Lei de Acesso à Informação contra Correios, ECT e Fazenda Estadual do RJ (para os casos RJ) e denúncia ao Ministério Público
Há súmula do STF sobre: "É inadmissível a apreensão de mercadorias como meio coercitivo para pagamento de tributos"
https://portal.stf.jus.bjurisprudencia/sumariosumulas.asp?base=30&sumula=2136
Dependendo podemos levar o caso à imprensa especializada em eletrônicos também, para que vire matéria...]
EDIT2 (15/04/2024): [daqui a pouco nossas encomendas estarão disponívels para leilão aqui desse site... http://www25.receita.fazenda.gov.bsle-sociedade/portal especialmente quem não correr atrás....]
https://preview.redd.it/a79137v2kptc1.jpg?width=828&format=pjpg&auto=webp&s=fd0f19510593f83c0b399f518be5836c0c6987b3
EDIT3 (16/04/2024): [Ate agora ninguém conseguiu resolver nada, mesmo tentando em todos os locais possíveis. Vejo duas alternativas: ação judicial e/ou tentar reembolso com o Ali (pra quem isso for vantajoso). No Juizado Especial Federal você consegue acionar contra Correios e Receita Federal mesmo sem advogado e no Juizado Especial Cível contra Aliexpress (ALI PAY e/ou SEASONOVAL) também sem advogado.]
EDIT4 (17/04/2024): [Ouvidoria dos Correios me respondeu formalmente dizendo para buscar informações na Receita Federal, e a Receita Federal diz para buscar informações com os Correios…]
EDIT5 (17/04/2024): [Receita Federal admitiu estar com o produto apreendido, segue e-mail:
https://preview.redd.it/x0vdf4px02vc1.png?width=681&format=png&auto=webp&s=a853c4f2c4107fcc63f1a9dc7eb8fed42de101ea
]
EDIT6 (19/04/2024): [Olha o que achei em reportagem da internet ontem, tá explicado, faz aquela letra... https://www.adrenaline.com.bhardware/governo-vai-fiscalizar-encomendas-internacionais-para-coibir-produtos-piratas-no-brasil/
https://preview.redd.it/xx8j0c5yrgvc1.jpg?width=649&format=pjpg&auto=webp&s=c6b38acbdd92d18f953ccabbaf49d3686d68b3e2
]
EDIT7 (27/04/2024):
Até o momento temos 6 opções de solução:
  • Vendedor reenviar o produto pra você novamente via transportadora ou mesmo Correios
  • Disputa via Aliexpress e vendedor ou Ali aceitar (improvável)
  • Chargeback (disputa) na bandeira do cartão (pra compras via cartão)
  • Processo judicial contra a Receita Federal e Correios no Juizado Especial Federal (não precisa advogado)
  • PROCON contra Aliexpress
  • Processo judicial contra ALI PAY / SEASONOVAL BRAZIL INFORMATION SERVICES LTDA no Juizado Especial Cível/Pequenas Causas (não precisa advogado)
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2024.04.08 03:58 AlternativePepper356 A colega nova que fudeu minha mente

No começo desse ano entrou algumas colegas novas na minha sala de aula, estudo no mesmo colégio a muito tempo e estou no segundo ano do ensino médio, nunca gostei de sair pegando geral e sempre quis conhecer a pessoa antes de ter algo com ela, dentre essas três colegas novas uma chamou muito minha atenção pela a aparência e pelo jeito mas eu não ia tentar nada pois tinha recém acontecido algumas coisas ruins na minha vida e em questão de relacionamentos nunca me dei muito bem, as garotas sempre sumiam do nada ou saiam com outros caras, isso fez eu ser muito inseguro com isso e não estava indo atrás de garotas fazia algum tempo, pelo fato de nunca ter sido muito reciproco o que eu sentia.
Se passaram algumas semanas e tiveram algumas dinâmicas na sala de aula para os colegas novos se conhecerem e etc... e isso fez eu me interessar cada vez mais por essa colega nova por que ela tinha gostos bem parecidos com os meus mas novamente pensei em não tentar nada e prossegui assim até que um dia essa nova aluna me seguiu no Instagram e curtiu as minhas fotos, como eu estava meio confuso só segui ela de volta e curti uma foto, se passaram mais alguns dias e minha amiga que estuda comigo a alguns anos foi conversar com essas três colegas novas, elas começaram a falar quais pessoas elas estavam interessadas na sala e essa colega em questão falou que estava interessada em mim para a minha amiga e perguntou como poderia chegar em mim, durante a tarde eu recebi uma mensagem dela e começamos a conversar, realmente tinhas gostos muito parecidos e ela é uma pessoa muito boa de se conversar.
Se passaram mais algumas semanas e conversamos e interagimos cada vez mais, tive uma viagem no começo do ano letivo e nem um dia sequer ela deixou de falar comigo, quando eu voltei continuamos conversando mais ainda, estava meio inseguro mas quanto mais o tempo passava mais eu gostava dela, o jeito dela pra mim é perfeito, e logo depois de umas semanas eu estava apaixonado, não sei se vocês já tiveram uma experiência assim mas sabe quando tudo que a pessoa fala e faz pra você é incrível, todas as imperfeições dela pra mim são perfeitas, então como nem tudo são flores começou a surgir alguns problemas, meus amigos antes de eu começar a falar com ela me alertaram que ela tinha se envolvido com umas pessoas estranhas e ela usava muitas drogas, mesmo assim eu continuei conversando com ela pois tudo o que falaram dela ela estava provando o contrario pra mim.
E então começaram as promessas, eu sentia um paixão (e ainda sinto) muito forte por ela, tudo o que eu falava ela correspondia e falava que gostava muito de mim, que eu sou incrível, perfeito e nunca tinha se prendido a uma pessoa tão rápido assim, as promessas que eu me refiro e ela falar que eu precisava de uma "pessoa" para me fazer feliz pra sempre (a pessoa é ela), que só queria estar comigo, eu falava que só queria ela e ela falava também que só queria eu, continuamos essa troca de amores por muito tempo, até que começaram a aparecer coisas estranhas, desde quando começamos a conversar eu stalkeava a vida inteira dela, ela começou a republicar umas coisas estranhas no tiktok que não correspondiam ao amor que ela mostrava pra mim, coisas sobre pegar todo mundo e não superar o ex, até aí eu não liguei muito mas comecei a desconfiar, depois que eu comecei a deixar de fazer coisas pra passar mais tempo com ela foi quando começou o problema, pois eu fiquei obcecado por ela, me sentia mal por fazer outras coisas sem ser estar com ela, ela tem pais muito controladores por conta de coisas que ela fez no passado então isso impedia da gente se ver fora do colégio, então comecei a passar todas as aulas no lado dela, e um dia eu descobri o Twitter dela, foi aí que as coisas começaram a ficar estranhas, pois ela tinha escrito algumas coisas como "sdds dele" e então eu desconfiei e fui ver os seguidores dela e lá tinha um cara que tinha publicado algo muito característico da aparência dela falando que estava com saudade, e ela tinha curtido o post, passei uma madrugada sem dormir, pois no msm dia ela tinha mandado que queria passar a vida comigo e tinha me chamado de "meu homem", fiquei a madrugada inteira pensando sobre e não consegui dormir direito, tentei segurar isso pra mim mas não consegui e perguntei pra ela se ela estava conversando com outras pessoas ou estava interessada em outro alguém além de mim, ela negou e então eu mandei uma serie de prints e vídeos que ela tinha republicado, um desses vídeos era um coração com a letra do cara do Twitter no meio e a musica "I Wanna Be Yours", ela desconversou tudo e disse que era só um amigo, que estava longe e era muito importante pra ela, acreditei pois estava cego pela paixão.
Uns dias depois continuando conversando daquele jeito, me prometendo o mundo, e eu deixei claro pra ela que era inseguro com isso por causa dos meus outros relacionamentos, ela disse que também é insegura com isso por conta dos seus outros relacionamentos ter sido traída também, então confiei cada vez mais nela, ela esclareceu umas coisas sobre esse amigo e msm com muito ciúmes confiei nela, esse cara é muito perigoso, briga com todo mundo mas trata ela diferente e sempre protegeu ela, então ela perguntou se tinha algum problema a amizade deles e se iria atrapalhar se a gente tivesse um relacionamento no futuro, eu respondi que não teria problema desde que seja só amizade, depois de uns dias vivendo como ""namorados"", se abraçando andando de mãos dadas e etc... eu pergunto mais algumas coisas sobre ele e então descubro que eles tiveram um relacionamento no passado mas ela não está mais interessada desse jeito nele, ele trata ela como se fosse dele e antes de ele se afastar pra longe, ele postou uma coisa meio que assumindo ela, mas ela não aceitou o pedido de namoro dele já que não enxergava ele desse jeito, eu perguntei o que ele faria se a gente começasse a namorar e ela disse que ele ia odiar nós dois e se afastar dela totalmente, eu viraria alvo dele e dos amigos dele, então eu pedi pra ela se afastar dele por que se ela realmente gostasse de mim e quisesse ter algo comigo no futuro ela teria que se afastar desse cara, por que ele é perigoso e não deixaria a gente em paz, ela falou que ia fazer isso depois que ele voltasse por que tinha medo de ele ficar pior.
Como ela mostrava que me amava muito eu achei ok e que ia ficar tudo bem depois que ela explicasse o que ela sentia pra ele e etc... continuamos vivendo nossa vida e a paixão crescia cada vez mais, ela falou que queria muito passar um tempo só nós dois, que queria fazer coisas comigo, que sentia saudades de mim, não conseguia ficar sem mim, adorava passar tempo comigo, até aí eu pensei que tinha encontrado a mulher da minha vida por que tudo que eu falava era correspondido e eu passei a amar ela, até que chegou o começo dessa semana, desde segunda feira ela estava muito mal pelo amigo estar longe (na verdade desde aquele dia que eu mandei as prints ela estava mal mas no começo dessa semana estava pior) todos os dias eu fazia ela sair sorrindo do colégio e isso me fazia muito bem, ela falava que estava muito triste no começo da manhã e 30 minutos depois eu fazia ela ficar extremamente feliz, no começo dessa semana marcamos de sair e a mãe dela deixou e então saímos.
O encontro: antes do encontro eu estava muito nervoso, parecia que eu ia ver ela pela primeira vez, o começo foi simplesmente incrível começamos a conversar e estava muito bom, andamos um pouco no centro e fomos pra um lugar ficamos abraçados lá por muito tempo, até que chegou um amigo dela que ela não via a muito tempo, o cara era muito gente boa, depois de conversar com a gente ele foi queimar um, e então ela viu e comentou comigo eu não liguei muito por que havia pedido pra ela parar de fumar e só troquei de assunto, o cara volta e conversa mais um pouco com a gente e pergunta se a gente queria fumar, eu falei que eu não queria e ela virou e pediu pra mim se ela podia e se eu não ia ficar bravo, eu falei que ela devia fazer o que ela quisesse e ela foi fumar, eu fiquei olhando pra ela e me senti muito impotente por não impedir ela, pois eu pensava que ela não ia aceitar por que tinha me prometido que nunca mais ia fumar, me senti muito mal e depois de ela fumar ela disse "foi só um pra matar a saudade" e me deu um beijo, eu estava meio mal mas não demonstrei isso por que não queria estragar o nosso primeiro encontro, depois a mãe dela chegou eu levei ela até o carro e ela começou a agir meio estranho, queria dar um beijo nela e ela recusou, mas eu pensei que era por causa dos pais e nem liguei muito, ela voltou pra casa e começou a mandar mensagens normalmente, gostei muito de passar um tempo só nós dois e ela disse que adorou tbm, passou mais umas horas e ela me manda uma mensagem falando que aceitou o pedido do cara, primeiro pensei que ela estava brincando e perguntei de novo, ela disse que deu a entender que sim e falou que a gente precisava se afastar por que isso ia ser um risco pra nós dois.
Antes do cara ir pra longe ele mandou os amigos dele ficarem de olho nela e que se qualquer um tentasse algo com ela era pra eles darem um jeito, ela mandou mais algumas mensagens e disse que agora infelizmente não era o momento pra nós dois, depois desse tempo me prometendo o mundo ela simplesmente decidiu de uma hora pra outra desistir de mim, eu fiquei muito mal e não consegui dormir naquela noite, fui pra aula muito mal me questionando o que eu fiz de errado, se ela realmente ligava pra tudo que eu falei, se eu fui só mais um pra ela, então eu pensei em umas mensagens pra falar pra ela (ela não foi na aula nesse dia), precisei esclarecer umas coisas e ela não respondeu basicamente nenhuma das minhas perguntas, falou a única coisa que eu errei foi comigo mesmo em tentar algo com uma pessoa difícil, conversamos por mais um tempo ela disse que eu era incrível mas esse não era o momento pra nós dois, isso ficou martelando na minha mente e de noite ela perguntou se estava tudo bem a gente ser amigos, eu disse que sim mas que ia ser difícil no começo, tentei conversar com ela como amigo, mas não deu, o que sinto por ela eu nunca senti por mais nenhuma pessoa, eu perguntei mais algumas coisas e ela me revelou que desde o dia que eu mandei as prints ela havia aceitado o pedido do cara e que durante a maioria do tempo que estávamos conversando ela estava namorando com esse cara.
Revelações: Descobri que na verdade durante todo o tempo que nós conversávamos ela estava na duvida em quem escolher e que ela não tinha parado de fumar por que eu pedi pra ela e sim por que a mãe dela estava fazendo exames toxicológicos nela, ela me mentiu sobre basicamente tudo o que eu perguntei pra ela.
Desabafo: Desde que isso aconteceu eu não consigo seguir a minha vida, essa dor não vai sumir do dia pra noite mas o que eu sinto por ela é muito forte ainda, desde que conheci ela eu me apaixonei, quanto mais eu conversava com ela mais eu me apaixonava, tudo nela pra mim é perfeito e pra mim eu só fico contando mais e mais mentiras, que ela só se afastou pra me proteger de tudo isso, o que sinto por ela não é normal, não conseguia passar um tempo sem estar com ela, eu me entreguei completamente e não consigo entender direito o que aconteceu, como uma pessoa que já passou por isso pode replicar isso em outra pessoa, sendo que ela sabe o quão ruim isso é, ela fala que não queria me machucar mas como você não vai machucar uma pessoa que você prometeu o mundo e do dia pra noite decide que enjoou, fala pra eu me cuidar por que se não eu vou me machucar, mas isso já aconteceu, tudo que a gente viveu foi uma ilusão por que eu fui só mais um, ela namora o cara e eu fui o amante, eu odeio traição e eu fui o amante, tudo bem que eu não sabia mas não consigo me perdoar, não consigo me perdoar por não fazer ela desistir de todas essas merdas que ela fez/faz, por não desistir desse cara que já traiu ela várias e várias vezes, eu fui só um tampa buraco e um brinquedo que não presta mais, ela diz que se sente mal e que pensa que foi só mais uma garota que me decepcionou, pra ela eu posso ter sido só mais um, mas pra mim ela foi a mulher da minha vida, eu simplesmente não entendo como isso pode acabar do dia pra noite, ou quando ela começou a desistir de mim, o que eu fiz ou deixei de fazer pra agradar ela, não consigo parar de pensar o quão burro, escroto e impotente eu sou por não impedir ela de fazer isso e estar aqui desabafando, e seu fizesse o que ela talvez queria, ela ia desistir de tudo isso e viver comigo? eu não sei e provavelmente nunca vou saber, talvez eu tentei demais ou deixei de tentar, só consigo pensar nela, as minhas roupas tem o cheiro dela, eu estou com saudade do começo dessa semana, é difícil lidar com isso e agir como se fosse nada, por que não foi, a emoção de trocar olhares com ela, de dormir cedo pra acordar no outro dia desposto pra falar com ela durante horas e não prestar atenção em mais nada a não ser nela, como ela age, como ela sorri, como ela tá respirando, a risada dela, os olhos dela, como o cabelo dela cresceu, que tênis ela tá usando, como ela muda quando eu estou abraçando ela, a voz dela, se eu estou fazendo ela bem, se ela se sente bem comigo, se ela se importa comigo, eu estou com saudade de tudo isso e simplesmente não consigo entender isso agora, talvez nunca entenda, sei que não vai durar pra sempre por que assim como não há bem que nunca se acabe não a mal que dure pra sempre, se todo mundo soubesse o futuro iria evitar um monte de coisa mas esse não é o caso, se eu pudesse voltar no tempo faria tudo igual por que se não, não iria ser eu, não seria real, estou com saudade da duvida de escolher qual vai ser a combinação de cor das unhas que eu vou escolher pra ela fazer, de como a gente conversava, como ela sentia ciúmes de mim, como eu tentava reconfortar ela, como eu não conseguia comer direito por que eu queria passar mais um tempo com ela, não sinto mais nada além de ser incapaz de tudo, ser incapaz de ver ela me esquecer e seguir em frente, ser incapaz de ver ela cuidar da vida dela e eu da minha, eu não consigo isso cara, posso ter sido mais um no meio de tudo isso, ou ter sido único, pensar que ela realmente ter gostado muito de mim e só fez isso pra me proteger, eu não consigo parar de mentir pra mim mesmo, não consigo enxergar o quão horrível foi isso, por que pra mim tudo que nós vivemos foi incrível e cortaria meu braço pra voltar desde o começo, só consigo pensar nela me abraçando, no cheiro dela, como tudo ficava meio que embasado quando eu estava perto dela, o que deixei de fazer pra passar mais tempo com ela, o que poderia ter deixado de fazer pra passar mais tempo com ela, não ligava pra o que acontecia ao meu redor a não ser nela, eu poderia passar horas listando o quanto de coisa vergonhosa eu fiz pensando que isso seria pra sempre, pensando no nosso futuro, eu ajudando ela a se livrar de toda essa merda, só consigo pensar nela é como se eu tivesse caindo e nunca atingisse nada, eu não consigo fazer outra coisa a não pensar nela e como eu poderia passar mais tempo com ela, de mãos dadas, abraçados, incomodando ela, fazendo ela rir por que isso é o que me trazia conforto, reparar que ela tá começando a falar igual a mim, falando as mesmas gírias que eu, deixando de estar envergonhada que eu conheci no começo do ano, eu me odeio por isso e não consigo me desculpar por não conseguir fazer ela feliz pra sempre, só penso no jeito dela, na maquiagem diferente que ela fez, no rímel que ela passou, saudade da dúvida do que falar pra agradar ela, na dúvida de que música mostrar pra ela, como ela é linda, como eu poderia fazer ela feliz, na dúvida de saber se é recíproco, mas obviamente não é, pelo menos não do mesmo jeito, eu não desisti dela ainda e isso é duro, eu ainda quero passar minha vida com ela, e só penso em como ou o que eu devo fazer pra trazer ela de volta, se ela se arrependesse e me mandasse mensagem daqui 1h me querendo de volta, eu aceitaria e isso aconteceria se fosse daqui 3 meses, 7 meses, 1 ano, ela me marcou de um jeito que nenhuma outra pessoa fez, eu posso ter me apegado a uma imagem que eu criei dela, mas enquanto mais eu falava e convivia com ela mais eu me apaixonava, obviamente tudo isso vai passar, eu afirmo coisas agora mas daqui uns dias isso provavelmente vai ser bem diferente, por que não passa de uma paixão na adolescência.
Obs 1: Tive que mudar algumas coisas e não dar muitas datas por que isso ia revelar muito do pessoal e poderia dar problema pra mim.
Obs 2: Desculpa pelos erros de português e pelo desabafo bem leviano mas resumi um pouco do que estou sentindo, meus dias tem sido assim, ficar repetindo esses sentimentos, criando novas perguntas e etc... é foda agora mas daqui um tempo isso vai passar, querendo ou não eu me livrei de uma bomba gigantesca mas eu estava quieto e foi ela quem me botou nisso, não xinguei ela em nenhum momento e nem confrontei ela, acho isso ridículo, só falei o que senti por ela, botamos meio que um ponto final nisso, só quero o bem dela e que ela se livre das coisas ruins que estão acontecendo com ela, ainda amo muito ela e vou ter que lidar com isso, só quero o melhor pra ela e que nossas vidas fiquem muito melhores, infelizmente não vou poder participar da vida dela mas é isso, boa sorte pra quem ler e se cuidem, nunca se entreguem e se joguem de cabeça logo no começo, primeiro pensem em vocês, estava ciente disso mas a paixão cega a gente, por favor só se cuidem e pensem no que estão fazendo, não estraguem o futuro de vocês e isso não é só sobre relacionamentos.

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2024.03.31 05:12 Beginning_Plane_8241 Meu marido e meus pais não se suportam

Bom pessoas, para contexto vou separar tudo para que fique fácil de entender, se puderem dar uma opinião sincera eu agradeço.
Antes:
Para começar o meu relato eu vim de um núcleo familiar de 5 pessoas. Minha avó, mãe, pai, irmão e eu, todos morávamos em uma cidade pequena. Minha avó e minha mãe são narcisistas, meu pai passivo e meu irmão o dourado. Temos 10 anos de diferença de idade entre eu e meu irmão. Eu nunca podia sair, e se eu tivesse amigas eram humilhadas na minha frente pela minha avó e pela minha mãe que concordava com tudo, evitava as pessoas na escola e tudo o que eu podia fazer era cuidar do meu irmão, assistir filmes, jogar e desenhar.Aos 16 anos tive que obrigatoriamente aprender a profissão da minha mãe e trabalhei para ela até os 21 anos de idade recebendo apenas 200 reais por mês ( segundo ela, o resto do dinheiro era para despesas) sendo que o que apenas eu conseguia fazer de produção era mais ou menos 2000 reais. Após algum tempo conheci meu marido por um jogo online, depois de 1 ano de interação via MSN, nós resolvemos nos conhecer, ele veio para morar comigo e com meus pais (não avisei a ele sobre meus pais pois até então eu achava tudo aquilo normal). Meu marido chegando aqui começou a trabalhar e ajudar em casa, mas minha mãe exigia que ele desse 1000 reais para as despesas sendo que ele recebia 1200 e nós dois estávamos tentando juntar pra comprar nossos móveis. Ele me aconselhou que isso não era justo o que estavam fazendo com a gente, minha mãe vendo que a situação não estava boa para ela, começou a humilhar ele, chamando ele de várias coisas horríveis, fazer chantagem e manipulação emocional comigo. Eu fui conversar com ela sobre o salário, se ela poderia tentar amenizar a situação para mim conseguir comprar meus móveis então nós dois fomos expulsos da casa dela ( segundo ela teria que ser do jeito dela, e se não fosse na casa dela não ficamos).
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2024.03.31 05:04 Beginning_Plane_8241 Meus pais e meu marido não se suportam e eu não sei o que fazer

Bom pessoas, para contexto vou separar tudo para que fique fácil de entender, se puderem dar uma opinião sincera eu agradeço.
Para começar o meu relato eu vim de um núcleo familiar de 5 pessoas. Minha avó, mãe, pai, irmão e eu, todos morávamos em uma cidade pequena. Minha avó e minha mãe são narcisistas, meu pai passivo e meu irmão o dourado. Temos 10 anos de diferença de idade entre eu e meu irmão. Eu nunca podia sair, e se eu tivesse amigas eram humilhadas na minha frente pela minha avó e pela minha mãe que concordava com tudo, evitava as pessoas na escola e tudo o que eu podia fazer era cuidar do meu irmão, assistir filmes, jogar e desenhar.Aos 16 anos tive que obrigatoriamente aprender a profissão da minha mãe e trabalhei para ela até os 21 anos de idade recebendo apenas 200 reais por mês ( segundo ela, o resto do dinheiro era para despesas) sendo que o que apenas eu conseguia fazer de produção era mais ou menos 2000 reais. Após algum tempo conheci meu marido por um jogo online, depois de 1 ano de interação via MSN, nós resolvemos nos conhecer, ele veio para morar comigo e com meus pais (não avisei a ele sobre meus pais pois até então eu achava tudo aquilo normal). Meu marido chegando aqui começou a trabalhar e ajudar em casa, mas minha mãe exigia que ele desse 1000 reais para as despesas sendo que ele recebia 1200 e nós dois estávamos tentando juntar pra comprar nossos móveis. Ele me aconselhou que isso não era justo o que estavam fazendo com a gente, minha mãe vendo que a situação não estava boa para ela, começou a humilhar ele, chamando ele de várias coisas horríveis, fazer chantagem e manipulação emocional comigo. Eu fui conversar com ela sobre o salário, se ela poderia tentar amenizar a situação para mim conseguir comprar meus móveis então nós dois fomos expulsos da casa dela ( segundo ela teria que ser do jeito dela, e se não fosse na casa dela não ficamos) Fui trabalhar em mercado e ele em restaurante, eu recebia 900 e ele 1200 (valor aproximado) Fomos comprando as coisas aos poucos mas com muito sacrifício. Até que recentemente minha mãe me chamou para trabalhar com ela de novo, eu pensei um pouco mas resolvi aceitar pois o que eu receberia dava pra sustentar não só nós dois mas também conseguir juntar dinheiro para investir e guardar. Mas no acordo eu ajudaria no material e na conta de energia (o que seria justo atualmente), mas meu marido está muito impasciente, reclama muito dos meus pais, o que ele não tinha por mais de 10 anos que estamos juntos e também qualquer coisa que eles façam como, esquecer que precisa comprar material e gastar todo dinheiro deles e eu ter que comprar, tudo o está irritando. O que eu poderia fazer nessa situação? Eu sou babaca?
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2024.03.31 04:55 Beginning_Plane_8241 Meus pais e meu marido não se suportam

Bom pessoas, para contexto vou separar tudo para que fique fácil de entender, se puderem dar uma opinião sincera eu agradeço.
Para começar o meu relato eu vim de um núcleo familiar de 5 pessoas, minha avó, mãe, pai, irmão e eu, todos morávamos em uma cidade pequena. Minha avó e minha mãe são narcisistas, meu pai passivo e meu irmão o dourado. Temos 10 anos de diferença de idade entre eu e meu irmão. Eu nunca podia sair, e se eu tivesse amigas eram humilhadas na minha frente pela minha avó e pela minha mãe que concordava com tudo, evitava as pessoas na escola e tudo o que eu podia fazer era cuidar do meu irmão, assistir filmes, jogar e desenhar.Aos 16 anos tive que obrigatoriamente aprender a profissão da minha mãe e trabalhei para ela até os 21 anos de idade recebendo apenas 200 reais por mês ( segundo ela, o resto do dinheiro era para despesas) sendo que o que apenas eu conseguia fazer de produção era mais ou menos 2000 reais.
Após algum tempo conheci meu marido por um jogo online, depois de 1 ano de interação via MSN, nós resolvemos nos conhecer, ele veio para morar comigo e com meus pais (não avisei a ele sobre meus pais pois até então eu achava tudo aquilo normal). Meu marido chegando aqui começou a trabalhar e ajudar em casa, mas minha mãe exigia que ele desse 1000 reais para as despesas sendo que ele recebia 1200 e nós dois estávamos tentando juntar pra comprar nossos móveis. Ele me aconselhou que isso não era justo o que estavam fazendo com a gente, minha mãe vendo que a situação não estava boa para ela, começou a humilhar ele, chamando ele de várias coisas horríveis, fazer chantagem e manipulação emocional comigo. Eu fui conversar com ela sobre o salário, se ela poderia tentar amenizar a situação para mim conseguir comprar meus móveis então nós dois fomos expulsos da casa dela ( segundo ela teria que ser do jeito dela, e se não fosse na casa dela não ficamos). Fui trabalhar em mercado e ele em restaurante, eu recebia 900 e ele 1200 (valor aproximado). Fomos comprando as coisas aos poucos mas com muito sacrifício. Até que recentemente minha mãe me chamou para trabalhar com ela de novo, eu pensei um pouco mas resolvi aceitar pois o que eu receberia dava pra sustentar não só nós dois mas também conseguir juntar dinheiro para investir e guardar. Mas no acordo eu ajudaria no material e na conta de energia (o que seria justo atualmente), mas meu marido está muito impasciente, reclama muito dos meus pais o que ele não fez por mais de 10 anos e também qualquer coisa que eles façam como, esquecer que precisa comprar material e gastar todo dinheiro deles e eu ter que comprar, tudo o está irritando. O que eu poderia fazer nessa situação? Eu sou babaca?
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2024.03.29 15:34 Sad-Space-2604 Entrei na TI por dinheiro e foi a melhor escolha que eu fiz na minha vida

ALERTA DE TEXTAO: se quiser ir mais direto ao ponto pule os 2 primeiros parágrafos.
ano era 2022, e eu cursava letras na segunda faculdade mais prestigiada do Brasil. Nessa época, eu tinha crises de ansiedades praticamente todos os dias por insegurança com a carreira e exaustão
Me via acordando as 6 e chegando em casa as 19 simplesmente pra estudar em outra cidade. Era uma rotina exaustiva pra um curso que eu amava de paixão, mas que eu sabia que não ia me garantir uma vida boa. Além disso, eu sou pobre, então a unica parte boa que eram as festinhas eu nunca tinha grana pra ir.
Um dia eu decidi mudar de vida. Via as pessoas falando de salarios altos em TI, gente que ganhava 4k com poucos anos de carreira e evoluía pra 10k. Troquei o período integral na Unicamp por meio período no IFSP cursando ADS e fui estudar igual um condenado. Eu estudava MUITO e embora não fosse a paixão da minha vida (letras) eu gostava. Fui muito bem na prova de algoritmos e POO, gabaritei a matéria de sistemas operacionais, aprendi a criar CRUD nas matérias de banco de dados, enfim, era um aprendizado morno e decente.
Meu primeiro emprego foi uma oportunidade de jovem aprendiz de TI. Eu ganhava 700 reais no bruto com auxilio alimentação de 300 reais, e nisso eu aprendi o básico do básico na carreira de testes. Fiquei uns 5 meses mas eu não tava satisfeito, eu queria MAIS.
Foquei em aprender um pouco de automação com python e consegui um estágio nessa área de testes e automação. Agora eu ganho 2000 reais + 800VA trabalhando 6 horas por dia.
Foi a melhor decisão que eu ja tomei na VIDA. Eu ja trabalhei de caixa de supermercado me fodendo por horas pra ganhar um salário mínimo, já fui atender em restaurante levando chapisco de cliente e já fiz freela em shopping ficando horas e horas em pé por 75 reais, perto disso eu to no CÉU
Agora eu vivo uma vida boa e despreocupada. Moro com meu pai então eu ajudo com todo o VA e uns 300 reais e todo o resto da grana fica comigo. Eu uso 70% pra investir e o resto pra me divertir. Nunca mais tive crises de ansiedade e tenho uma ótima perspectiva para o meu futuro.
Sim eu ainda ganho bem pouco, mas é mt mais doq eu estaria ganhando estagiando em QUALQUER outra área, e sei que se eu for efetivado vou ganhar muito mais. Enfim, enquanto isso eu invisto meu dinheiro, tenho segurança financeira e nunca Estive tão feliz
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2024.03.27 23:42 General_pratz Ouija y posesiones

La OUIJA acabó DESTRUYENDO sus VIDAS Hoy hablaré de algunos casos en los que la práctica de la ouija, mal llamado juego, terminó por poseer o arrasar con las vidas de quienes lo practicaban. Ese tablero con letras y números, al que llamamos ouija, es utilizado por muchos para comunicarse, entre comillas, con el más allá. Ya desde la antigüedad, el ser humano ha intentado conectar o saber más de ese otro lado que desconocemos. El conocido filósofo y matemático Pitágoras, en el siglo VI antes de cristo, aseguraba que el alma era inmortal. Decía que él era capaz de recordar algunas de sus vidas pasadas. Además, contaba con un sencillo ingenio, de su propia creación, con el que aseguraba que podía comunicarse con las almas que estaban al otro lado de la realidad. A lo largo de la historia, se han empleado diferentes métodos, para tratar de lograr obtener comunicación, o conocimiento, de ese posible otro plano de existencia que está más allá de los vivos. En los últimos tiempos, se extendió este tablero o tabla que conocemos como ouija y que es el más popular y empleado para tratar de realizar esta conexión. Pero, en realidad hay una gran discusión sobre con qué es con lo que se contacta o si no existe contacto de ningún tipo. Muchos expertos hablan de que lo que ocurre cuando las personas practican la ouija, es un fenómeno de sugestión, en algunos casos colectiva. Esta sugestión puede llevar a los implicados en la práctica, a caer en la creencia de que han sido poseídos tras haber contactado con un ente maligno. Por otro lado, hay quien dice haber logrado conexiones genuinas y que, de esta forma, han obtenido información que desconocían y a la que no hubieran tenido acceso de otra manera. En este aspecto, es muy famosa la resolución del caso del secuestro del político Aldo Moro, en 1978, en Italia. Un grupo de profesores de la Universidad de Bolonia, decidieron realizar a modo de prueba, una sesión de ouija para consultar el paradero del político. Durante la práctica, el misterioso tablero les devolvió una sola palabra “Gradoli”. Días después, se encontró al desdichado político ya sin vida, pero, tras la investigación, se supo que había estado retenido y encerrado en una casa llamada Via Gradoli, en los suburbios de Roma. ¿Es posible que estos profesores lograran una conexión real que les otorgó esta información para ayudar en la búsqueda de este hombre? O, por otro lado, podría ser que de alguna forma, alguno de los presentes, contara con este dato de antemano, pero, para no verse implicado no quería decirlo directamente, y, a través de este, digamos “juego” de la ouija, pudo deslizar la información sin temor a no mezclarse como sospechoso ¿Qué opinas? ¿Crees que en realidad un espíritu les dio esta información? ¿O piensas que alguien trató de descubrir algo que ya sabía sin verse envuelto en el asunto? Déjame saber tu opinión en los comentarios. Por otra parte, son muchos los vídeos que se pueden encontrar en internet y redes sociales de personas que están realizando sesiones de ouija en diversas circunstancias. En muchos casos, uno o varios de los implicados comienza a actuar de forma extraña. Algunos, presentan convulsiones, taquicardias, mareos, desorientación, o bien se comportan de formas totalmente inesperada, gritando o atacando a los otros participantes con agresividad. En otras ocasiones, podemos ver el vaso o moneda que se emplea para marcar las letras, moviéndose por su propia cuenta o siendo lanzado por una fuerza invisible. En muchos vídeos se puede apreciar el pánico genuino que esta situación genera en los participantes, en otros, el hecho de que es un montaje creado solo para conseguir visualizaciones y atención es más que evidente. ¿Qué opinas? ¿Crees que esos vídeos que tanto circulan por las redes tienen credibilidad? O sencillamente son solo actuaciones para asustar y generar visitas. Hoy comenzaremos hablando de un triste caso que se dio en España en el siglo XX. Caso 1. El niño que jugaba solo Tito era un niño bastante tímido. Este no es su verdadero nombre pero, lo llamaremos así por respetar la privacidad de la familia. Como digo, era un niño tímido, no tenía muchos amigos. Además, por circunstancias familiares, sus padres, no podían pasar mucho tiempo atendiéndolo, por lo que el chico pasaba muchas horas solo. Un día, Tito descubrió el tablero de la ouija. Probablemente influenciado por sus compañeros de la escuela. O incluso es posible que en su mismo colegio fuera donde realizara su primera sesión. Para él siempre, fue a modo de juego, y es muy posible que en esas primeras sesiones que realizó con compañeros, no se tratara de más que eso. Un simple juego en el que algunos niños, trataban de asustar a otros, o simplemente de reírse. El problema es que Tito, convencido de que no se trataba más que de un simple juego, comenzó a realizar sesiones de ouija por su cuenta. Hay muchos expertos que apuntan que la práctica de la ouija nunca se debe realizar en solitario. Por otra parte, en lo que todos coinciden, es que no es un juego y mucho menos destinado a ser usado por niños. Así pues, en este punto, se conjugan dos de las situaciones menos recomendadas. Pues Tito, siendo solo un chiquillo, ajeno a los peligros, comenzó a practicar sesiones de ouija en solitario. Poco a poco, se fue aislando más y más. Hasta que llegó un punto en el que toda su actividad, cuando regresaba del colegio, era encerrarse en su cuarto y practicar con el tablero. Su familia, que no tenía posibilidad de prestarle atención, no se preocupó de alejar o advertir a Tito sobre esta práctica, hasta que, por desgracia, un día, fue demasiado tarde.
Así fueron transcurriendo los días, Tito pasaba todas las tardes solo, con lo que él y su familia consideraban, “jugando” con este misterioso tablero. Hasta que, un día que parecía como cualquier otro, su familia se encontró con el fatal desenlace. Tito había saltado desde la ventana de su habitación en un noveno piso. En su cuarto, tan solo encontraron la misteriosa tabla ouija y una carta de despedida. En la carta, el niño explicaba que sus únicos amigos eran los que tenía al otro lado. Por supuesto, se refería a aquello con lo que contactaba cuando hacía sus intensivas sesiones con la ouija. En estas líneas que Tito escribió antes de quitarse la vida, decía que, según le había indicado el tablero, saltar desde su ventana, era la única forma de reunirse con sus amigos del más allá. Caso 2. Ouija y exorcismos. La famosa película El Exorcista, donde una niña poseída por entes demoníacos es atendida por un cura que le realiza exorcismos, está basada en un libro con el mismo nombre. Pero, este libro, a su vez, está basado en un hecho verídico ocurrido en Missouri en 1949. En estos días, un joven de 14 años que acababa de perder a su tía, decidió que sería una buena idea tratar de contactar con el espíritu de ella a través de la tabla ouija. El joven estuvo tratando de realizar esta conexión en diversas ocasiones, pero, no logró efectuar el contacto que buscaba. Sin embargo, tras la práctica con el tablero, empezaron a ocurrir cosas muy extrañas alrededor del chico. Su familia aseguraba que la cama del chaval se movía violentamente, que algunos objetos de su habitación se proyectaban en el aire y caían lanzados por misteriosas fuerzas. Además, empezó a presentar unas raras ronchas en su piel y a tener comportamientos muy anormales. Finalmente, tras la visita de un padre experto, este determinó que el joven estaba poseído por un ente maligno. En este caso, fueron necesarias dos intervenciones de exorcismos para que el chico, afortunadamente, recuperara la normalidad. Caso 3. Acabó con su vida tras jugar En junio de 2012, un extraño vendedor ambulante que nadie conocía llegó hasta Buenaventura en Colombia. Este hombre vendía diferentes cosas y baratijas que iba encontrando, entre ellas, dio con un antiguo tablero de ouija que rápidamente puso a la venta entre sus ofertas. Ese día, un joven de 17 años, llamado Julio César Miranda, se encontró con este vendedor a la salida de su centro de estudios. Hasta entonces, Julio era un chico normal, centrado en sus estudios, le gustaba la música y dibujaba muy bien, según cuenta su madre. Pero, aquel día, tras comprar a este extraño vendedor ambulante la antigua tabla ouija, le pidió a su amiga Jessica Mosquera que jugaran juntos. Los jóvenes solo querían curiosear, descubrir si aquella famosa y misteriosa tabla funcionaba y tratar de establecer alguna conexión de manera inocente. Sin embargo, según ellos mismos explicaron más tarde, fue Belcebú quien los contactó. Tuvieron una extraña y aterradora sesión que duró 3 horas. Durante la misma, supuestamente contactaron con una entidad, que se presentaba como el demonio Belcebú. Este demoníaco ser maligno le exigió a Julio obediencia. Además, este ser diabólico con el que contactaron a través de la ouija, le pidió a Julio que quería que le ofreciera la vida de su hermana y de su madre como sacrificio. La primera noche que pasaron tras practicar la ouija, los jóvenes estaban horrorizados. Cada uno en sus respectivas casas, tuvieron problemas para dormir. Ambos tuvieron pesadillas. Al día siguiente, ya nada sería igual para Julio César Miranda, que comenzó a cambiar por completo su comportamiento. No atendía en clase, no se presentó al trabajo, y le comentó a su madre que había empezado a escuchar voces. Por su parte, Jessica Mosquera, su amiga y compañera en esta práctica de la ouija, también había empezado a escuchar inquietantes voces y a ver terribles figuras de sombras oscuras. La situación fue empeorando rápidamente. Así, un par de días después de la sesión de ouija de estos dos amigos, Julio, enloqueció por completo. Algunos testigos cuentan que salió a la calle corriendo y gritando completamente desnudo. Pero, su descenso a la locura, solo acababa de empezar. Una vez que estaba en la calle, sin ropa y gritando a los transeúntes, comenzó a hacer sus necesidades como un perro. Y no me refiero a hacer un pipí. Sino que se agachó y dejó allí sus excrementos. Tras lo cual, empezó a agarrar las heces con sus manos y lanzárselos a quienes pasaban por allí, sin dejar de gritar enloquecido. Aunque, por desgracia, este fue solo el comienzo. Un par de días después, Julio advirtió a su madre que si le veía comportarse de forma peligrosa, ella debía inmovilizarlo, incluso acabando con su vida si era necesario. El joven, le hizo esta extraña petición a su madre pues, según él mismo le explicó, las voces en su cabeza del malvado Belcebú, no paraban de repetir que le entregara la vida de su hermana y de su madre. Así que, temiendo por las vidas de su familia, Julio le pidió a su madre que se defendiera de cualquier forma necesaria. Sin embargo, esa misma noche, el propio Julio tomó un cubierto de los que se usan para cortar, muy grande y afilado y se atravesó a sí mismo el pecho en varias ocasiones. Estaba perdiendo sangre, así que su familia lo llevó al hospital. Pero, Julio, parecía actuar como si no hubiera ocurrido nada. Les dijo a los médicos que no le dolía nada, que aquellas eran heridas superficiales y sin ninguna importancia, que apenas podía notarlas. Tan tranquilo y seguro de sus palabras se mostró, que logró convencer al médico que lo atendía para que le diera el alta y así volver de vuelta a su casa. Allí, a causa de las graves lesiones que se había causado y de la pérdida de sangre, Julio, perdió la vida esa misma noche. Aquel día solo habían transcurrido 4 días desde que Julio y Jessica, hicieron aquella espeluznante sesión de ouija. Según cuenta el párroco Fernando de Alexis Jiménez, quien estuvo ayudando a la familia a superar estos terribles momentos, la compañera de Julio en esta práctica, también se vio muy afectada. Por suerte, ella consiguió salvar su vida, pero, la joven se veía envuelta en constantes pesadillas cada noche. Durante el día, escuchaba horribles voces, a lo que también se sumaba que veía sombras oscuras y alargadas. Como le comentó al párroco, ella calculaba de más de dos metros. Estas sombras no solo acechaban a Jessica, también las veía abalanzarse saltando sobre ella, especialmente a los pies de su cama. Finalmente, Jessica pasó dos meses internada en un hospital psiquiátrico hasta que las visiones y las voces desaparecieron. Afortunadamente, tuvo mejor suerte que su compañero Julio, el cual, acabó con su propia existencia, pues temía, como el mismo manifestó, acabar dañando a su madre y a su hermana, por orden, de aquel siniestro contacto que se presentaba como Belcebú, durante la sesión con la ouija antigua. Nunca más se supo nada del extraño vendedor ambulante que le vendió el tablero a Julio, ni de donde había salido realmente aquella tabla de ouija, de la cual, muchos cuentan, que estaba maldita desde el inicio. ¿Qué opinas tú? ¿Puede que Julio y Jessica contactaran con un demonio que obligó al chico a hacer cosas tan horribles? ¿Puede que la simple sugestión por practicar con la ouija pueda llevar a alguien tan lejos? O ¿es posible que estos chicos sufrieran de algún problema o enfermedad mental previos que se manifestaron tras una experiencia intensa como esta? Me encantará leer tu opinión si me la dejas en los comentarios. También, si hay algún caso del que te gustaría que hablara o quieres comentarme tu propia experiencia paranormal, no dudes en escribirme.
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2024.03.15 13:34 Henggo Em nome da Mãe, do Tio e do Pai (Kindle)

207 páginas
LGBTQIA+ drama ficção adolescente
Este livro pede para que olhemos para além das obviedades. Em "Em nome da Mãe, do Tio e do Pai: uma história baseada em três letras" eu conto a história de um menino de 12 dozes, Édrio Treslisdis, que deseja apenas responder uma pergunta: o que aconteceu com a sua mãe? Desde o desaparecimento dela e a morte de seu pai, Édrio tem vivido com a avó paterna, que acusa o neto de ser o responsável por todos os seus infortúnios ao longo da vida. Rosiska, uma religiosa fervorosa com rígidos preceitos de pecado e proibições, se recusa até mesmo a discutir o assunto, colocando-o no topo de sua extensa "lista de perguntas proibidas". No entanto, uma viagem de férias organizada pela escola proporciona a Édrio uma oportunidade para escapar dessa opressão. Na tentativa de compreender seu lugar no mundo e desvendar o enigma de seu passado familiar, Édrio irá redescobrir o que significa ser família, um conceito que o garoto nunca vivenciou na prática. Desde o interior do Maranhão até as movimentadas ruas da capital, São Luís; atravessando quilômetros de estradas e maravilhando-se com as belezas naturais do sul do estado, eu te mostrarei como três simples letras podem transformar não apenas a vida do Édrio, mas também a de muitas pessoas ao redor do garoto. Será surpreendente e emocionante.

[...]
I
O menino que fugiu da escola
Terços em mãos enrugadas
As ameaças de sempre
OS MURMÚRIOS DEIXARIAM QUALQUER UM TENSO. Havia algo de hipnotizante naqueles dedos enrugados em contato com as contas do Rosário. A cada Ave Maria o menino ficava na expectativa de que a mulher fosse se virar e cumprir a ameaça feita durante toda uma vida: “eu vou te dar para a adoção”.
Óculos na ponta do nariz, cabelos arrumados em um turbante que ela dizia ser “de cores neutras e respeitosas”, blusa de tema floral, calça bege. A bolsa de apenas um palmo e meio de comprimento carregava o essencial: chave de casa, documentos de identificação, livrinho de cânticos, Bíblia, terços. Muitos terços. E lá pelo fundo, ele sabia, haveria duas fotos, dessas antigas e já amareladas, deixadas ali por esquecimento, mas também como recordação de uma outra vida, um outro mundo onde as coisas eram mais simples e até sorridentes. Em uma delas era possível ver um homem negro, sorridente, bigodes cheios, parecendo muito orgulhoso de ter tirado aquela fotografia apoiado no caminhão. Na segunda, estaria um adolescente com sorriso semelhante ao daquele homem, barba rala, jeito faceiro, todo sujo de graxa, com uma chave de roda em uma das mãos e uma chave de fenda enfiada no cabelo black power como se fosse um pente.
Mas era o olhar daquele garoto da foto, a expressão que o menino via todos os dias quando se olhava no espelho, que fazia Édrio fazer a pergunta-base de seus doze anos de existência:
— Por que o senhor me deixou aqui?
— Como é que é?
A mulher se virou para ele a ponto de flagrar a palidez do neto. Costumava dizer que “preto não fica pálido, mas cinza”, porém, naquele dia, sentados no sofá da diretoria, ela o viu ficar branco, pálido, desquarado, cor de giz. Sustentou o olhar.
— Tá pensando que Deus vai te salvar agora, é? Rá, tá bom! — Descruzou as pernas e tornou a cruzar. — Não vai pra igreja, não se confessa, foge da crisma, não reza…
— Eu rezo sim!
— Pois eu não vejo. E Ele — enfatizou chacoalhando o Rosário no rosto do menino — menos ainda. Sabe por que Ele te deixou aqui: pra aprender a não mentir pra quem te dá comida e paga tuas contas. E digo mais: se fosse por mim, tu ficarias sentado nesse sofá por uns três dias de castigo, no martírio, pra aprender a respeitar as caras.
— Mas eu não desrespeitei ninguém. Eu já disse: como não teve as últimas aulas, a gente foi pro rio. Só isso.
— Só isso. — Imitou em falsete. — Só isso! Fica andando com esses moleques e vai pela cabeça deles pra ver o que o futuro te reserva. Anda, anda mesmo! Um bando de perdido sem freio, sem rédeas, sem Deus, sem nada! — A mão tremeu um pouco. Desistiu do Rosário e jogou-o sem cerimônia dentro da bolsa. Fechou o zíper com tanta força que quase o arrancou. — Vão virar tudo feirante, atendente de loja, limpador de fossa. Ou coisa pior.
— Eles são inteligentes…
— Rá, tá bom! Eu já consigo ver cada um deles: catador de papel, maconheiro, entregadora de folheto…
— ... caminhoneiro.
Édrio se arrependeu do comentário assim que o beliscão lhe torceu o couro do antebraço. Como a violência veio por cima do blusão da escola, a aspereza do tecido colaborou para o ardor ser três vezes pior. A avó aproximou o rosto a centímetros do dele, a ponto de o menino sentir o bafejar das seis xícaras de café que ela havia tomado desde que entrara ali.
— Um dia desses, eu te garanto, eu te largo num desses orfanatos e vou viver a vida que ela me tirou desde que te deixou comigo.
Soltou-o na mesma hora que a porta da diretoria se abriu. Peroba, ou melhor, Túlio, saiu acompanhado dos pais e do diretor. Enquanto os três se despediam, o colega lançou um olhar para Édrio e ergueu as sobrancelhas. Ia balbuciar algo, mas deu com a afetação felina de dona Rosiska junto ao neto e preferiu o silêncio. Quando os três saíram, o diretor olhou para os próximos da fila, fez uma cara de quem comeu algo azedo demais, e indicou que estava na hora da verdade.
Ao se levantarem, porém, a mulher fingiu acarinhar os cabelos do menino e aproveitou para lhe torcer a orelha. Édrio não precisou de muitos neurônios para entender o significado daquela equação: não me decepcione, senão…
O menino se limitou a suspirar.
Dessa vez, ficou cinza.
Furta-cor.
Cor de burro quando foge.
Jeito de gente abandonada à própria sorte.
[...]

DISPONÍVEL NO KINDLE
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2024.03.15 04:14 joelaltara Meu avô que morreu a 38 anos ainda vive, que nem minha avó e minha tia

Sabe quando dizem que a gente morre duas vezes, uma quando o coração para de bater e outra quando os corações param de se lembrar? Sai de ferias do meu trabalho no dia 4 deste mês e resolvi visitar alguns parentes meus que moram no sul do Pais junto com meu pai, esta viagem seria para ele poder rever alguns parentes já que ele esta com a saúde bem debilitada e somente deus sabe ate quando daria para ele fazer isso. Porem eu tinha outra coisa em mente (além de comprar salame e vinho) que era visitar o túmulo de minha falecida avó e tia que faleceram a 6 e 2 anos respectivamente.
A viagem em si foi agradável, tive alguns sustos com meu pai e seu joelho totalmente desgastado pela artrose e não consegui descansar tanto a mente por causa de uma tia faladora e alguns parentes inconveniente, porem tudo ocorreu dentro dos conformes ate o dia 9 que fomos ao cemitério para visitar minha Avó e minha Tia. Minha família sempre foi muito humilde e enquanto alguns tentavam conseguir mais as custas dos outros também tinha aqueles que entregavam de bom grado o próprio almoço para não ver a barriga do próximo roncar, de todos estes parentes altruístas a mais forte e incrível que conheci foi minha avó.
Ela era chamada por todos pelo apelido de "tia fia", quando criança eu perguntei a ela o porque do apelido e ela dizia que era tão antigo que ela não lembrava o porque casada desde sempre com um rapaz de bigode grande e de roupas dos pampas que era meio rabugento mas tinha um coração grande, ela não ficava pra trás e sempre vivia dando bronca no meu pai e seus irmãos por suas travessuras mesmo que no fundo ela ria com eles, era uma época diferente e na pobreza a violência crescia e se mexia, cabia a ela tentar de todas as formas manter seus filhos no caminho seguro e para isso ela teve que ser rígida na medida do possível, mesmo assim, ela nunca levantou sua mão para agredir nenhum deles. Seus filhos tiveram filhos e estes filhos tiveram outros, ela virou avó ela passou por muita coisa difícil, teve que ver alguns daqueles que ela tanto amou a machucar de forma covarde, viu seu marido sofrer um derrame e ficar seus últimos anos de vida numa cama e cuidou dele ate seu ultimo dia, teve que enterrar ele direto na terra com uma cruz simples porque não tinha dinheiro para gastar com coisas desnecessárias, mas além de tudo isso, ela viveu, viveu muito e sempre com sua cabeça erguida, todas as lembranças que tenho com ela sempre tem o sorriso dela brilhando tudo e ela nunca parou de sorrir, mesmo quando a vida provava ser algo amargo para engolir, ela foi a mulher mais forte que conheci, era um colosso entre os mortais, uma fundação entre os prédios era mais forte que a natureza e sempre seguiu em frente, ela faleceu em meio a brigas e traições de alguns de seus filhos, mas sempre agradeceu por cada novo dia que vinha, não foi de estranhar que ao fazer sua certidão de óbito nos descobrimos que ela tinha 107 anos na data de sua morte (sinceramente na época que ela nasceu as coisas eram mais bagunçadas, existe a possibilidade de ter um erro nos registros, mas prefiro apenas acreditar que ela tenha vivido uma vida longa e plena).
Minha tia era um caso complicado, seu nome era Isolda e ela sempre foi problemática, diziam que na juventude ela e minha avó sempre viviam brigando pelo tipo de vida que e a minha tia buscava, ela não queria ser alguém fardada a simplicidade, ela queria viver e era bonita para os padrões da época, teve seus affairs e teve suas desventuras, fez muitas escolhas questionáveis e pagou pelas suas escolhas, não quero levar aqui a ideia de que ela era promíscua ou santa e nem levantar a discussão de que ela agiu de forma incorreta ou não, gosto de imaginar o contexto da época e em como naquele tempo as pessoas como ela não tinham muita escolha além de tentar casar com alguém de boa índole e virar mãe em tempo integral, pensando desta forma ela vivia de uma forma além de seu tempo, ela não tinha medo de entrar numa briga, mais de uma vez ela havia cortado feio alguém que tentou se aproveitar dela e nunca deixou uma de suas amigas desamparadas, ela era um incêndio que brilhava muito e aquecia todos em sua volta, porem, que também queimava a todos que se aproximavam demais, inclusive a ela mesma. Ela teve problemas com alcoolismo, algo que na época não era levado a serio, ela teve um filho que o pai não assumiu mesmo após todas as suas promessas de amor eterno, ela teve este filho mesmo sabendo que não poderia cuidar dele, e no seu momento de maior solidão ela se reaproximou da minha avó que a aceitou de braços abertos e impediu de que a criança fosse a um orfanato assumindo ele como seu próprio filho, este filho era meu pai, minha tia era na verdade minha avó, soube isso num café com minha avó quando eu era adolescente, ela falava tranquilamente e nunca mudou a forma que tratou meu pai e a mim, meu pai teve que que viver como irmão da mulher que a teve mas ele não teve rancor nem nada do tipo, meu pai apenas dizia que para ele sua mãe era aquela que cuidou dele.
Minha tia continuou brigando para tentar conquistar seu mundo, sofreu suas novas desventuras, teve seus novos filhos de novos pais ausentes, teve suas novas recaídas com o álcool, mas ao mesmo tempo que tudo se repetia ainda existia aquela vontade de fazer tudo diferente, os demais filhos ela não abandonou, as recaídas eram mais espaçadas, suas amizades eram mais saudáveis, sua vida não foi um conto de fada, sua vida foi apenas.....vida, mas era sempre quis o melhor e sempre foi atrás daquilo que ela queria. Ela foi diagnosticada com esquizofrenia em seu final de vida, esta se agravou após a morte de minha avó, ela ficou seus últimos anos protegida de toda a intriga e brigas numa casa de repouso e recebia visitas frequentes, um dia sua saúde se foi e logo após ela também. Ambas estão juntas no mesmo jazigo e deixei flores para ambas, um buquê com muitas cores diferentes para minha tia que sempre gostava de extravagâncias e um buquê amarelo para minha avó que sempre gostou do simples, eu não ia visitar o sul desde a morte de minha avó e é estranho retornar lá sem ver ela e mesmo eu não sendo muito próximo da minha Tia não muda o fato que ela foi uma pessoa querida por todos em sua volta, as flores foram entregues por mim e meus primos junto com meu pai e seu irmão mais velho, todos lá visitando as duas, contando historias e lembrando delas.
Foi ai que aconteceu a ideia mais idiota da viagem ao sul, a ideia que graças a tudo nos não descartamos, meu avô como falei mais acima morreu após viver alguns anos com um derrame, a situação financeira que já era ruim ficou pior e ele foi enterrado num cemitério publico que na época estava passando por expansão, ele foi enterrado direto na terra e a única coisa que mostrava que ali existia uma cova era a cruz de pedra lisa que foi doada pelos antigos amigos de caça de meu avô, ele faleceu em 1986, as lapides e jazigos foram construidas, e com os anos eles foram abandonados, desmoronando e sendo substituídas por outras que eram enterrados no local, infelizmente e o fim de tudo, no fim o que sobra e o pó, e meu pai e tio achavam que aonde meu avô tinha sido enterrado tinha sido soterrado e perdido a muito tempo, a ideia foi em tentamos procurar a lapide de pedra dele, já que existia a pequena possibilidade de ela ainda esta no local aonde ele havia sido enterrado. O problema e que desde aquela época o cemitério cresceu umas 10x e mudou tudo, e a única referencia que tínhamos era que tinha uma arvore próxima da lapide dele, então eu e meus primos movidos por um emocional bagunçado e muita boa vontade começamos a fuxicar todas as lapides daquela região para tentar encontrar aonde estava meu avô, depois de vários minutos, uma insolação leve, ter levantado uma centena de cruzes antigas que tinham tombado com o tempo, no ultimo instante antes de desistir daquela ideia e aceitar que não existiria mais a lapide de meu avô, encontramos a cruz, agora desgastada por chuva e sol, e com as letras quase invisíveis que só conseguimos reconhecer por causa do sol que refletia.
E foi assim que reencontramos a cova do meu avô que morreu a 38 anos, ele era um homem simples, gostava de cavalos, gostava de vinho, cigarros, chimarrão e churrasco, gostava de minha avó e de seus filhos, gostava de um trabalho bem feito, tinha armas e atirava bem, porem nunca gostou da ideia de seus filhos usando elas, ele teve seu primeiro AVC quando meu pai era uma criança, na época ele mancava e não conseguia trabalhar direito, mesmo assim ele sempre trabalhou para apoiar em casa, ele ensinou meu pai e seus outros filhos sobre como o trabalho honesto era o melhor tipo de trabalho e mesmo ele sendo gaúcho macho ele acabou chorando ao ver meu pai indo embora rumo a SP. Ele ensinou meu Tio a atirar e quando viu que estava ficando velho ele passou seu emprego para meu Tio que assumiu por ele, logo depois ele teve outro derrame e desta vez não saiu mais da cama, ele sempre se via como um peso para minha avó (mesmo ela corrigindo ele inúmeras vezes) e gastou seus últimos anos aconselhando meus tios da melhor forma que podia e quando ele morreu ele estava em paz consigo mesmo. Após reencontramos aonde ele foi enterrado, já estamos planejando remover a cruz e colocar junto com o jazigo de minha avó para eles ficarem juntos, além de estamos colocando as imagens deles para que assim no futuro todos possam ver os très, foi tão inacreditável reencontrar a lapide que ate um churrasco fizemos no dia para comemorar e nisso todas estas historias e outras mais foram lembradas, além de que isso me fez pensar, tipo, faz tanto tempo, tantas coisas aconteceram, e mesmo assim as pessoas ainda lembram deles e ainda sorriem e choram por pensar neles. Da medo pensar e imaginar se no futuro alguém ira se lembrar assim de mim, visitara aonde estarei enterrado e ira se recordar de coisas bobas que eu fiz e de quem eu fui, mas junto com este receio veio uma onda de animo, tipo, nada foi perdido, minha avó ainda esta lá e ainda vejo o sorriso dela, meu pai ainda vê o sorriso de meu avô e ainda se lembra de como a sua "mãe-irma" era meio doida e engraçada, tudo isso esta aqui e ainda estará, mesmo após a morte de meus pais, mesmo após minha própria morte, tudo se encontra e tudo seguirá em frente. Este foi apenas um desabafo, não um desabafo ruim, meio que só estou garantindo que eles très permaneçam vivo por mais algum tempo.
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2024.03.08 18:09 raphaguasta Desvendando o Risco de Plataforma: uma análise crítica para empresas digitais

Será que você tem um mapeamento dos maiores riscos do seu negócio? Qual é a sua exposição ao risco de plataforma?

O inevitável risco de plataforma para negócios digitais

No mundo de produtos digitais e startups, muito se fala em mitigação de riscos.
Pra quem estudou a disciplina de gestão de produtos, rapidamente vai se lembrar do famoso mestre de produtos do Vale do Silício, Marty Cagan, e dos “4 grandes riscos” a serem mitigados, que são repetidos quase como um mantra nessa área: risco de valor, de usabilidade, de viabilidade técnica e de viabilidade de negócio. 🤓
Mas existe um outro tipo que tem surgido em algumas discussões por aí, e, na minha opinião, fica entre o de viabilidade técnica e de negócio, que é o risco de plataforma.

Como assim?

Acredito que esse tema seja mais forte em negócios Saas (software as a service), mas se aplica a diversos tipos. Vai fazer sentido conforme o texto.
Você e sua empresa entenderam que faz sentido para seu negócio criar um chatbot que resolve alguma_coisa_importante para seus clientes, e quando se fala em chatbot é impossível não lembrar do maior app de mensageira do Brasil, o Whatsapp.
Então, você constrói seu produto utilizando algum fornecedor de bot de Whatsapp, ou até mesmo conectando diretamente com a API do Facebook/Meta. 🤖
Você já mitigou o risco de valor (já entendeu que isso vale muito para seus usuário) e o de usabilidade (seus usuários conseguem falar sobre o assunto via mensagens de texto), ótimo.
Sabemos que lançar produtos de sucesso não é uma ciência exata, mas a princípio não tem mais nada grande pra se preocupar, não é?!
Bom, mais ou menos.

Como fica um Youtuber sem o Youtube?

A maioria de vocês deve se lembrar do caso do Monark e do Flow, certo?! ☄️
Pra quem não acompanhou (onde você estava escondido?), o influencer Monark sofreu grandes bloqueios e teve sua conta excluída em diversas plataformas. Isso prejudicou de forma gigantesca o seu negócio como influenciador. (Sem entrar em detalhes polêmicos aqui, não é o foco).
E o que isso tem a ver? O negócio dele e de todos os influencers possui um risco enorme por depender diretamente das redes sociais, um risco de plataforma gigantesco.
Pensa comigo, o que resta do negócio de:
Isso é o risco de plataforma, entendeu?

Entendi. O que eu faço agora?

Mantenha isso em mente e sempre avalie o tamanho desse risco.
Pense no seu bot, se amanhã o Facebook conseguir de alguma forma proibir bots no whatsapp, seu negócio sobrevive?
Você tem um bot ativo no Telegram, Instagram ou no seu próprio site?
Existe algum caminho de atender seu cliente sem ser por um bot?
Perceba que uma das minhas sugestões para mitigar o problema é usar outras plataformas. Mas não tem risco nisso? Claro que tem! Mas assim você utiliza o princípio de diversificação.
“Ah, mas o WhatsApp nunca acabar!”.
Pois é, assim como o Orkut, MySpace, MSN… ⌛
Além disso, nem sempre a ameaça é do encerramento de um produto, por vezes pode ser um próprio grande player incorporando as funcionalidades do seu produto/negócio.
Se o Instagram implementar o seu próprio 'Linktree', o que acontecerá com a essa empresa?
Mais exemplos de tipos de produtos que possuem esses risco são fáceis de encontrar:

Consigo me livrar 100% desse tipo de ameaça?

Na minha opinião, não!
O que você pode fazer é mitigar e diversificar ao máximo esses riscos, e faz parte do jogo.
Não faz sentido “construir um Whatsapp“ próprio para criar seu bot, ou tentar desenvolver seu próprio modelo de IA generativa conversacional para seu negócio (a não ser que você tenha bilhões de dólares sobrando).
Além disso, mesmo que seu negócio tenha pouca dependência tecnológica, sempre vai ter uma camada que não está sob seu controle.
Em resumo, tenha ciência dos riscos e saiba quando e quanto vale a pena se expor a cada um deles.
Mas por favor, não vai tentar criar um servidor aí na salinha da sua casa, juro que não quis te influenciar dessa forma, ok?! 😅

Esse texto é parte da edição 10 da newsletter O Digital.
Para receber as próximas edições no seu email, se inscreve direto lá na página da newsletter! :)
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